Max Verstappen considera vitória no Japão como indício de reação da RBR.
Holandês vê equipe com potencial na temporada 2025 da Fórmula 1, mas reforça que ainda há problemas a serem resolvidos no carro.
A superioridade técnica que marca o início de ano da McLaren na Fórmula 1, em 2025, foi neutralizada no Grande Prêmio do Japão neste domingo (6) pela RBR de Max Verstappen.
O tetracampeão venceu sua primeira corrida da temporada com tranquilidade, e vê o resultado como um indício de que o time austríaco ainda pode voltar ao topo, se trabalhar na direção certa.
"Ainda temos trabalho a fazer. Mas isso mostra que, se realmente fizermos tudo, podemos estar lá em cima. Mas, de nossa parte, queremos ser melhores do que só ficar na frente às vezes. Portanto, vamos continuar trabalhando duro e ver onde podemos chegar no Bahrein", disse o holandês, na coletiva após a prova deste domingo (6).
O triunfo foi sucedido de uma pole position tirada da cartola, com apenas 0s012 de vantagem sobre o segundo colocado, Lando Norris.
A conquista no sábado no Circuito de Suzuka findou um jejum de 280 dias de Verstappen, que não largava da ponta desde o Grande Prêmio da Áustria de 2024.
E tanto para ele, quanto para o próprio Norris, segundo colocado na corrida, a pole foi fundamental para a vitória.
"O início do fim de semana foi bastante difícil, mas não desistimos. Continuamos a melhorar o carro e ele estava em sua melhor forma. E, é claro, o fato de termos largado na pole realmente possibilitou a vitória na corrida", avaliou Max, ao ser entrevistado ainda na pista após a vitória.
A RBR já antecipou que, neste ano, seu foco será no campeonato de pilotos, com Verstappen.
No Mundial de construtores, o time austríaco ocupa apenas o terceiro lugar e está a 50 pontos da líder McLaren.
A diferença é resultado dos Grande Prêmios da Austrália e China: as provas, que abriram o campeonato de 2025, foram vencidas por Lando Norris e Oscar Piastri, pilotos de Woking.
Norris exalta Verstappen e nega surpresa com rival na briga por título: Enquanto isso, a RBR pontuou apenas com Max, que além de já ter testemunhado a substituição de um colega de equipe (Liam Lawson por Yuki Tsunoda), também vem se queixando de uma série de problemas no RB21, seu carro da temporada.
"Conhecemos nossas limitações. Portanto, só temos que tentar correr contra essa limitação o máximo que pudermos. Mas, sim, o problema ainda não foi resolvido. Esperamos que isso seja solucionado em breve, mas não posso lhe dar um prazo para isso. Trata-se apenas de tentar encontrar esse limite, que é muito sensível para nós no momento", adicionou o tetracampeão.
No Bahrein, a RBR enfrentará um desafio diferente.
Será a primeira corrida noturna da temporada, em uma pista caracterizada por longas retas e curvas, mais extensas, de baixa a média velocidade.
Todos esses fatores podem não ser favoráveis aos pneus, e a um carro que sofre com a falta de balanço, sobretudo nas curvas.
No entanto, o histórico favorece Verstappen, que venceu a prova no Circuito de Sakhir nos anos de 2023 e 2024; a McLaren, por outro lado, nunca conquistou nenhuma vitória na pista barenita.
"Foi muito difícil ultrapassar aqui. Bahrein é uma pista completamente diferente, muito difícil para os pneus, com o superaquecimento deles também. Esperamos continuar melhorando o carro, sabe, com o equilíbrio nas curvas, e esperamos que isso também nos dê um pouco mais de ritmo em geral", pontuou o holandês.
A Fórmula 1 retorna já na próxima semana, em 13 de abril, com o Grande Prêmio do Bahrein.
A etapa no Circuito de Sakhir é válida como a quarta da temporada.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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