segunda-feira, 1 de abril de 2024

Festa do Leão

Sport vence o Náutico nos Aflitos e põe uma mão na taça do Estadual.

Leão joga melhor que o Timbu, faz 2 a 0 e pode até perder pelo placar mínimo para faturar o quadragésimo quarto título.

Em mais um jogo marcado por cenas de violência entre parte da torcida do Náutico e a PMPE (Polícia Militar de Pernambuco), o Sport foi melhor, se impôs no segundo tempo e venceu o Náutico, neste sábado (30), nos Aflitos, por 2 a 0. 

Após uma etapa inicial com poucas oportunidades de gols, o Leão foi avassalador na volta do intervalo. 

Dominou a partida, acertou a trave duas vezes, encurralou o Timbu e balançou as redes com Rafael Thyere e Gustavo Coutinho, inclusive, deixando a sensação que o placar ficou barato para o Náutico. 

Em situação complicada para o jogo de volta, o Náutico demitiu o técnico Allan Aal assim que acabou o jogo.

O Sport poderá perder por até um gol no jogo da volta, o decisivo para o título do Campeonato Pernambucano, que ficará com o título Estadual. 

A partida acontecerá no próximo sábado, dia 6 de abril. 

Desta vez, o clássico vai acontecer na Arena de Pernambuco, com torcida única do Sport. 

Até este sábado, mais de 33 mil ingressos já estavam vendidos.

Por volta dos 29 minutos do segundo tempo, o jogo chegou a ser paralisado devido a cenas de violência nas arquibancadas. 

Um confronto entre parte dos torcedores alvirrubro e da PMPE deixou vários feridos. 

Spray de pimenta foi utilizado para dispersar os mais exaltados. 

Os feridos foram atendidos à beira do gramado. 

Por volta dos 38 minutos do segundo tempo, uma nova paralisação, desta vez por invasão de gramado. 

Um homem foi detido. 

O inacreditável foi que o mesmo homem voltou a invadir o gramado aos 44 minutos do segundo tempo e retirado mais uma vez.

A pressão sobre o técnico do Náutico, Allan Aal, chegou ao estágio máximo. 

Insustentável. 

Ainda antes de o Sport marcar o primeiro gol, parte da torcida já pedia a cabeça do treinador, já insatisfeita com o desempenho de jogos anteriores. 

No intervalo, já se ouvia gritos de "burro", que acabaram se intensificando com os gols rubro-negros. 

Nas arquibancadas, muitos pediram a saída do comandante da equipe - o que foi concretizado logo após o jogo.

Foi uma etapa inicial com leve superioridade do Sport. 

Apesar de jogar em casa e com o apoio da torcida única (por determinação da FPF - Federação Pernambucana de Futebol), o Náutico não fez valer o mando de campo. 

Desfalcado do artilheiro Paulo Sérgio, faltou o que é o principal calo da equipe do técnico Allan Aal: força ofensiva. 

Porém, bem postado defensivamente, o Timbu conseguiu conter o ímpeto do rival, favorito na decisão. 

Embora com maior posse de bola (64%) e de jogar a maior parte da etapa no campo alvirrubro, o Leão não chegou a conseguir imprimir uma pressão no adversário. 

As melhores oportunidades vieram na sequência, aos 40 minutos do primeiro tempo e 41 minutos do primeiro tempo. 

Na primeira, Patrick Allan falhou na saída de jogo e Fabricio Domínguez soltou uma bomba, que passou com perigo. 

Na jogada seguinte, cabeçada de Luciano Castán após escanteio e grande defesa de Vagner. 

Ao final, parte da torcida do Náutico vaiou o time na saída para o intervalo.

A etapa final foi do Sport. A equipe rubro-negra fez o que esperava dela desde o princípio, dominando o Náutico. 

Numa sequência impressionante, Gustavo Coutinho e Fabricio Domínguez acertaram a trave. 

O gol do Leão parecia questão de tempo. 

E ele veio com Rafael Thyere, de cabeça. 

Nessa altura, boa parte da torcida alvirrubra já fazia coro de "burro" para o técnico Allan Aal. 

Com o caldeirão fervendo contra, o Sport aproveitou para ampliar com Gustavo Coutinho, novamente de cabeça. 

O Leão chegou a marcar mais um, com Zé Roberto, mas num lance invalidado por impedimento milimétrico. 

Perdido, o Náutico escapou em vários momentos de sofrer o terceiro gol.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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