sexta-feira, 24 de julho de 2020

Aberturas olímpicas

Choro de Misha, superação de Muhammad Ali... relembre épicas aberturas olímpicas.

No dia que seria a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, confira uma lista com momentos marcantes do início das edições.
Mascote Misha chora na abertura da Olimpíada de Moscou de 1980. (Foto: Reprodução)
De quatro em quatro anos o mundo para para acompanhar aquela que é a maior festa esportiva do planeta: os Jogos Olímpicos de Verão. 

E como em toda festividade que se preza, a cerimônia de abertura olímpica é uma atração à parte com shows icônicos, homenagens, coreografias, efeitos especiais e mensagens de paz. 

Nesta sexta-feira (24), estava marcada a abertura de Tóquio 2020, mas a competição foi adiada para o ano que vem por causa da pandemia do novo coronavírus.

Do choro do mascote Misha em Moscou 1980 à surpresa de Vanderlei Cordeiro de Lima acendendo a pira da Rio 2016, o globo esporte preparou uma lista de cinco momentos emblemáticos de aberturas olímpicas. Confira:

O choro de Misha em Moscou 1980: Em 1980, Moscou, na antiga União Soviética, recebeu uma das edições mais tensas dos Jogos Olímpicos. 

Em retaliação a uma invasão soviética ao Afeganistão, o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, decidiu proibir a participação americana no evento. 

O boicote foi apoiado por Inglaterra, França, Itália e Espanha, que optaram por ir a Moscou, mas não puderam ter seus hinos cantados ou suas bandeiras içadas em caso de vitória. 

Na cerimônia de abertura, porém, o mascote Misha, um ursinho russo, roubou a cena. 

Em um mosaico formado por placas coloridas, Misha chorou em função de tudo o que estava acontecendo no mundo, pedindo uma trégua entre as duas potências.

O Homem Voador de Los Angeles 1984: Apesar do choro de Misha, a União Soviética, apoiada por outros países comunistas, revidou o boicote na edição seguinte das Olimpíadas em Los Angeles 1984. 

Sem atletas russos em seu solo, coube aos Estados Unidos impressionarem o mundo com uma cerimônia de abertura regada a efeitos especiais e tecnologia. 

O ponto alto foi o momento em que um homem, chamado Bill Scotter, sobrevoou o estádio Coliseum com uma mochila a jato. 

O "Homem Voador", algo impensável para a época, pousou no gramado, levando o público a delírio, numa cena lembrada até os dias atuais.

Muhammad Ali emociona em Atlanta 1996: Doze anos depois, os Estados Unidos voltavam a receber uma Olimpíada, agora sem boicotes, a União Soviética já havia se desmembrado em vários países, dentre eles a sua herdeira esportiva, a Rússia. 

Na cerimônia de abertura, o mundo pôde reverenciar um dos esportistas americanos mais admirados de todos os tempos: Muhammad Ali. 

Cassius Clay, como era chamado antes de virar muçulmano, foi quem acendeu a pira olímpica, cumprindo sua missão com muita dificuldade, devido ao Mal de Parkinson, que lhe causava tremores nas mãos. 

Ao acender o fogo, foi saudado de forma efusiva por todos que acompanhavam a cerimônia.

Paul McCartney canta "Hey jude" em Londres 2012: Nos Jogos de Londres 2012, o ponto alto da festa de abertura estava reservado para depois do acendimento da pira olímpica. 

Em um show histórico, Sir Paul McCartney encerrou o evento cantando The End e Hey Jude. Durante esta última, o ex-Beatle, naquela época com 70 anos, chamou os milhares de presentes para fazerem coro no fim da música. 

Pedindo primeiro para homens e depois para mulheres cantarem, ele levantou a plateia, abrindo oficialmente a Olimpíada de 2012 com o pop rock que conquistara o mundo décadas antes.

Vanderlei Cordeiro e a volta por cima na Rio 2016: O escolhido inicial era Pelé. 

Contudo, problemas de saúde fizeram o Rei do Futebol declinar ao convite para acender a pira olímpica da Rio 2016. 

As especulações sobre o seu substituto foram surgindo ao longo do dia da cerimônia de abertura. 

Nomes como Gustavo Kuerten e Hortência estavam no Maracanã e participaram do revezamento da tocha dentro do estádio. 

Só que a incumbência de acender a pira ficou a cargo de Vanderlei Cordeiro da Silva. Bronze em Atenas 2004, quando perdeu a liderança da maratona por conta de um invasor, mas entrou no estádio comemorando com um aviãozinho, foi quem protagonizou o momento mais importante da abertura da primeira edição dos Jogos Olímpicos na América Latina. 

Uma vitória do verdadeiro espírito olímpico.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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