Renan admite que seleção está um passo atrás dos rivais na retomada dos treinos.
Técnico da seleção brasileira, porém, acredita que chegará nas Olimpíadas no mesmo nível de preparação que os adversários: "Até lá vai estar todo mundo no mesmo barco".
Renan Dal Zotto, técnico Brasil. (Foto: Marcos Ribolli/ Vôlei Renata) |
Faltando um pouco mais de um ano para as Olimpíadas de Tóquio, agendadas para o dia 23 de julho do ano que vem, o técnico da seleção masculina de vôlei, Renan Dal Zotto, acredita que o Brasil está um pouco atrás na preparação para o evento.
Por conta da pandemia, os principais clubes e centros de treinamento no país ficaram fechados por quase quatro meses e, aos poucos, estão reabrindo.
Já na Europa, os clubes voltaram a treinar a mais tempo, e a seleção polonesa, por exemplo, já até agendou amistosos:
"Eu acho que está todo mundo no mesmo mar, um de barquinho, outro de iate, outro de colete...Mas todos no mesmo mar. Falta um ano. Até lá vai estar todo mundo no mesmo barco, hoje o Brasil está um pouco atrás, mas temos tempo para entrar no iate. A gente não está no iate ainda, mas temos tempo para retomada. A Superliga vai ser fundamental para avaliar o retorno dos atletas", disse.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) já anunciou que não haverá atividades com as seleções adultas neste ano, então assim que os atletas voltarem a treinar normalmente, o foco será na Superliga.
Renan explica que não se preocupa com a técnica dos jogadores na volta, e sim com a parte física e mental:
"Existe uma preocupação com a parte física, mas essa preocupação é muito maior com a saúde mental, e cada um vai responder de uma maneira. Quando a gente retornar, a gente vai estar muito atento a tudo. Tecnicamente é o que menos me preocupa, tecnicamente cada um tem uma condição de aprendizado maravilhoso (...) Estamos falando de atletas brilhantes, que em dez dias, ou duas semanas, retomam a plenitude técnica. Mas a parte física precisamos ficar atentos. Nunca vivemos isso. A única semelhança que a gente tem é o pós-cirúrgico", disse.
O ciclo olímpico tem sido bem positivo para a seleção brasileira masculina de vôlei.
Atual campeã da Copa do Mundo, conquistada em novembro do ano passado, e já classificada para as Olimpíadas, a equipe foi vice-campeã mundial em 2018 e da Liga Mundial de 2017.
Foi duas vezes quarta colocada na Liga das Nações, em 2018 e 2019, além de ter vencido a Copa dos Campeões em 2017 e dois Campeonatos Sul-Americanos.
"Fizemos uma preparação em quatro anos para chegar em 2020 da melhor maneira possível. Temos que pensar que ganhamos mais um ano de preparação, e isso para o Brasil é bom. Não é garantia de nada, mas vamos chegar muito bem, vamos estar entre os favoritos. Depois as circunstâncias do jogo vão falar mais alto e decidir os resultados", disse.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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