Proposta do City pelo Bahia inclui promessa: clube terá segundo maior investimento do grupo.
Negociação por 90% de SAF (Sociedade Anônima Futebol) ocorre desde setembro do ano passado e agora chega à fase final.
Diretoria tricolor abrirá detalhes da proposta a conselheiros e sócios, em busca da aprovação deles
Caso aceite a proposta do City Football Group e venda parte da empresa que administrará seu futebol, o Bahia será o segundo na escala de investimentos do grupo estrangeiro, apenas abaixo do Manchester City.
Esta é uma das promessas a serem apresentadas pela diretoria de Guilherme Bellintani aos conselheiros e sócios nos próximos dias.
A negociação começou em setembro do ano passado, quando o clube ainda disputava a primeira divisão, e envolve a cessão de 90% do capital de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Os estrangeiros passariam a deter o controle sobre o departamento de futebol, enquanto a associação civil, com 10%, se tornaria sócia minoritária.
Faz alguns anos que o City monitora o mercado brasileiro, atrás de oportunidades de investimento.
O grupo hoje tem participações em 12 clubes no mundo, incluindo Estados Unidos, China e Europa.
Na América do Sul, a sua entrada aconteceu pelo Uruguai, onde comprou o Montevideo Torque, rebatizado para incluir a palavra City no nome.
Internamente, o City Football Group organiza seus clubes em três linhas:
Flagship ("carro-chefe");
Gerador de talentos;
Parceria.
Sinalizados como carros-chefes, estão clubes em mercados com grande relevância socioeconômica, não necessariamente tradicionais no futebol. New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Mumbai City (Índia) e Sichuan Jiuniu (China) são exemplos.
Entre geradores de talentos, entram filiais com vocação para formar jovens jogadores e abastecer a cadeia. Montevideo City Torque (Uruguai), Troyes (França) e Lommel (Bélgica) se enquadram neste subgrupo.
Parcerias são feitas para que haja vínculo formal, com intercâmbio de informações e jogadores, porém não necessariamente a compra de parte do capital.
O City é acionista minoritário no Yokohama Marinos (Japão), mas não tem propriedade alguma no Bolivar (Bolívia).
No Brasil, representantes do City diziam procurar por um carro-chefe para a América do Sul, um clube que fosse receber investimentos e competisse em alto nível.
Houve conversas com o Atlético-MG, porém elas não avançaram.
Outras associações estiveram em contato.
O Bahia foi a que chegou mais longe. Agora, a concretização do negócio depende da aprovação de seus associados em Assembleia Geral.
Clubes nos quais o City Football Group é acionista majoritário:
Manchester City (Inglaterra)
New York City (Estados Unidos)
Melbourne City (Austrália)
Mumbai City FC (Índia)
Lommel SK (Bélgica)
ESTAC Troyes (França)
Montevideo City Torque (Uruguai)
Palermo (Itália)
Clubes nos quais o City Football Group é acionista minoritário:
Yokohama F. Marinos (Japão)
Girona (Espanha)
Sichuan Jiuniu (China)
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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