domingo, 27 de outubro de 2024

Sainz vence no México

Sainz vence e Ferrari assume vice-liderança da Fórmula 1.

Espanhol recuperou liderança no início da corrida, marcada por manobras agressivas e punição de 20 segundos a Verstappen. 

Norris chegou em segundo lugar à frente de Leclerc, que quase bateu no fim.

Em um dia marcado pela condução mais agressiva de Max Verstappen, foi a Ferrari quem saiu vencedora: a equipe conquistou a vitória no Grande Prêmio do México neste domingo (27) com Carlos Sainz, um pódio com o terceiro lugar de Charles Leclerc e, aproveitando os 20 segundos de punição ao holandês em confronto com Lando Norris, segundo colocado -, desbancou a RBR da vice-liderança da Fórmula 1 2024.

Essa foi a segunda vitória de Sainz em 2024. 

Ele, que já levou a melhor no Grande Prêmio da Austrália, ajudou a Ferrari a conquistar a quinta vitória do ano.ole position, o espanhol foi superado por Verstappen na largada, mas após uma bandeira amarela acionada pela batida de Alexander Albon e Yuki Tsunoda, ultrapassou o rival.

Max, em seguida, não deixou barato a aproximação de Norris, dias depois que outro confronto entre eles, nos Estados Unidos, virou até tema de debate entre os pilotos e a Fórmula 1. 

Sem vencer há 10 Grandes Prêmios, holandês foi o sexto lugar.

A corrida ruim de Sergio Pérez, décimo sexto e também punido, não ajudou. 

A RBR não pôde evitar que a Ferrari transformasse seus 8 pontos de diferença no terceiro lugar em 24 de vantagem, agora na vice-liderança atrás da McLaren. 

Vale lembrar que restam só quatro provas para o fim da temporada.

O infortúnio de Verstappen também permitiu o vice-líder do campeonato de pilotos, Norris, reduzir 10 pontos de desvantagem em relação ao holandês, que lidera a tabela: a diferença agora é de 47 pontos.

Neste domingo (27), a festa na garagem da Aston Martin pelos 400 Grandes Prêmios de Fernando Aonso virou um enterro: o bicampeão abandonou a prova na décima oitava volta com um problema de resfriamento nos freios.

A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana em 3 de novembro com o Grande Prêmio de São Paulo, no Autódromo de Interlagos. 

A prova é válida como a vigésima primeira da temporada, e o Globo Esporte segue tudo in loco e em tempo real. 

A largada: Verstappen seguiu roda com roda ao lado de Sainz nos primeiros metros e conseguiu contornar a primeira curva à frente do ferrarista. 

Logo atrás, Norris manteve-se em terceiro lugar, assim como Leclerc, na quarta colocação.

A corrida foi interrompida ainda na primeira volta com uma bandeira amarela, devido a um incidente envolvendo Alexander Albon e Yuki Tsunoda. 

Os 2 haviam largado próximos um ao outro, respectivamente em nono e décimo primeiro lugar.

O piloto da Red Bull tentou ultrapassar por fora e tocou na roda do rival, perdendo a direção, rodando e deslizando em direção contrária ao sentido da pista até a barreira de proteção no fim da curva. 

O japonês ainda perdeu uma roda durante a batida, que danificou a Williams do rival e o forçou a parar na grama, em outro trecho da pista.

Pérez largou bem, beneficiando-se também dos incidentes que tiraram dois carros de sua frente, e foi de décimo oitavo lugar a décimo terceiro lugar. 

No entanto, acabou punido em 5s por queimar a largada - embora estivesse, na realidade, posicionado de forma incorreta em seu colchete, o que afeta o sistema de detecção automática.

Sainz recupera a liderança após safety car: A bandeira verde reautorizou a disputa na sétima volta, permitindo que Sainz se aproximasse de Verstappen mas, ainda, sem poder usar a asa traseira móvel. 

2 giros depois o espanhol assumiu a liderança com facilidade na reta principal.

Pelo rádio, o piloto da RBR se queixou de uma bateria sem potência em seu carro; logo em seguida, iniciaria uma série de movimentos polêmicos na prova, a partir da volta 16.

Verstappen é punido em 20 segundos e beneficia Leclerc: Primeiro, Max impediu que Norris o ultrapassasse ao empurrar o britânico para fora da pista quando o piloto da McLaren já havia colocado parte do carro à sua frente, na curva 4. 

Lando teve que cortar caminho pelo gramado e por isso, foi facilmente superado pelo rival na curva 8.

Para completar, o tricampeão ainda bateu na roda dianteira esquerda do rival, fazendo com que ambos mais uma vez saíssem da pista. 

Repetindo o feito do Grande Prêmio dos Estados Unidos, Leclerc aproveitou a briga da dupla e passou ambos, saltando do quarto para o segundo lugar. 

Pelos 2 episódios, Max recebeu 20 segundos de punição.

Max foi o primeiro dos pilotos da frente a visitar os boxes, no vigésimo sétimo giro. 

Cumprindo seus 20 segundos de punição em um pit stop que durou 24 segundos, retornou à pista em décimo quinto lugar, depois de trocar os pneus médios pelos duros. 

Norris, Sainz e Leclerc também pararam, respectivamente, nas voltas 31, 32 e 33. 

Com isso, as posições da ponta foram reestabelecidas, mas sem o holandês.

No entanto, as trocas de outros pilotos ajudaram a impulsionar o tricampeão na zona de pontuação: ele era nono e, na volta 41, já era sexto colocado. 

Seu avanço, porém, foi interrompido por Lewis Hamilton, que se preparava para brigar pelo quarto lugar com o colega George Russell.

Ao longo da prova, Sainz não chegou a abrir uma diferença tão expressiva sobre Leclerc. 

O espanhol até se queixou do que considerava um excesso de pressão da parte do colega. 

Mesmo assim, o monegasco não teve tempo para ensaiar uma aproximação maior do vizinho de garagem.

Na volta 63 de 71, o piloto do carro 16, que seguia sob pressão de Norris, escapou da pista na chegada à reta principal depois de travar a traseira e teve que frear para evitar uma batida. 

Com isso, abriu caminho para Norris assumir a vice-liderança da prova.

Decidindo o melhor do resto no fim: Enquanto a Ferrari dominava a prova e Verstappen brigava com Norris, a Mercedes viveu um duelo à parte com seus pilotos: Hamilton, quinto colocado, ficou na frente de Russell depois de superar o colega de equipe na largada, mas foi ultrapassado na décima sexta volta.

Mesmo entrando nos boxes primeiro para trocar os pneus médios pelos duros, o heptacampeão só conseguiu se aproximar do colega a partir do quinquagésimo quinto giro da corrida. 

A dez voltas da bandeirada, a pressão do veterano aumentou e, na volta 66, ele enfim passou o colega para assumir a quarta posição.

Não foi só Verstappen!

Colega do tricampeão, Pérez também correu com a adrenalina lá no alto neste domingo (27). 

Depois de receber 5 segundos pelo erro na largada, o mexicano foi investigado por fechar a porta com dureza para Liam Lawson, em disputa pelo décimo lugar, na décima nona volta. 

Ele chegou a ter um contato com o rival, que lhe causou danos na lateral de seu carro.

2 voltas depois, o piloto da casa foi novamente investigado: desta vez, por empurrar Lane Stroll para fora da pista. 

Ele se isentou de mais punições, mas uma coincidência: os dois episódios foram na curva 4, a mesma em que Verstappen tirou Norris da pista.

Outra disputa intensa se deu pouco depois do confronto entre Pérez e Lawson: Franco Colapinto não cedeu espaço para Oscar Piastri, em disputa pelo décimo segundo lugar, e chegou a ter um toque de roda com o piloto da McLaren. 

Não houve, porém, sanção para nenhum dos 2.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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