quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Negócios do esporte

Proposta do City pelo Bahia inclui promessa: clube terá segundo maior investimento do grupo.

Negociação por 90% de SAF (Sociedade Anônima Futebol) ocorre desde setembro do ano passado e agora chega à fase final. 

Diretoria tricolor abrirá detalhes da proposta a conselheiros e sócios, em busca da aprovação deles

Caso aceite a proposta do City Football Group e venda parte da empresa que administrará seu futebol, o Bahia será o segundo na escala de investimentos do grupo estrangeiro, apenas abaixo do Manchester City. 

Esta é uma das promessas a serem apresentadas pela diretoria de Guilherme Bellintani aos conselheiros e sócios nos próximos dias.

A negociação começou em setembro do ano passado, quando o clube ainda disputava a primeira divisão, e envolve a cessão de 90% do capital de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). 

Os estrangeiros passariam a deter o controle sobre o departamento de futebol, enquanto a associação civil, com 10%, se tornaria sócia minoritária.

Faz alguns anos que o City monitora o mercado brasileiro, atrás de oportunidades de investimento. 

O grupo hoje tem participações em 12 clubes no mundo, incluindo Estados Unidos, China e Europa. 

Na América do Sul, a sua entrada aconteceu pelo Uruguai, onde comprou o Montevideo Torque, rebatizado para incluir a palavra City no nome.

Internamente, o City Football Group organiza seus clubes em três linhas:

Flagship ("carro-chefe");

Gerador de talentos;

Parceria.

Sinalizados como carros-chefes, estão clubes em mercados com grande relevância socioeconômica, não necessariamente tradicionais no futebol. New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Mumbai City (Índia) e Sichuan Jiuniu (China) são exemplos.

Entre geradores de talentos, entram filiais com vocação para formar jovens jogadores e abastecer a cadeia. Montevideo City Torque (Uruguai), Troyes (França) e Lommel (Bélgica) se enquadram neste subgrupo.

Parcerias são feitas para que haja vínculo formal, com intercâmbio de informações e jogadores, porém não necessariamente a compra de parte do capital. 

O City é acionista minoritário no Yokohama Marinos (Japão), mas não tem propriedade alguma no Bolivar (Bolívia).

No Brasil, representantes do City diziam procurar por um carro-chefe para a América do Sul, um clube que fosse receber investimentos e competisse em alto nível. 

Houve conversas com o Atlético-MG, porém elas não avançaram. 

Outras associações estiveram em contato. 

O Bahia foi a que chegou mais longe. Agora, a concretização do negócio depende da aprovação de seus associados em Assembleia Geral.

Clubes nos quais o City Football Group é acionista majoritário:

Manchester City (Inglaterra)

New York City (Estados Unidos)

Melbourne City (Austrália)

Mumbai City FC (Índia)

Lommel SK (Bélgica)

ESTAC Troyes (França)

Montevideo City Torque (Uruguai)

Palermo (Itália)

Clubes nos quais o City Football Group é acionista minoritário:

Yokohama F. Marinos (Japão)

Girona (Espanha)

Sichuan Jiuniu (China)

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira


Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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