Bahia troca YouTube por aplicativo pago e já fatura mais.
Projeto Sócio Digital conseguiu mais de 4 mil assinaturas em menos de dois dias.
Sócio digital do Bahia. (Foto: Maquinadoesporte.com.br) |
O Bahia desistiu de ter um canal no YouTube para faturar mais com a venda de um serviço de assinaturas para os torcedores poderem consumir conteúdo em vídeo do clube.
E, a julgar pelos primeiros dias de resposta do torcedor baiano, o clube não terá mais vídeos gratuitos para sua torcida.
Lançado na última quarta-feira (15) ao preço de R$ 9,90 mensais, o Sócio Digital do Bahia conseguiu mais de 4 mil assinaturas em menos de dois dias.
Ou seja, logo no primeiro mês, o serviço já vai render ao clube pelo menos R$ 40 mil.
A receita é maior do que o Bahia já conseguiu em um mês em seu canal na rede social de vídeos.
"Ter seguidor no YouTube não vai me monetizar. Adotamos um caminho completamente diferente. O YouTube traz grandes limitações (para monetizar o conteúdo). É diferente o meu sócio ter o meu aplicativo", explicou Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, em entrevista exclusiva para a Máquina do Esporte.
O objetivo do clube é chegar a 50 mil assinantes do Sócio Digital no valor atual, o que daria um faturamento anual de cerca de R$ 6 milhões.
A meta futura é bater a receita anual de R$ 9 milhões que o Bahia tem atualmente com a venda do direito de transmissão via pay-per-view do Campeonato Brasileiro para a Globo.
"A ideia é ter uma plataforma muito mais dinâmica, em que eu possa cobrar um valor maior dependendo do tipo de conteúdo que coloco lá dentro. Daqui a 90 dias já teremos de 5 a 6 horas por dia de conteúdo ao vivo", disse Bellintani.
Por enquanto, o clube tem produzido material em treinos, feito programas de entrevistas ao vivo e promovido debates.
No futuro, aulas on-line serão disponibilizadas na plataforma.
A maior expectativa, porém, é com a transmissão de jogos ao vivo, que deve acontecer a partir do ano que vem, caso a Medida Provisória que passa para o clube mandante os direitos de transmissão de jogos consiga se tornar uma lei.
"Para o ano que vem temos o Campeonato Baiano (que está sem contrato de TV) e também negociaremos para poder transmitir os jogos da Copa do Nordeste. Até 2024 tenho o que vender para, então, chegar na nova negociação do Brasileiro".
O grande objetivo do Bahia é conseguir não depender da receita do PPV e poder inserir o principal produto, o Campeonato Brasileiro, dentro do aplicativo.
Essa também é a aposta da TecFun Plataformas Digitais, uma startup de Salvador que é responsável por toda a tecnologia do aplicativo.
Segundo Bellintani, a empresa espera usar o Bahia como vitrine para ganhar novos clientes dentro do futebol.
Reportagem: Maquinadoesporte.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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