Bauru vence Campinas e fatura bicampeonato da Superliga.
Liderado pelo oposto Darlan, craque da equipe e da seleção brasileira, time supera o adversário no Recife e ergue o troféu.
Um trabalho sólido.
Uma campanha estável.
O craque da competição.
E um campeão olímpico no comando.
O Bauru conquistou, neste domingo (28), o bicampeonato da Superliga Masculina de Vôlei ao superar o Campinas por 3 a 0 (25/16, 25/23 e 25/20) no Ginásio Geraldão, no Recife-PE.
Campeão na temporada 2010/2011, o Bauru, que deixou a capital paulista rumo à cidade do interior, conquista o troféu menos de um ano depois de mudar de endereço.
Darlan!
Darlan!
Darlan é o nome dele!
Define o campeonato! Sesi-Bauru é o campeão da Superliga masculina 2023/2024!
"Acho que ainda não consigo assimilar tudo que está acontecendo. Agora é desfrutar. Quando minha mãe está, eu não perco. Fiquei procurando ela na arquibancada. Quando a vi, disse que eu tinha de ganhar", brincou Darlan sob os olhares da mãe, Aparecida Souza.
O encarregado de abrir os trabalhos na final foi Bruno Lima.
O oposto do Campinas, segundo maior pontuador da Superliga, marcou o primeiro ponto do jogo.
Darlan, o número 1 da competição neste quesito, começou a partida carimbando um saque na rede.
Entretanto, rapidamente, o Bauru encaixou seu jogo e fez 8 a 4 no bloqueio do promissor Lukas Bergmann.
Melhor sacador do torneio, Darlan errou o serviço pela segunda vez quando o Bauru vencia por 13 a 8.
No lance seguinte, porém, cravou uma bola cruzada, indefensável.
Com vantagem de oito pontos no placar, 17 a 9, o Bauru controlava o jogo, enquanto Darlan pedia a participação do público, voltado em direção à arquibancada.
O camisa 18, inclusive, foi quem anotou 20 a 10 ao explorar o bloqueio rival.
À vontade em quadra, o Bauru tirou proveito da atuação discretíssima do Campinas e, pelas mãos do ponteiro Guiga fechou em 25 a 16 após 27 minutos de confronto.
O "amasso" do set inicial não se repetiu na etapa seguinte.
O Campinas, enfim, entrou na partida.
A equipe converteu pontos e anotou 10 a 8.
Darlan descontou com uma pancada.
Na sequência, o craque do Bauru sacou, a bola triscou na rede, e Maurício Borges fez a recepção de peito.
A torcida aplaudiu a "matada" intencional do campeão olímpico.
A virada do Bauru se deu quando Lukas Bergmann aproveitou a devolução do time adversário e atacou pelo meio: 13 a 12.
Darlan anotou 17 a 16, mas demonstrou irritação com a arbitragem, que não acusou o toque no bloqueio do Campinas.
O oposto pediu a revisão pelo vídeo, que confirmou o ponto a favor do Bauru.
Equilibrado como se esperava antes de a bola rolar, ficou emocionante na reta final.
Com 20 a 18 no placar, Guiga sacou para o Bauru, e Bruno Lima, explorando o bloqueio, reduziu a diferença para um ponto.
Três erros de serviço, cometidos por ambas as equipes, aumentaram vantagem do Bauru para 22 a 21.
No set point, Darlan foi freado pelo bloqueio do Campinas, que alcançou 23 pontos.
Pedido de tempo.
Clima de tensão no ginásio.
E, uma vez mais, coube a Guiga assinalar o último ponto: 25 a 23.
Sob os olhares da mãe, dona Aparecida, que compareceu ao ginásio, Darlan atacava, bloqueava e incendiava o jogo com suas comemorações efusivas.
O astro do Bauru e da seleção brasileira, de apenas 21 anos, assim como Lukas Bergmann e o líbero Pureza foram peças fundamentais na decisão.
O Campinas repetiu a atuação da etapa anterior, acompanhando de perto o adversário, mas, na reta final, o Bauru abriu 20 a 16, quando Darlan sacou forte e os adversários se atrapalharam na devolução.
Empurrado pela torcida, que sentia a proximidade do título e gritava o nome do time, o Bauru fez 23 a 19 em um erro de saque do Campinas, freado pela rede.
Bergmann explodiu uma bola em cima de Maurício Borges e levou o time ao match point.
O Campinas salvou com González, mas Darlan estava ali para a cravar a bola na quadra, assinalar 25 a 20 e garantir o bicampeonato do Bauru.
"A cabeça tá a mil agora. Nem sei o que estou sentindo. Ainda mais com todos meus familiares assistindo. Agora é só comemorar esse título", disse Lukas Bergmann após a vitória.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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