Presidente diz que Grêmio não pode mais esperar por avanço em treinos: "Nosso negócio é futebol".
Romildo Bolzan fala sobre a decisão de levar o Tricolor para treinar em Criciúma, Santa Catarina.
Sem liberação para trabalhos com contato físico em Porto Alegre, o Grêmio anunciou que irá trabalhar em Criciúma, em Santa Catarina, embora ainda sem data prevista.
Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, chega ao Centro de Treinamento. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio) |
O presidente Romildo Bolzan Júnior justificou a decisão com a necessidade de se preparar para o Campeonato Brasileiro e disse que o Tricolor não pode mais "esperar" pelo avanço nos protocolos e liberações do governo do Rio Grande do Sul.
Romildo afirmou respeitar as decisões científicas do Estado e do município, mas também reforçou que o "negócio" do Grêmio é o futebol.
O clube esteve em contato constante com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, mas as restrições na bandeira vermelha (como Porto Alegre está classificada no protocolo estadual de distanciamento para o novo coronavírus) impediram a liberação para treinos gradativos com contato físico.
"De nenhuma forma nós queremos confrontar com os protocolos que o governo e a Prefeitura de Porto Alegre estão fazendo. O Grêmio não pode mais aguardar por conta da sua preparação, no estágio que ela está, sem que faça prosseguimentos, sem que faça avanços, siga em frente. E seguir em frente significa exatamente essa questão dos coletivos, do contato, da preparação tática, técnica, e enfim, tudo que diz respeito à preparação de um atleta", disse o dirigente em entrevista à RBS TV.
"Os clubes brasileiros ficaram colocados num marco que é 9 de agosto para o recomeço do Brasileiro.
Então nós não temos expectativa do Gaúcho, mas tem a expectativa do Brasileiro" (Romildo Bolzan, presidente do Grêmio).
O Tricolor irá usar as instalações do Criciúma, que fica há cerca de 280 quilômetros de Porto Alegre.
O dirigente defende um tratamento especial em relação ao restante da sociedade para o futebol retomar as atividades.
Por conta das medidas de prevenção tomadas pelo clube e a capacidade financeira das equipes da elite do futebol brasileiro.
"Se o futebol tiver exatamente o mesmo entendimento que a sociedade em geral, sendo essa ilha de controle, nós não vamos jogar mais esse ano, porque a sociedade terá muitos percalços ainda pela frente. Então o que nós estamos pedindo não é para jogar. O que nós estamos pedindo é para avançar nos nossos treinamentos completamente controlados. Essa é a diferença", declarou o mandatário.
"Nós não estamos aqui fazendo debate na questão científica. A única coisa que estamos fazendo é exatamente viabilizando nossa preparação. O nosso negócio é futebol, então nós estamos trabalhando para viabilizar aquilo que fazemos. Nós estamos trabalhando na viabilização dos nossos aprontos, das nossa situações de preparação, nada mais que isso", completou.
O Grêmio ainda define os detalhes da logística para ir a Criciúma, bem como a data da viagem.
O clube vai usar as instalações do Centro de Treinamentos do Criciúma para as atividades, respaldado tanto pelos decretos do governo de Santa Catarina quanto da cidade, que permitem os treinos de clubes profissionais com contato físico.
O Tricolor iniciou a nona semana de trabalho e faz atividades sem contato físico desde a retomada dos treinos, no início de maio.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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