Brasil vence Japão e garante vaga nas Olimpíadas de Paris.
Seleção sofre, mas bate donas da casa no tie-break e carimba passaporte para os Jogos.
Salta, bate e tenta de novo.
O Brasil precisou repetir o roteiro de tantas outras vezes neste domingo (24) em Tóquio.
No eterno jogo de paciência contra o Japão, a seleção foi ao limite para adiantar o tempo.
Ao se impor na casa das rivais, o time de José Roberto Guimarães garantiu seu lugar nas Olimpíadas de Paris no ano que vem.
Em 3 sets a 2, parciais 25/21, 22/25, 27/25, 15/25 e 15/10, a seleção ficou com a segunda vaga no Pré-Olímpico, a Turquia já havia garantido a sua.
Primeiro set - Brasil mostra força e sai na frente: Diante de um rival tão complicado, foi um início quase perfeito.
Firme no bloqueio e na defesa, o Brasil se mostrou eficiente no ataque.
Julia Bergmann, com três ataques em sequência, fez o o Brasil abrir 6/2.
O técnico Masayochi Manabe, então, pediu tempo.
O Japão foi buscar.
No ace de Koga, o empate em 6/6.
Mas a seleção não desanimou.
Por um tempo, conseguiu voltar à dianteira.
Mas Yamada, mais uma vez no saque, deixou tudo igual: 12/12.
Um ataque de Koga fez o Japão assumir a dianteira pela primeira vez.
Só que o Brasil estava muito atento.
Mais à frente, depois de Roberta colocar em jogo uma bola que parecia perdida, Julia Bergmann marcou 16/14 no bloqueio.
A seleção abriu, e Zé tentou a inversão, com Kisy e Naiane em quadra.
Não funcionou.
Um vacilo geral deixou que o saque de Seki parasse direto na quadra brasileira com 20/18 no placar.
O técnico, então, pediu o primeiro tempo e desfez a inversão logo depois.
As japonesas chegaram a empatar, mas o Brasil fechou o set na pancada de Julia Bergmann: 25/21.
Segundo set - Japão freia reação e empata o jogo: O ataque de Julia Bergmann para fora abriu a conta no segundo set.
Não foi o melhor sinal.
O Brasil voltou à quadra desatento e viu o Japão abrir 5/1 depois de uma sequência de erros.
Zé, então, parou o jogo.
Diana ficou no bloqueio na volta e acabou deixando a quadra para a entrada de Carol.
Pouco mudou, porém.
As donas da casa abriram 8/1, e Zé Roberto mudou mais uma vez ao colocar Maiara no lugar de Julia.
O Brasil tentou reagir e diminuiu a diferença.
Mas por pouco tempo. No ace de Inoue, as rivais marcaram 14/8.
Zé, então, voltou com Julia no lugar de Maiara, que errara a recepção no ponto anterior.
O técnico parou o jogo mais uma vez com o placar em 17/10.
Quando parecia impossível, o Brasil voltou à briga.
Com dois pontos de Gabi, diminuiu para 19/15 e viu Manabe pedir tempo.
Não funcionou.
Mais dois pontos, e um novo pedido de tempo.
Gabi, com um ataque perfeito, colocou a seleção a um ponto do empate: 19/18.
Gabi, mais uma vez, deixou tudo igual em 20/20.
A capitã havia chamado mesmo a responsabilidade.
A ponto de o animador afirmar: "Imparável".
Mas a reação parou por ali.
O Japão conseguiu desgrudar no fim e fechou set com um ace de Yamada.
Terceiro set - Brasil reage no fim, vira e volta à frente: Rosamaria parou o ataque de Koga no bloqueio e soltou o grito.
Carol repetiu o roteiro e abriu 2 a 0 na volta à quadra.
O Japão foi buscar e deixou tudo igual em 5/5 com um bloqueio de Ishikawa.
A virada pouco depois, com a própria Ishikawa.
Não era um jogo simples.
O Japão, impulsionado por uma torcida que não parava de gritar, se manteve à frente.
A seleção chegou ao empate já na reta final, com Julia Bergmann: 18/18.
A seleção teve a chance de virar um pouco mais à frente, mas Nyeme deixou o ataque de Hayashi passar depois de um longo rali.
No erro de recepção de Julia Bergmann no saque de Yamada, o Japão abriu 23/21, e Zé Roberto pediu o tempo.
O Brasil, mais uma vez, voltou à briga.
Gabi salvou dois set points em sequência e deixou tudo igual: 24/24.
Um ace de Rosamaria deu à seleção a chance de fechar.
E o time não desperdiçou.
Julia Bergmann, com um ataque no limite, marcou 27/25.
Quarto set - Japão dispara e força o tie-break: Gabi abriu a conta na volta à quadra.
Mas o Japão não queria desistir assim tão facilmente.
As donas da casa viraram e marcaram 4/1.
Quando o placar saltou para 6/2, Zé Roberto pediu tempo.
A vantagem, porém, aumentou e subiu para 11/4 no bloqueio de Yamada sobre Gabi.
Naiane e Tainara foram à quadra na inversão.
Com três pontos em sequência, o Brasil tentou voltar à briga.
Mas não era uma missão das mais simples.
O Japão voltou a disparar e marcou 15/9.
Zé, então, pediu mais um tempo.
A seleção até tentou voltar à briga, mas acumulou uma série de erros.
Julia, então, deu lugar a Pri Daroit, mas a diferença era muito grande àquela altura: 22/13.
No fim, Ishikawa fechou o set em 25/15 e forçou o tie-break.
Quinto set - Brasil vence o Japão e se garante em Paris: O Brasil começou firme ao abrir 3 a 0 no tie-break.
A torcida do Japão fazia o possível para mandar seu time à briga.
Na pressão, conseguiu diminuir a diferença para 5/4.
O Brasil voltou a abrir, mas o Japão foi buscar mais uma vez ao empatar em 10/10.
Só que Pri Daroit fez o ginásio se calar ao marcar 13/10 em um ace.
Já não havia mais espaço para reviravolta.
No fim, vitória por 15/10 e vaga garantida nos Jogos de Paris.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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