777 volta a agir em disputa pela SAF do Vasco e questiona árbitra indicada pelo CRVG (Club de Regatas Vasco da Gama).
Há muito tempo sem aparentar reação no imbróglio com o Vasco, após perder o comando sobre a SAF (Sociedade Anônima do Futebol), a 777 Partners voltou a se movimentar neste início de 2025.
A empresa contratou novos escritórios de advocacia no Brasil e questionou a isenção da árbitra indicada pela associação vascaína na Câmara de Arbitragem.
Um pedido de esclarecimentos foi registrado na Câmara de Arbitragem em 9 de janeiro, conforme documento obtido pela reportagem.
Nele, a 777 destaca que Ana Tereza Basílio atua profissionalmente em parceria com Paulo Salomão, vice-presidente do Vasco e um dos principais responsáveis pelas ações jurídicas que tiraram dos americanos o controle sobre a SAF.
Ana Tereza hoje é presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro, posto para o qual foi eleita em 24 de novembro.
Paulo César Salomão Filho é um de seus conselheiros, representante da entidade no Conselho Federal.
Além disso, ambos atuam juntos em recuperações judiciais, como nos casos das Lojas Americanas e da Oi, fato destacado no questionamento da 777.
A Câmara de Arbitragem foi constituída na Fundação Getúlio Vargas (FGV) para solucionar o impasse entre Vasco e 777 a respeito da SAF.
Um dos primeiros passos deveria ter sido a escolha de 3 árbitros, um indicado por cada parte e um independente, mas o processo emperrou já nesta etapa.
Paula Andrea Forgioni seria a presidente da comissão, advogada com longo currículo de mediações em arbitragens, mas ela teve sua nomeação contestada e acabou por desistir da função.
A mesa ficou sem presidente, apenas com os dois membros indicados pelas partes: Ana Tereza no caso da associação e Maurício Almeida Prado por parte da 777.
Na arbitragem, o Vasco defende a rescisão dos contratos que selaram a venda de 70% da SAF para os americanos, enquanto a 777 pretende a retomada do controle sobre o clube-empresa.
Sem que os árbitros sejam definidos, o processo tende a se arrastar por mais tempo.
E, no plano geral, as movimentações dos americanos indicam que eles tentam retomar a posição para participar da venda de seus ativos no futebol.
Joshua Wander e Steven Pasko, sócios da 777 Partners, vêm sendo pressionados por credores do grupo, como a seguradora A-Cap, que tenta se desfazer dos clubes para recuperar o dinheiro que investiu.
São eles, Wander e Pasko, que contrataram os novos escritórios de advocacia no Brasil e esboçam uma reação para se manter no jogo.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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