Cruzeiro retoma negociações com o Mineirão para solucionar débito em acordo extrajudicial.
Mineirão, em Belo Horizonte. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Dívida é avaliada em mais de R$ 45 milhões, mas acerto alinhado entre Minas Arena e conselho gestor reduziria o pagamento da quantia para R$ 19,5 milhões.
O Cruzeiro retomou as negociações com a administração do Mineirão para tentar resolver o débito milionário que o clube possui com o estádio e iniciar uma nova fase da parceria.
As partes já começaram uma negociação, após o presidente Sérgio Santos Rodrigues assumir o clube, com a continuidade de uma tentativa de acordo extrajudicial, que havia avançado quando o Cruzeiro estava sendo gerido pelo conselho gestor.
Há uma expectativa para que a situação tome contornos finais nas próximas semanas, segundo apurou a reportagem.
A avaliação é que há uma nova relação, iniciada pelo conselho gestor e continuada por Sérgio Rodrigues.
Por isso, o otimismo.
As conversas haviam sido congeladas com o clube mineiro por causa da pandemia do novo coronavírus.
As negociações foram retomadas com base no ponto em que pararam.
O Cruzeiro já tinha alinhado o valor e a forma de pagamento do débito.
O total discutido na Justiça ultrapassa os R$ 45 milhões.
Mas, com o acordo iniciado pelo conselho gestor, o débito caiu e muito: R$ 19,5 milhões.
A quantia seria quitada de duas formas.
O Cruzeiro iria utilizar R$ 10 milhões, depositados judicialmente, para pagar uma parte.
O restante, R$ 9,5 milhões, seria pago em parcelas.
Parte deste valor seria obtido ainda por um outro acordo: o de naming rights do Mineirão.
É que o Cruzeiro estava buscando parceiros que quisessem ter o nome exposto no estádio.
A ideia era realizar um contrato de cinco anos com o pagamento de R$ 10 milhões anuais.
Metade ficaria para o clube, e a outra metade para a Minas Arena.
Dos R$ 5 milhões anuais referentes à Raposa, R$ 1,25 milhão (25%) seria depositado para a administradora do estádio.
Assim, em cinco anos, o clube mineiro repassaria R$ 6,25 milhões ao Mineirão, valor que seria abatido nos R$ 9,5 milhões.
O modelo diminuiria para R$ 3,25 milhões a dívida do Cruzeiro, que teria de arranjar uma outra maneira, ou até mesmo utilizando a outra parte do pagamento de naming rights, para findar o débito.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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