Hamilton lamenta ritmo no Japão e revela problema no carro da Ferrari.
Heptacampeão terminou em sétimo e não conseguiu atacar rivais, mesmo com estratégia diferente.
Após a prova, piloto revelou que equipe detectou falha recorrente e tenta resolver.
Lewis Hamilton ainda não conseguiu engrenar na Ferrari.
Em uma corrida com pouco destaque no Japão, o heptacampeão da Fórmula 1 largou em oitavo lugar e terminou em sétimo, superando apenas o francês Isack Hadjar durante a prova.
O britânico acabou 29 segundos atrás do vencedor Max Verstappen e lamentou o desempenho modesto:
"Eu fiz o melhor que pude hoje. Estava realmente com falta de desempenho em comparação com os carros à minha frente; particularmente, McLaren e Mercedes e, obviamente, a RBR. Não estou extraindo o melhor dos pneus", admitiu, em entrevista à “Sky Sports” logo após o término do grande prêmio.
Hamilton optou por uma estratégia diferente em relação aos pilotos entre os 10 primeiros: enquanto os rivais largaram com pneus médios, o piloto da Ferrari escolheu usar compostos duros, um pouco mais lentos a cada volta, mas com maior durabilidade.
Além dele, apenas Gabriel Bortoleto e Esteban Ocon elegeram a mesma tática, mas no fundo do grid.
Embora tenha conseguido ultrapassar Isack Hadjar na sexta volta, Lewis ficou longe de ameaçar os demais concorrentes no início da prova.
Com a ida dos líderes aos boxes, o 7 vezes campeão chegou a assumir a segunda colocação, mas parou na volta 31 e voltou a ficar na sétima posição.
Mesmo após colocar pneus médios (enquanto os rivais trocaram para os compostos duros), Hamilton não saiu de onde estava.
Depois da corrida, o chefe de equipe Frédéric Vasseur explicou que a estratégia usada por Hamilton não deu certo porque as condições da pista fizeram com que os pneus médios e duros tivessem, na prática, pouquíssima diferença para atacar ou defender.
O piloto também revelou que a Ferrari identificou um problema na parte traseira do carro neste início de campeonato.
Embora não tenha dito exatamente o que é, Hamilton mostrou otimismo para o futuro:
"Achamos algo no carro que não estava funcionando bem nas últimas três corridas, então eu estou esperando que, quando isso for consertado, eu consiga melhores resultados. Mas estou perdendo mais de um décimo (de segundo) por volta com esse problema que temos, espero que na próxima corrida seja resolvido", afirmou, antes de prosseguir:
"Eles estão cientes disso e não sabem o motivo (de isso estar acontecendo). Como eu disse, quando o novo componente vier, espero que isso acabe. Dito isso, estou relativamente feliz com a velocidade que eu tive, considerando o que eu tinha em mãos. Fora isso, foi um bom desempenho da equipe. Acho que eu e Riccardo (Adami, engenheiro de corrida) fizemos um trabalho muito bom, os engenheiros e mecânicos também fizeram um ótimo trabalho", concluiu.
Com os 6 pontos conquistados na corrida deste domingo, Hamilton subiu para 15 e ocupa a oitava colocação no campeonato de pilotos, atrás do companheiro de equipe Charles Leclerc, com 20 pontos, e até de Alexander Albon, da Williams, que soma 18 pontos.
Ainda que não tenha sido um bom resultado, o oitavo lugar foi o melhor posto obtido por Lewis em uma corrida completa nesta temporada.
O britânico estreou com a décima colocação na Austrália e foi desclassificado na China.
O único momento de brilho até aqui aconteceu na corrida sprint em solo chinês, quando o heptacampeão ficou com a vitória.
A Fórmula 1 retorna já na próxima semana, em 13 de abril, com o Grande Prêmio do Bahrein.
A etapa no Circuito de Sakhir é válida como a quarta da temporada.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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