Jorge Jesus deixa Flamengo com melhor aproveitamento do futebol brasileiro desde 2003.
Considerando os trabalhos com pelo menos um ano de duração, português sai do Rubro-Negro com 81,6% de aproveitamento.
Jorge Jesus, Tite e Vanderlei Luxemburgo. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Técnico do Fortaleza de 2014 é único com menos derrotas.
Jorge Jesus marcou seu nome na história do futebol brasileiro.
Com cinco títulos na bagagem, o português deixou o Flamengo com um marca expressiva de 81,6% de aproveitamento.
Na elite do futebol brasileiro, nenhum técnico com pelo menos um ano de trabalho conseguiu tal marca desde 2003, início da era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro.
Quem mais se aproximou do desempenho do novo comandante do Benfica foi Vanderlei Luxemburgo.
Atualmente no Palmeiras, o "profexô" era o dono da prancheta do Cruzeiro de 2003, que faturou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro daquele ano.
Entre 2002 e 2004, Luxemburgo somou 70,2% dos pontos possíveis.
Antes de ir para a Seleção Brasileira, Tite comandou o Corinthians em 99 jogos oficiais até junho de 2016.
No período, o ex-técnico do Timão conquistou o Brasileiro de 2015 e alcançou um aproveitamento de 69,3%.
Outro integrante do futebol paulista a aparecer na lista de trabalhos de melhor rendimento da elite do futebol brasileiro é o de Luiz Felipe Scolari.
O técnico do penta liderou o Palmeiras entre 2018 e 2019 e conquistou o Brasileirão de 2018, com um campanha de returno impecável.
O GloboEsporte.com analisou 1361 trabalhos de treinadores dos principais clubes do Brasil desde 2003 e elaborou a lista abaixo dos técnicos com melhor aproveitando em um ano ou mais de trabalho.
Técnicos com melhor aproveitamento desde 2003, com recorte de pelo menos um ano de trabalho:
1) Jorge Jesus (Flamengo) - 01/06/2019 até 17/07/2020 - 13 meses ou 412 dias
44 vitórias
10 empates
4 derrotas
81,6% de aproveitamento
Títulos: Taça Libertadores da América de 2019, Campeonato Brasileiro de 2019, Supercopa do Brasil de 2020, Recopa Sul-Americana 2020 e Carioca de 2020.
2) Vanderlei Luxemburgo (Cruzeiro) - 13/08/2002 até 27/02/2004 - 19 meses ou 563 dias
66 vitórias
21 empates
17 derrotas
70,2% de aproveitamento
Títulos: Campeonato Mineiro de 2003, Copa do Brasil de 2003 e Campeonato Brasileiro de 2003.
3) Tite (Corinthians) - 15/12/2014 até 15/06/2016 - 18 meses ou 548 dias
61 vitórias
23 empates
15 derrotas
69,3% de aproveitamento
Títulos: Campeonato Brasileiro de 2015.
4) Felipão (Palmeiras) - 03/08/2018 até 02/09/2019 - 13 meses ou 395 dias
46 vitórias
22 empates
9 derrotas
69,2% de aproveitamento
Títulos: Campeonato Brasileiro de 2018.
5) Marcelo Chamusca (Fortaleza) - 25/11/2013 até 31/12/2014 - 13 meses ou 401 dias
28 vitórias
19 empates
3 derrotas
68,7% de aproveitamento
A melhor comparação de Jorge Jesus com outros trabalhos é a partir de um recorte temporal de trabalho igual ou superior ao do português.
No entanto, vale mencionar ainda outros seis trabalhos relâmpagos ou pouco duradouros do futebol brasileiro, com rendimento superior ao do ex-técnico do Flamengo.
O melhor aproveitamento foi o de Ricardo Drubscky em 2014, mas ele ficou apenas um jogo à frente do Paraná, aceitou proposta do Goiás e deixou o clube paranaense com 100%.
Ivo Wortmann, ficou no Goiás cerca de 2 meses em 2004 e saiu com 86%.
Outro com 2 meses de trabalho foi Gilson Kleina, que, em 2018, deixou a Ponte Preta com 85% de aproveitamento.
Alexandre Gallo, no Sport de 2007, ficou quatro meses e somou 84% dos pontos possíveis.
Por fim, uma dupla do Athletico-PR, que permaneceu pouco mais de um mês na Arena da Baixada, mas com aproveitamento alto: Lothar Matthaus (83% em 2006) e Geninho (83% em 2011).
Baixo número de derrotas: Jorge Jesus deixou o Flamengo com apenas quatro derrotas no currículo: Emelec, Bahia, Santos e Liverpool foram os únicos clubes a sair do confronto com o português com a vitória.
Porém, esse incrível desempenho já foi alcançado uma vez.
Apesar de ter disputado competições de menor nível competitivo, como o Brasileiro Série C, o Fortaleza de Marcelo Chamusca conseguiu a façanha de ficar 401 dias no cargo entre 2013 e 2014 e ter sido derrotado apenas três vezes.
Confira a lista completa abaixo.
Ranking dos técnicos com menos derrotas, com recorte de pelo menos 1 ano de trabalho:
1) Marcelo Chamusca (Fortaleza) - 25/11/2013 até 31/12/2014 - 13 meses ou 401 dias
28 vitórias
19 empates
3 derrotas
68,7% de aproveitamento
2) Jorge Jesus (Flamengo) - 01/06/2019 até 17/07/2020 - 13 meses ou 412 dias
44 vitórias
10 empates
4 derrotas
81,6% de aproveitamento
3) Felipão (Palmeiras) - 03/08/2018 até 02/09/2019 - 13 meses ou 395 dias
46 vitórias
22 empates
9 derrotas
69,2% de aproveitamento
4) Mauro Ovelha (Chapecoense) - 30/10/2010 até 16/11/2011 - 13 meses ou 382 dias
19 vitórias
9 empates
9 derrotas
59,4% de aproveitamento
Títulos: Catarinense 2011
5) Cuca (Cruzeiro) - 09/06/2010 até 19/06/2011 - 13 meses ou 375 dias
36 vitórias
11 empates
12 derrotas
67,2% de aproveitamento
Títulos: Mineiro 2011
5) Joel Santana (Botafogo) - 28/01/2010 até 22/03/2011 - 14 meses ou 418 dias
38 vitórias
22 empates
12 derrotas
62,9% de aproveitamento
Títulos: Carioca de 2010
5) Marcio Goiano (Figueirense) - 10/02/2010 até 28/02/2011 - 13 meses ou 383 dias
32 vitórias
20 empates
12 derrotas
60,4% de aproveitamento
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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