Atleticano que chorou em reportagem na Taça Libertadores da América de 2013 viaja até Buenos Aires na esperança de mais um título.
Torcedor está em caravana que saiu de Mato Grosso do Sul e viaja quase 30 horas para chegar a Buenos Aires e assistir decisão da Taça Libertadores da América entre Atlético-MG e Botafogo.
Em 2013, com apenas 8 anos, Marcelo Batista Mota Filho foi um dos protagonistas da reportagem exibida no Globo Esporte Mato Grosso do Sul sobre o título inédito da Taça Libertadores da América de conquistado pelo Atlético-MG.
Mais de 10 anos depois, está na caravana que partiu de Campo Grande rumo a Buenos Aires para acompanhar a decisão entre Atlético-MG e Botafogo.
O estudante conversou com o ge nos quilômetros finais da viagem.
“Todo mundo sabe que o Botafogo é favorito, mas o galo tem uma conexão com o impossível. Quando nós pensamos que vai dar errado, ele nos surpreende e desta vez não vai ser diferente”, disse sobre o jogo deste sábado (30).
Há 11 anos, Marcelo chorou no colo do pai após a derrota no jogo de ida diante do Olimpia.
Em Belo Horizonte, o título foi conquistado nos pênaltis e o estudante lembra até hoje a emoção do momento.
“Eu tremia muito de medo, parecia uma situação de vida ou morte, acho que nunca mais vou sentir aquela sensação na vida”, conta.
Hoje, com 19 anos, ele ainda se recorda também da repercussão da reportagem exibida no Globo Esporte Mato Grosso do Sul.
"Lembro que cheguei na escola no dia seguinte e me sentia uma celebridade, todos os amigos, professores comentando foi bastante especial".
Além do nome, Marcelo herdou do pai a paixão pelo time mineiro.
Juntos, viram o Galo em campo pelo Brasileirão em 2010 contra o Corinthians e na conquista da Supercopa em 2022 sobre o Flamengo.
“Minha primeira palavra não foi papai nem mamãe, foi galo e carrego isso até hoje. Vou carregar para sempre e vou passar para os meus filhos também”, garante Marcelo.
Pela primeira vez, o sul-mato-grossense vai acompanhar uma decisão distante do pai, que ficou em Campo Grande.
Porém, “Marcelo Pai” estará presente de certa forma no Monumental.
"Queria muito que ele estivesse comigo. Vou levar a camisa dele para representá-lo no Monumental e volto para Campo Grande para comemorar com ele, com meu irmão e com meus sobrinhos que têm 2 anos e já gritam galo também", projeta Marcelo.
Assim como a paixão pelo time, Marcelo também carrega a fé do pai.
Em 2013, assistiu ao jogo segurando uma representação de Nossa Senhora. Desta vez, o pai participou de uma novena para abençoar a viagem do filho.
"Vou comprar um escapulário, pedir para o padre abençoar pra trazer sorte pra ele e segurança na viagem", comentou o pai antes do filho embarcar na caranava.
A pouco mais de 24 horas para o início da final, mesmo na festa do ônibus alugado pelos atleticanos, a ansiedade é quem domina.
“Isso é um assunto delicado, não posso pensar que fico nervoso, vem aquele frio na barriga”, diz Marcelo.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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