Feito do Cruzeiro sobre Pelé foi divisor de águas para o time mineiro.
Título da histórica formação do Cruzeiro de 1966 sobre o famoso time de Pelé marca a história da Raposa.
A importância de Pelé para o futebol mundial deu o tamanho do feito e foi um divisor de águas na história do Cruzeiro.
Por ter vencido o Santos, clube do qual o Rei é ídolo máximo, na final da Taça Brasil de 1966 (goleando no primeiro jogo por 6 a 2), o time mineiro iniciou a mudança de patamar nacional e internacional.
O maior jogador de futebol de todos os tempos morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos.
Natural da cidade de Três Corações, no Sul de Minas, Pelé nunca atuou pelos times mineiros.
Mas marcou a história do Cruzeiro, no seu primeiro título nacional, e hoje considerado o primeiro Brasileiro.
Então atual pentacampeão nacional (1961 a 1965), o Santos era o favorito na decisão contra o jovem Cruzeiro, com jogadores que despontavam para o cenário nacional e que, depois, se tornaram ídolos eternos para a história cruzeirense, como Raul, Procópio, Piazza, Tostão, Natal e Dirceu Lopes.
No jogo de ida, a grande surpresa.
Com cinco gols no primeiro tempo, o Cruzeiro abriu 5 a 0.
Levou dois no segundo tempo, mas fez o sexto gol, fechando o placar em 6 a 2, em noite mágica do "Príncipe" Dirceu Lopes, com três gols.
Marcaram ainda Zé Carlos, Natal e Tostão.
Toninho Guerreiro fez os dois do Santos, e Pelé foi expulso no segundo tempo, após falta em Piazza, seu principal marcador no jogo.
Jornais da época relatam que Pelé chegou a ser provocado pela torcida do Cruzeiro no Mineirão, após a goleada.
O craque teria acenado mostrando os cinco dedos da mão, em referência ao pentacampeonato do Santos.
A concretização do sonho do Cruzeiro veio na segunda partida, no Pacaembu.
O Santos abriu 2 a 0 com gols de Pelé e Toninho Guerreiro e já começava a pensar no terceiro jogo.
Há relatos de que, no intervalo, os presidentes do Santos e da Federação Paulista de Futebol foram ao vestiário do Cruzeiro querendo marcar a data e local do duelo que definiria o título.
Parece ter o sido combustível para o Cruzeiro.
No segundo tempo, uma virada histórica, com gols de Tostão, Dirceu Lopes e Natal, dando a taça do clube mineiro.
A primeira grande conquista nacional do estado de Minas Gerais.
O Rei do futebol, consagrado também pelos títulos da Copa do Mundo, venceu a de 1970, no México, jogando ao lado de Tostão e Piazza, também importantes na conquista do tri.
A partir daquela vitória, o Cruzeiro aumentou ainda mais a representatividade no cenário nacional e abriu portas para mais títulos.
Na década de 1970, foi duas vezes vice do Campeonato Brasileiro e campeão da Taça Libertadores da América de 1976.
Depois, ganhou duas vezes a Supercopa da Libertadores, o bicampeonato da Taça Libertadores da América, três Campeonatos Brasileiros (2003, 2013 e 2014) e seis Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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