terça-feira, 30 de abril de 2024

Balanço da SAF do Vasco

Vasco SAF (Sociedade Anônima do Futebol) registra receita de R$ 364 milhões e prejuízo de R$ 123 milhões em 2023.

A SAF do Vasco publicou nesta terça-feira (30) o seu segundo balanço financeiro, o primeiro referente a um ano completo, no caso 2023. 

O relatório aponta aumento das receitas brutas, que totalizam R$ 364 milhões, e prejuízo de R$ 123 milhões no exercício.

A receita bruta aumentou em 170% é a maior registrada na série histórica, que começou em 2016, e é mais de duas vezes maior que a do balanço referente ao ano de 2022 (R$ 135 milhões).

O prejuízo se dá por causa do aumento nos gastos operacionais, que retratam diretamente os investimentos realizados no elenco. 

Isso tem como consequência mais custos e despesas de pessoal, como pagamento de direitos de imagem, benefícios, manutenções e serviços necessários para a operação do clube.

Da dívida de cerca de R$ 700 milhões que a SAF assumiu do clube, R$ 210 milhões foram pagos até o momento, R$ 90 milhões em 2022 e R$ 120 milhões no ano passado. 

Considerando atualizações e correções registradas no resultado financeiro da empresa, a redução líquida da dívida é de R$ 60 milhões. 

Um dos principais desafios é diminuir o custo desta dívida. 

Isso significa renegociar para obter descontos, redução de juros e alongamento.

O documento aponta ainda que a relação "entre os valores a pagar e valores a receber" apresentou o menor índice da série histórica. 

Ou seja, o Vasco aumentou a capacidade de pagar o que deve, avançando na busca pela estabilidade financeira.

"A situação ainda está longe de ser confortável. Por mais que os indicadores tenham melhorado, o Vasco iniciará seu ano de 2024 com um passivo de curto prazo 3 vezes maior que seus ativos de curto prazo. Essa diferença deverá ser coberta pela injeção de capital e pela geração de novas receitas".

O passivo descoberto saiu de R$ 594 milhões em 2022 para R$ 601 milhões em 2023. 

O número é resultado da herança das dívidas assumidas do clube associativo e o prejuízo acumulado.

A empresa coloca como objetivo quebrar o ciclo vicioso e passar a um ciclo virtuoso. 

Para isso, mira aumentar a receita e a capacidade financeira do Vasco em busca da autossutentabilidade.

Esta autossutentabilidade passa por três pilares que a SAF acredita que estão sendo bem cumpridos: aumento de receitas, racionalização dos custos (ter controle das finanças, quanto entra, quanto sai, o que antes não existia) e redução de dívidas.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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