Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) tem protocolo para volta de torneios sem torcida, mas presidente garante: "Não será da noite para o dia".
Alejandro Domínguez ressalta importância que indústria do futebol tem na vida de milhares de pessoas, mas ainda não tem datas para retomar competições.
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana). (Foto: EFE) |
Na reunião da cúpula de chefes de Estado do Mercosul, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi convidado para detalhar o que vem sendo feito pela entidade, que busca caminhos para voltar com o futebol no continente: não há datas estabelecidas para a volta de competições, os jogos serão inicialmente sem público e já há um protocolo elaborado para o regresso da Taça Libertadores da América e Copa Sul-Americana.
De acordo com Domínguez, esse protocolo foi aprovado pelos 10 membros da entidade e enviado para avaliação dos ministros da saúde de cada país.
Apesar de não detalhar todas as medidas, ele garantiu que os jogos vão voltar sem público e que as viagens de delegações são objeto de estudo.
"Vai chegar o dia que os riscos diminuirão e poderemos retomar as atividades paralisadas. A Conmebol que estar preparada para esse momento. Por isso, uma equipe de especialistas convocados por nossa instituição elaborou um protocolo para os treinamentos, viagens, competições, assim como um manual de operações de chegadas e partidas de voos de delegações de futebol, para ir ou sair dos aeroportos que serão utilizados".
"É o primeiro passo de um processo gradual, que se iniciará com jogos sem público. Nossa intenção não é voltar da noite para o dia à normalidade pré-pandemia"
O presidente ressaltou a importância econômica que o futebol tem na vida de várias pessoas.
No Brasil, por exemplo, essa indústria representa 0,72% do PIB nacional, de acordo com relatório da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) produzido pela consultoria EY, apresentado em dezembro de 2019.
Domínguez garantiu que tem o desejo de retomar os torneios, mas que a prioridade deve ser a saúde de todos envolvidos nas partidas.
"Quero falar também de uma faceta frequentemente esquecida. Milhares e milhares de jogadores, treinadores, preparadores físicos, jornalistas, funcionários de clubes, meios de comunicação e outros atores sociais dependem economicamente desse esporte. O futebol profissional e semiprofissional é uma indústria que provê o sustento de incontáveis famílias de todo o continente. Que fique claro: para a Conmebol, a saúde e a vida estão antes de qualquer outra coisa, mas esse fator aqui também deve ser considerado".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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