Resultados recentes afetam ânimo e aumentam pressão, e elenco se fecha pela permanência do Vasco.
Clube planejava 6 pontos nas últimas três rodadas, mas conseguiu apenas dois.
Jogadores compram discurso do treinador, e últimos dias foram de restabelecimento da confiança.
O Vasco chega a Porto Alegre pressionado por uma vitória sobre o Grêmio, neste domingo (3), às 18h30 (horário de Brasília), na Arena do Grêmio.
A duas rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o clube vive momento de grande cobrança.
Mas não era para ser assim.
O planejamento do Vasco era somar seis pontos nos últimos três jogos, em que o time conseguiu apenas dois.
Caso tivesse atingido o objetivo, o clube estaria agora com 46 pontos, à frente de Santos, Cruzeiro e Corinthians.
A praticamente um empate de definir a permanência na Série A.
Os jogos contra Cruzeiro e Corinthians foram tratados como cruciais dentro do clube.
O plano era vencer os adversários diretos na briga contra o rebaixamento.
Em vez disso, o Vasco empatou com o time mineiro fora e perdeu para os paulistas em casa, depois de estar duas vezes à frente do placar.
Entre os dois confrontos, a equipe carioca ainda empatou fora com o Athletico-PR.
A derrota na última terça-feira (28), principalmente, causou mal-estar no Vasco e afetou o estado anímico de quem vive o dia a dia do clube.
Afinal, uma vitória em cima do Corinthians daria ao time cinco pontos nos últimos três jogos, bem perto do que foi planejado.
A derrota do Bahia para o São Paulo, que impediu o Vasco de voltar para a zona de rebaixamento ao fim da trigésima sexta rodada, aliviou o astral, mas ainda assim as cobranças aumentaram nos últimos dias.
Ramón Díaz, em coletiva após derrota para o Corinthians, reconheceu a dificuldade que o Vasco criou para si na reta final, mas ainda se disse "convencido de que não vai cair".
Para isso, estabeleceu pacto de concentração com os jogadores.
E eles compraram a ideia.
Os últimos dias foram de blindagem e restabelecimento da confiança.
Não se pode negar que esse time aprendeu a trabalhar sob pressão.
Ramón Díaz alterou a rota do clube e conseguiu motivar o elenco.
As mudanças passam pela chegada de reforços, estilo de trabalho e comprometimento da equipe.
O chefe e sua comissão criaram uma espécie de "QG" no centro de treinamentos, onde passam boa parte do tempo em busca de soluções para a equipe.
Desde a chegada do treinador ao Vasco, em julho, o foco no clube é pela permanência na Série A.
O time não teve respiro e precisou encarar cada rodada desde então como uma final.
Só isso já explica a pressão em cima do elenco.
Por isso também, o silêncio foi outra estratégia.
A última entrevista coletiva no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa foi há 49 dias.
Na ocasião, no dia 13 de outubro, o zagueiro Maicon falou com a imprensa seis dias após o empate com o São Paulo em casa.
Após os jogos, os atletas também têm evitado falar, com exceção de quando o Vasco vence em São Januário.
O momento é de trabalhar, já que o futuro do clube está em jogo.
Uma queda para o Campeonato Brasileiro da Série B pode afetar profundamente o Vasco e provocar mudanças drásticas no departamento de futebol.
Assim, dirigentes, funcionários e jogadores se fecham em prol da permanência.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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