segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Em discussão na Lusa

COF Conselho de Orientação e Fiscalização da Portuguesa diz que pedidos de alteração no contrato da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) não foram atendidos.

Grupo de conselheiros teme que assinatura do contrato com o grupo investidor seja prejudicial ao clube do Canindé no longo prazo.

O COF da Portuguesa divulgou uma nota nesta segunda-feira (25) informando que algumas das alterações solicitadas no contrato proposto pelo grupo que compõe a SAF não foram atendidas. 

O COF teme que a assinatura sem a resolução dos conflitos possa ser prejudicial ao clube do Canindé em um futuro próximo. 

Na próxima terça-feira (26), os associados da Portuguesa votarão a proposta da SAF, o último passo antes da transformação da Lusa em clube-empresa. 

De acordo com o documento publicado pelo COF, a promessa de um investimento inicial de R$ 30 milhões não está garantida. 

Isso porque o contrato prevê a distribuição do dinheiro em duas etapas. 

Na primeira, a SAF desembolsaria R$ 12 milhões "preferencialmente para o custeio das despesas para a montagem de um time competitivo de futebol". 

Na segunda etapa, o aporte de R$ 18 milhões estaria condicionado à conclusão do processo de recuperação judicial.

O COF se mostra contrário às propostas e quer uma revisão das cláusulas do contrato. 

O Conselho pede que os R$ 12 milhões iniciais sejam investidos "exclusivamente" no departamento de futebol. 

O grupo também questiona a segunda parte do investimento condicionada a algo que foge do controle do clube e está nas mãos da Justiça. 

A porcentagem da compra também está em disputa. 

A SAF fez uma oferta inicial por 80% das ações do clube garantindo que 20% fique nas mãos da Lusa. 

Contudo, com o passar do tempo, os investidores teriam a prerrogativa de aumentar sua participação. 

O COF quer colocar uma cláusula que limite o aumento da porcentagem da SAF em 90%, fazendo com que a Portuguesa tenha um mínimo garantido de 10% ao longo dos 50 anos de validade do contrato, que ainda pode ser prorrogado para mais 50 anos. 

A negociação segue aberta com os advogados dos dois lados trocando informações. 

Na terça-feira (26), das 8 horas (horário de Brasília) às 18 horas (horário de Brasília), os associados da Portuguesa votarão a transformação do clube em SAF. 

A proposta é de R$ 1 bilhão e, além do controle do futebol, o grupo investidor quer a cessão do terreno do Canindé para derrubar o estádio e construir uma moderna arena.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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