Brasil perde para Turquia em meio a luto por Walewska.
Seleção brasileira perde por 3 a 0 e vai em busca da vaga em Paris nos jogos contra Bélgica e Japão.
O silêncio preencheu cada espaço do ginásio Yoyogi por trinta segundos.
A homenagem organizada às pressas para lembrar Walewska, que morreu na noite de quinta-feira (21), transformou a partida contra a Turquia em algo menor.
Ainda assim, porém, era preciso jogar.
O Brasil até tentou fazer frente às rivais.
Mas, no fim, não conseguiu ir além.
Em 3 sets a 0, parciais 25/21, 29/27 e 25/19, perdeu a primeira na disputa do Pré-Olímpico, em Tóquio.
Walewska é homenageada antes de partida: Na frieza dos números, a derrota é um novo baque.
A seleção, no entanto, ainda está na briga.
Para ficar com uma das vagas para os Jogos de Paris, precisa vencer Bélgica e Japão na reta final do Pré-Olímpico.
Invictas até aqui, as donas da casa, mais do que nunca, são as principais rivais.
As japonesas, porém, ainda têm a Turquia pela frente.
O Brasil volta à quadra na madrugada deste sábado (23).
A seleção encara a Bélgica às 4 horas (horário de Brasília), no horário de Brasília, com transmissão da Globo e do sportv2.
No domingo (24), às 7h25, fecha a competição contra o Japão.
Luto em quadra: A seleção foi à quadra de mãos dadas.
Nos braços, fitas em homenagem a Walewska.
Durante os 30 segundos de silêncio e na execução do hino, jogadoras e comissão técnica tinham a dor estampada nos rostos.
Aos poucos, porém, a seleção tentou mudar o foco.
Mas não era assim tão simples.
A seleção lutou.
Em alguns momentos, até pareceu ser possível suportar o luto a ponto de sair de quadra com um resultado melhor.
No fim, porém, não conseguiu.
set - Brasil se mostra firme, mas sai atrás
No aquecimento, o abatimento de cada rosto aos poucos se transformou em foco.
O luto estava ali, claro.
Mas o Brasil sabia que era preciso reagir, ao menos naquele momento.
A seleção começou bem.
Diante de um rival tão forte e de uma dor tão intensa, o time soube se fazer firme.
No ataque de Gabi, tomou a dianteira do placar em 7/6.
A Turquia, porém, era forte.
Nas pancadas de Vargas e Karakurt, aos poucos passou a dominar o jogo.
Zé ainda tentou recolocar o time na briga.
Parou o jogo duas vezes e trocou Julia Bergmann por Pri Daroit.
A diferença, que havia sido de cinco pontos, chegou a cair para três.
Mas, no fim, melhor para as rivais: 25/21.
Segundo set - Seleção briga, mas Turquia leva a melhor: Rosamaria largou o braço para abrir a conta.
Na sequência, Diana, com um ace, ampliou.
No ataque para fora de Vargas, a seleção chegou a 3 a 0 para marcar o bom início de set.
O placar chegou a 10/6 mais uma vez pelas mãos de Rosamaria.
Mas a Turquia voltou à briga sem muito esperar.
Melissa Vargas ficou meio corpo acima da rede para encher o braço e diminuir a diferença para 12/10.
O empate veio mais à frente, em um erro de recepção em saque de Karakurt: 14/14.
Zé, então, pediu tempo.
Na volta, porém, Rosamaria ficou no bloqueio turco, e a Turquia passou à frente.
Na sequência, a oposta errou um novo ataque, e o placar passou a marcar 16/14.
A seleção permitiu que as rivais disparassem em vantagem.
O placar chegou a marcar 24/19, mas, na marra, o Brasil conseguiu evitar cada um desses set points.
A virada na parcial pareceu possível, mas ficou no quase.
No fim, um ataque de Vargas fechou: 29/27.
Terceiro set - Brasil cai, e Turquia fecha o jogo: A situação não era fácil.
Mas o Brasil quis tentar mais uma vez.
Assim como nas parciais anteriores, chegou a ter a liderança do placar no início, em 10/9.
A Turquia, no entanto, virou e abriu 13/10.
Zé buscava mudar. Pri Daroit e Carol foram à quadra, mas a seleção parecia já não ter forças para continuar.
A partir dali, a Turquia dominou rumo à vitória: 25/19.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário