sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Brasil em Paris

Brasil tem segundo melhor ano da história em Campeonatos Mundiais.

Somando os 48 Campeonatos Mundiais de modalidades olímpicas, o Brasil fecha 2022 com sete ouros, seis pratas e dez bronzes, segue em crescimento e empolga para Paris em 2024.

Faltando um ano e meio para as Olimpíadas de Paris, marcadas para julho de 2024, o melhor parâmetro para analisarmos como anda o esporte nacional são os Campeonatos Mundiais de cada modalidade realizados em 2022. 

E, nesse quesito, o Brasil foi muito bem: terminou a temporada com sete ouros, seis pratas e dez bronzes (veja a lista abaixo), no segundo melhor desempenho da história do país, atrás apenas do ano de 2013 (veja a tabela abaixo).

Esportes que são os carros chefes do Brasil em Olimpíada neste séculos, mas que não foram tão bem em Tóquio 2021, vôlei e judô se recuperaram muito bem do resultado das Olimpíadas. 

O vôlei de praia levou um ouro, uma prata e um bronze, enquanto o vôlei de quadra conseguiu uma prata e um bronze. 

O judô levou dois ouros, uma prata e um bronze.

Os novos esportes do programa olímpico, surfe e skate, mantiveram o embalo depois das medalhas de Tóquio. 

No surfe, dobradinha brasileira no Mundial masculino, enquanto no skate o país conseguiu um ouro e um bronze.

Grande nome do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Rebeca Andrade voltou a brilhar na ginástica e terminou o Mundial com um ouro (individual geral) e um bronze (solo). 

No mesmo Mundial, Arthur nory voltou ao pódio de grandes competições, com o bronze na barra fixa. 

Quem também brilhou nas Olimpíadas, Alison dos Santos dos 400m com barreiras, teve um ano perfeito em 2022, ganhou todas as provas que disputou, inclusive o Mundial.

Campeões olímpicos em Tóquio, Isaquias e Ana Marcela tiveram anos parecidos. 

Foram campeões mundiais em provas que não estão no programa olímpico, o que é espetacular, e foram ao pódio nas provas das distâncias disputadas nas Olimpíadas. 

Isaquias foi prata no C1 1000m do Mundial de canoagem e Ana Marcela bronze nos 10km.

Atletas que ficaram perto da medalha em Tóquio, Guilherme Costa, da natação, e Milena Titoneli, do taekwondo, deram o salto para a medalha. 

Guilherme foi bronze no Mundial dos 400m livre e Milena bronze na categoria até 68kg. 

Por fim, a maior e mais agradável surpresa do Brasil no ano em termos das medalhas foi o bronze de Leticia Oro no salto em distância do atletismo.

AS MEDALHAS DO BRASIL

🥇 Ana Patrícia/Duda (vôlei de praia)

🥇Alison dos Santos (400m com barreiras - atletismo)

🥇Filipe Toledo (surfe)

🥇Mayra Aguiar (categoria até 78kg - judô)

🥇Rafaela Silva (categoria até 57kg - judô)

🥇 Rayssa Leal (skate street)

🥇Rebeca Andrade (ginástica artística - individual geral)

🥈Victor Felipe/Renato(vôlei de praia)

🥈Beatriz Souza (categoria acima de 78kg judô)

🥈Vôlei feminino

🥈Ítalo Ferreira (surfe)

🥈Isaquias Queiroz (C1 1000m da canoagem)

🥈Beatriz Ferreira (categoria até 60kg boxe)

🥉André/George(vôlei de praia)

🥉Letícia Oro (salto em distância - atletismo)

🥉Daniel Cargnin (categoria até 73kg- judô)

🥉Guilherme Costa (400m livre -natação)

🥉Ana Marcela (águas abertas)

🥉Luiz Francisco (skate park)

🥉Vôlei masculino

🥉Rebeca Andrade (ginástica- solo)

🥉 Arthur Nory (ginástica- barra fixa)

🥉Milena Titoneli (taekwondo até 68kg)

Vale a lembrança que o Brasil conquistou algumas medalhas muito relevantes em Campeonatos Mundiais de 2022 que não foram em provas que estão no calendário olímpicos. 

Casos dos títulos mundiais, por exemplo, de Isaquias Queiroz na prova do C1 500m, Ana Marcela Cunha nos 5km e 10km, e da prata de Nicholas Santos nos 50m borboleta. 

No taekwondo, Edival Pontes foi prata no peso 74kg e, no boxe, Carol Naka foi bronze no peso 52kg. 

Assim, essas conquistas não entram na conta das medalhas.

ANO A ANO DO BRASIL EM CAMPEONATOS MUNDIAIS

2009 4 2 3

2010 2 7 5

2011 6 5 6

2013 8 10 9

2014 2 5 5

2015 3 4 11

2017 3 9 7

2018 5 4 6

2019 6 6 9

2022 7 6 10

O ano de 2022 não tem nenhum Campeonato Mundial ou competição similar no handebol (Mundial é sempre em anos ímpares), basquete masculino (Copa do Mundo de 2023), boxe masculino (Mundiais sempre em anos ímpares), futebol (copa do mundo feminina em 2023 e a Copa do Mundo masculina não pode ser parâmetro por conta do limite da idade das Olimpíadas).

Por isso, o número de medalhas do Brasil poderia ser ainda maior, já que nos Jogos de Tóquio, por exemplo, o boxe masculino ganhou duas medalhas, o futebol masculino foi campeão, e o tênis ainda foi bronze nas duplas femininas.

O Brasil conseguiu bater o recorde de medalhas nas duas últimas Olimpíadas, na Rio 2016 e em Tóquio 2021, e caminha para, em Paris 2024, conseguir novamente a melhor campanha da história.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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