sábado, 27 de junho de 2020

Violência

Renê Simões polemiza ao defender volta do futebol para combater violência contra mulher.

Ex-técnico da Seleção feminina cria polêmica ao dizer que tem amigo que bateu na mulher e vê atletas "saudáveis" contra coronavírus.
Renê Simões vê a volta dos campeonatos como fator social e auxílio psicológico às famílias. (Foto: Reprodução)
O ex-técnico da Seleção feminina de futebol, Renê Simões apoiou a volta do futebol como um auxílio às famílias que estão "enlouquecendo" em casa, para combater, inclusive, quadros como violência doméstica. 

A declaração foi dada durante uma entrevista à Rádio Central, de Campinas na última sexta-feira (26).

"Vamos discutir o futebol como fator social para ajudar as pessoas que estão em casa enlouquecendo. Eu tenho amigos aqui que já se separaram, outros já bateram na mulher, outros batem nos filhos, estão enlouquecendo. Então se colocar futebol, pode ser que ajude em alguma coisa", disse Renê.

O ex-técnico, que já esteve à frente de Botafogo, Coritiba, Vitória, Vila Nova, Portuguesa, e das seleções da Jamaica e Costa Rica, vê os atletas como "pessoas extremamente saudáveis", e por isso não há problema em retornar com o futebol, já que o vírus "quer pessoas que tenham alguma deficiência".

"Nós já tivemos mais de 100 jogadores brasileiros com Covid. Nenhum deles foi internado, nenhum deles foi entubado. No mundo todo, só conheço um caso que fugiu da regra, que foi o Dybala da Juventus que foi testado positivo, 14 dias depois positivo de novo, mais 14 dias positivo de novo, mas resolveu tudo. Eu não tenho um caso de jogador que tenha sido internado, entubado, e porque, porque são pessoas extremamente saudáveis, e esse vírus não é para as pessoas saudáveis, esse vírus quer as pessoas que tenham alguma deficiência, que os jogadores não tem", afirmou Renê.

Para ele, o fato dos campeonatos voltarem não significa que a situação voltou ao normal, já que as condições para jogo foram modificadas, como por exemplo a não presença da torcida, mas que isso pode significar uma distração para as pessoas que estão em quarentena.

"Ah, mas falam que o futebol voltando vai indicar que a situação está normal. Como está normal? Não tem torcida, os gandulas higienizando a bola, isso não é normalidade, agora isso vai fazer um bem muito grande para as pessoas que estão em casa. O fator social de alguém que está em casa e não está com a cabeça pensando só no vírus, está pensando no jogo, interagindo com outro", finalizou Renê.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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