Presidente do Sport explica investimento e planos de reforma na Ilha do Retiro.
Sport ouve propostas de construtoras, mira visitas a outros clubes e vê reforma como possível para transformar Ilha do Retiro em arena multiuso.
"A Ilha não vai ser derrubada", diz o dirigente.
Yuri Romão elegeu-se presidente do Sport e abraçou o plano de transformar a Ilha do Retiro em Arena como uma meta "pessoal" de gestão.
Não à toa, assumiu a frente das tratativas para o ano de 2023.
A ideia do mandatário, contudo, está longe de ser uma temática nova no clube, considerando os últimos anos.
Então, o que há dessa vez que a torcida pode acreditar em um final de história diferente?
"Muda que a gente não vai construir o estádio. A gente vai reformar o estádio", sintetiza Yuri Romão, ao responder a pergunta.
O Sport se inspira em projetos como os do Allianz Parque e do Beira Rio, e planeja criar um comitê para avaliar as propostas das construtoras que têm procurado o clube.
O presidente Yuri Romão, além disso, diz que programou uma viagem para visitar as instalações do Internacional e conhecer, entre outros pontos do clube, o trabalho realizado no estádio colorado.
"É um modelo de gestão de clube que muito me interessa em ver. A gente precisa ver o que tem de bom. Quero ir no Atlético-MG também, que o CEO do estádio passou a ser também do clube", explica.
"A Ilha não vai ser derrubada." Mas quem paga?
Ao longo deste último ano, o Sport executou obras principalmente nos banheiros e nas cadeiras centrais do estádio, com a retirada, limpeza e instalação de novas cadeiras, naquele que é utilizado como um dos setores mais "nobres" da Ilha do Retiro, onde há a presença de conselheiros, proprietários e os ingressos mais caros.
Dessa vez, a mudança está concentrada em outro ponto.
"Não vai ter derrubada de Ilha. Isso é importante. A Ilha não vai ser derrubada. O projeto é fechar o anel e cobrir para tornar uma arena multiuso."
A reforma citada pelo presidente seria custeada por um investidor, e o Sport acertaria uma concessão, mantendo o patrimônio no clube.
Os valores envolvidos, por sua vez, ainda serão discutidos internamente, explica Yuri Romão.
"Nas propostas das construtoras, uma vem com o próprio dinheiro. Outra disse que tem parte e vem com um investidor. E a própria XP, que o clube mandatou para ver outras situações, eles têm uma construtora que quer participar do BID. São todas propostas diferentes", afirma.
Por que uma arena?
O plano de Yuri Romão nasce da necessidade do Sport diversificar fontes de renda para se manter organizado e sustentável, após uma sequência de temporadas em crise, e com uma dívida de R$ 300 milhões, segundo o próprio presidente.
As primeiras medidas neste sentido foram as negociações para a quadra de tênis, o Sport Bar e o novo restaurante da sede, previsto para início de 2023.
"Veja o que aconteceu com o clube após a queda. A gente precisa ter fontes de renda. De onde vem a renda? Em jogos. O Allianz, que é uma operação distinta do Palmeiras, vai faturar esse ano R$ 148 milhões. Fica um bom dinheiro e o patrimônio continua do Palmeiras", afirma.
No caso da Ilha do Retiro, além das próprias arquibancadas e a área coberta pretendida, o presidente ainda sinaliza que uma eventual reforma abarcaria também outras estruturas do estádios, que são apontadas como defasadas pelo mandatário.
A expectativa, portanto, é de conseguir mudar esse cenário.
"O vestiário do visitante e dos árbitros, isso me constrange. Os banheiros, para uma mulher, uma criança, isso nos constrange. Como quer trazer o público para o estádio se não consegue dar o conforto necessário?"
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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