Wigan entra em administração judicial por problemas financeiros e terá 12 pontos de penalização.
Clube é o primeiro do futebol profissional da Inglaterra a decretar insolvência após pandemia de coronavírus, um mês após venda para consórcio de Hong Kong.
Wigan Athletic entrou em processo de administração judicial. (Foto: Getty Images) |
O Wigan Athletic, tradicional time do noroeste inglês, decretou insolvência e, por conta disso, entrou em processo de administração judicial.
A medida ocorre após o agravamento dos problemas financeiros devido à pandemia de coronavírus e apenas um mês depois do clube da segunda divisão inglesa ser vendido para Wai Kay Au Yeung, homem de negócios que lidera um consórcio de Hong Kong.
Outra consequência disso é a dedução de 12 pontos aplicada pela Liga de Futebol Inglesa (EFL) ao clube, comum a todas agremiações que se encontram em uma situação de insolvência.
Como o Wigan está disputando o rebaixamento na segundona da Inglaterra, a temporada vai precisar ser concluída para que a punição seja aplicada.
Caso a equipe se mantenha na segunda divisão, os pontos serão retirados.
Se o time for rebaixado, começa a terceira divisão com menos 12 pontos.
No momento, o clube está na décima quarta colocação, oito pontos à frente da zona de rebaixamento.
Paul Stanley, Gerald Krasner e Dean Watson foram nomeados como administradores conjuntos do Wigan.
Eles trabalham na empresa Begbies Taylor, especializada em recuperação de empresas.
"Obviamente, a suspensão temporária do campeonato devido à Covid-19 teve um impacto significativo nas arrecadações do clube. Nossos objetivos imediatos são garantir que o Wigan complete todos os seus jogos nesta temporada e encontrar urgentemente partes interessadas para salvar o time e os empregos das pessoas que trabalham para o clube", afirmou Krasner.
A aquisição do clube por Wai Kay Au Yeung em 4 de junho marcou a segunda vez que o Wigan muda de dono em menos de dois anos.
Até 2018, a equipe era administrada pela família Whelan, antes de ser comprada pela International Entertainment Corporation (IEC).
No entanto, a IEC não estava satisfeita com as finanças do clube, afirmando que o Brexit poderia ter um impacto negativo no desempenho financeiro do Wigan a longo prazo.
Por isso, a empresa decidiu vender o clube este ano por 17,5 milhões de libras (R$ 115,8 milhões) ao consórcio liderado por Au Yeung, mais o pagamento de 24 milhões de libras (R$ 158,8 milhões) que a empresa tinha investido desde 2018.
Julian Knight, presidente do comitê de Digital, Cultura, Mídia e Esportes do Reino Unido, lamentou a decisão e cobrou das ligas uma ajuda para clubes que estão em situação parecida.
"É extremamente decepcionante saber que o Wigan entrou em administração judicial. Sabemos que 10 a 15 clubes podem se encontrar na mesma posição. Ontem, o Comitê solicitou esclarecimentos ao chefe da Premier League, Richard Masters, sobre quais medidas estavam sendo tomadas para fornecer dinheiro extra aos clubes em situação financeira delicada. Ele nos disse que a EFL não havia pedido financiamento extra e a Premier League não o havia fornecido. Isso tem que mudar".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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