Fundo da Arábia Saudita retira oferta de aquisição do Newcastle após polêmicas.
Preocupação com pirataria e acusações de violação de direitos humanos na Inglaterra mudaram a opinião dos investidores estrangeiros.
O fundo soberano da Arábia Saudita retirou sua oferta para comprar o Newcastle, nesta quinta-feira (30), após o processo ter sido interrompido em meio a um cenário de preocupações sobre pirataria da transmissão dos jogos do Campeonato Inglês e reclamações sobre violações aos direitos humanos no país.
A Premier League, a organizadora do Campeonato Inglês, passou quatro meses avaliando se aprovaria a aquisição por 300 milhões de libras (aproximadamente R$ 2,03 bilhões) de uma participação de 80% no clube do nordeste da Inglaterra pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.
Os irmãos Reuben e a financiadora britânica Amanda Staveley estavam planejando comprar cada um 10% para o tirar o time totalmente das mãos do empresário varejista Mike Ashley.
"Chegamos à decisão de retirar nosso interesse em adquirir o Newcastle United Football Club. Fazemos isso com pesar, pois estávamos entusiasmados e totalmente comprometidos em investir na cidade de Newcastle e acredito que poderíamos ter devolvido o clube ao nível de sua história, tradição e torcedores", anunciou o consórcio.
"Por fim, durante o processo imprevisivelmente prolongado, o contrato comercial entre o Grupo de Investimento e os proprietários do clube expirou e nossa oferta de investimento não pôde ser sustentada, particularmente sem clareza quanto às circunstâncias em que a próxima temporada começará e as novas normas que surgirão para partidas, treinamentos e outras atividades", acrescentou.
A liga nunca de uma indicação sobre se iria aprovar a aquisição ou quando tomaria uma decisão.
"Como geralmente ocorre com investimentos propostos em períodos incertos, o próprio tempo tornou-se um inimigo da transação, particularmente durante esta fase difícil marcado pelos muitos desafios que todos nós enfrentamos com a COVID-19", afirmou o consórcio.
A Anistia Internacional havia pedido à liga que rejeitasse a oferta porque o fundo é supervisionado pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, acusado de envolvimento em repressão que violou os direitos humanos.
Além disso, em uma disputa comercial,
A rede beIN Sports, de propriedade do Catar, proibida de operar na Arábia Saudita, detém os direitos de transmissão dos jogos do campeonato no Oriente Médio que estão sendo pirateados pela emissora beoutQ no país.
Reportagem: Mg.superesportes.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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