sábado, 30 de dezembro de 2023

Vitória na vida

Coronel sobrevive a dois infartos e disputa sua sétima São Silvestre.

Cleonice Alves vai comemorar retorno à corrida nos 15 Kilometros da São Silvestre, neste domingo (31), em São Paulo.

Tem a versão São Silvestre do alto rendimento e tem a versão dos atletas amadores. 

O que não faltam são histórias inspiradoras. Cleonice Alves é coronel da polícia aposentada, e o histórico de muito exercício físico foi fundamental para ela sobreviveu a dois infartos. 

Aos 51 anos, ela vai para sua sétima prova dos 15km em São Paulo, neste domingo (31). 

A Globo e o Globo Esporte transmitem a corrida ao vivo, a partir das 7h30 (horário de Brasília).

É com a mesma leveza que curte a vida que Cleonice corre os últimos metros da preparação. 

São os finalmentes para a maior festa das corridas de rua da América Latina, a São Silvestre.

"A minha primeira São Silvestre, acho que eu demorei muito para chegar, porque eu fiquei tão encantada, eu fiquei tirando foto de tudo, porque era muita novidade. Então, de tudo eu tirava foto. Quando eu cheguei já estavam arrumando a Paulista para o Réveillon da Paulista", falou Cleonice, que em 2021 correu pela primeira vez a prova depois dos infartos e pela sexta vez em toda vida.

A corrida está na vida da Cleonice desde as brincadeiras de criança. 

A policial aposentada, professora de educação física e mãe de dois filhos encontrou nos treinos e provas o descanso para a mente e o bem estar para o corpo. Só que mesmo tão ativa, teve um grande susto.

"Foi em 2016, eu estava com 46 anos, eu infartei... As pessoas não acreditavam, nem eu. Fiquei na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) vários dias, coloquei um stent (um pequeno e expansível tubo tipo “malha”, para restaurar o fluxo sanguíneo na artéria coronária e trazerem um ritmo quase normal) depois do cateterismo e da angioplastia. Quando coloquei o stent em 2016, estava com 70% a 80% de comprometimento".

Cinco meses depois, em março de 2017, Cleonice teve outro infarto.

"As duas vezes, fui salva pela atividade física. No primeiro infarto, os médicos quando olharam o mapa do meu coração falaram que parecia um sol de tanta ramificação que tinha e tudo isso graças ao esporte", completa.

"Estou bastante ansiosa, pra terminar bem, o importante é terminar bem. O ano que a gente termina com São Silvestre termina diferente, é comemoração. Consegui, fechei, é conquista, é vitória. Estou esperando todo mundo lá na São Silvestre que é uma festa maravilhosa".

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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