Brasil faz pior jogo contra Japão e perde primeira no Mundial de vôlei.
Seleção ensaia uma reação, mas vê japonesas dominarem partida e vencerem por 3 sets a 1.
O rival indicava um caminho duro. Mas, ao se perder em falhas, o Brasil abriu o caminho para a queda.
Em seu pior jogo no Mundial de vôlei, a seleção feminina até ensaiou uma reação e flertou com o sonho da virada.
O Japão, porém, soube esperar o momento para desbancar o time de José Roberto Guimarães em Arnhem, na Holanda.
Em 3 sets a 1, parciais 25/22, 25/19, 17/25 e 25/20, o Brasil conheceu sua primeira derrota na competição.
Com a derrota, o Brasil também fica longe da liderança do grupo D.
O Brasil vai ter pouco tempo para reagir.
A seleção volta à quadra já neste sábado (1º), contra a China, às 9 horas (horário de Brasília).
O Sportv2 transmite a partida ao vivo, e o Globo Esporte acompanha tudo em tempo real.
Para fechar a primeira fase na ponta da chave, vai precisar vencer a China por 3 sets a 0.
A queda também dá fim a uma longa invencibilidade contra o Japão. A seleção não perdia para as rivais desde 2017, quando levou a pior na Copa dos Campeões.
O período invicto era ainda maior em Mundiais: a última derrota havia sido em 1982, no Peru.
Números do jogo
Maiores pontuadoras:
Inoue (Japão) - 27 pontos
Ishikawa (Japão) - 18 pontos
Pri Daroit (Brasil) - 17 pontos
Hayashi (Japão) - 16 pontos
Carol Gattaz (Brasil) - 13 pontos
Pontos de ataque:
Brasil: 55 pontos
Japão: 64 pontos
Pontos de bloqueio:
Brasil: 6 pontos
Japão: 5 pontos
Pontos de saque:
Brasil: 3 pontos
Japão: 5 pontos
Pontos em erros adversários:
Brasil: 22 pontos
Japão: 18 pontos
Primeiro set - Brasil vacila, permite virada e larga atrás: O Japão largou na frente.
Ao forçar o saque, conseguiu quebrar o passe brasileiro e abriu 3/0.
Kisy, em um bom ataque, deu início à contagem para o Brasil.
O começo não foi dos melhores.
Aos poucos, porém, a seleção conseguiu se encontrar. No ataque de Kisy, passou à frente pela primeira vez, com 8/7.
Logo o placar disparou.
No ataque de Pri Daroit, 14/10 e pedido de tempo do lado japonês.
Só que o Japão tinha seus perigos.
O time asiático voltou para o jogo à medida que acertou seu saque.
Em um ace de Ishikawa, as rivais retomaram a dianteira em 19/18.
À beira da quadra, Zé Roberto se irritava a cada erro brasileiro.
Faltava potência.
Naquele momento, Pri Daroit e Gabi tentavam arrumar a casa.
Não funcionou.
No ataque de Yamada, o Japão fechou em 25/22.
Segundo set - Brasil não reage, e Japão amplia: O panorama não mudou muito na volta à quadra.
A seleção parecia sem reação.
Em um bloqueio de Yamada sobre Gabi, o Japão abriu 5/3.
Ampliou logo na sequência com um ace de Hayashi.
Zé Roberto pediu tempo.
O Brasil até conseguia evitar que o time japonês disparasse, mas era pouco.
Sem ameaçar em qualquer momento, a seleção parecia sem reação.
Zé Roberto, insatisfeito com o jogo de Kisy, já havia tentado Lorenne.
Não funcionou.
Quando o Japão começou a abrir vantagem no placar, mandou Rosamaria à quadra como oposta.
O técnico também tentou Roberta e Lorena.
Em um momento, a seleção até ameaçou uma reação, mas ficou na promessa.
No ponto de Inoue, o Japão fechou em 25/19.
Terceiro set - Brasil muda, melhora e se mantém vivo: Já não havia mais espaço para erros.
Na tentativa de voltar ao jogo, Zé Roberto mudou o time.
A seleção voltou à quadra com Roberta, Lorena e Tainara.
E o início deu razão ao técnico.
Não era perfeito, é verdade, mas o time melhorou.
No bloqueio de Lorena, o Brasil abriu 7/4, e o Japão pediu tempo.
O momento, porém, era das brasileiras.
Mais firmes no ataque e mais eficientes no bloqueio, as brasileiras logo dispararam.
Ao ver o placar marcar 17/11, o técnico Masayoshi Manabe parou mais uma vez.
Mas o Brasil seguiu melhor.
Em um erro de ataque das rivais, a seleção marcou 20/12.
Zé Roberto tentou chamar Macris e Kisy de volta ao jogo.
Mas o Japão reagiu e diminuiu a diferença.
O técnico, então, desfez a inversão e voltou com Roberta e Tainara à quadra.
Deu certo.
Em uma largadinha da levantadora, 25/17 no placar e sobrevida para o Brasil no jogo.
Quarto set - Brasil permite virada, tenta reagir, mas cai para o Japão: O Brasil ganhou ritmo e potência.
Na volta à quadra, a seleção se manteve firme.
Foi Pri Daroit quem fez o placar marcar 4/0.
Japão logo pediu tempo e tentou arrumar a casa.
Não funcionou.
Em mais dois ataques seguidos de Pri Daroit, a seleção abriu 8/2.
Manabe parou mais uma vez e esgotou seus pedidos de tempo na parcial.
Pouco adiantou.
Tainara, àquela altura, era o nome do jogo.
Versátil, a jogadora deu mais força ao ataque brasileiro.
Um erro de saque de Carol Gattaz, porém, abriu espaço para que o Japão tentasse reagir.
As rivais marcaram três pontos em sequência, e Zé achou melhor parar o jogo.
O time japonês manteve o ritmo e voltou a causar problemas para o lado brasileiro.
O Japão voltou à frente.
Ao se perder em erros mais uma vez, a seleção viu as rivais abrirem 18/14.
Zé, então, tentou mais uma vez. Primeiro, mandou Rosamaria.
Depois, Kisy e Macris.
O Brasil reagiu e fez a diferença cair para apenas um ponto (18/17).
O empate veio em um ataque para fora das japonesas.
Mas foi só.
O Japão voltou a abrir 22/19, e Zé chamou Roberta e Tainara mais uma vez.
Já não havia espaço para reação.
Em um bloqueio de Lorena para fora, 25/20 para as japonesas.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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