Equipe alemã encerrou seu primeiro ano sem vitórias desde 2011.
Corrida deste domingo no Circuito de Yas Marina teve Leclerc e Russell no pódio, apesar de piloto da Ferrari ceder posição para Pérez no fim.
A Fórmula 1 ouviu pela décima nona e última vez em 2023 o hino da Holanda, neste domingo (26), após a vitória de ponta a ponta de Max Verstappen no Grande Prêmio de Abu Dhabi.
Charles Leclerc foi segundo, apesar de ter cedido sua posição a Sergio Pérez para tentar impedir o vice-campeonato de construtores da Mercedes.
No entanto, a punição do mexicano da RBR por bater em Lando Norris pôs George Russell no pódio, confirmando o resultado da equipe alemã, que fecha o ano sem vencer pela primeira vez na década.
O triunfo foi o quinquagésima quarta da carreira de Verstappen, que passa Sebastian Vettel e se torna o terceiro maior vencedor de todos os tempos na Fórmula 1.
Foi, também, sua quarta conquista no Circuito de Yas Marina, onde levou a melhor em 2020, 2021 e 2022.
A Ferrari e a Mercedes entraram em disputa com apenas um homem no top 10, cada: Leclerc, que largou em segundo lugar, e Russell, em quarto.
Seus colegas Carlos Sainz e Lewis Hamilton largaram respectivamente em décima sexta posição e décimo primeiro lugar.
Hamilton foi quem se deu melhor: depois de dois pit stops, entrou de vez na zona de pontuação com uma ultrapassagem dupla sobre Alexander Albon e Esteban Ocon e recebeu a bandeirada em nono.
Já Sainz sofreu com a estratégia da Ferrari, que postergou sua segunda troca de pneus esperando por um safety car, o chamou para por pneus macios na última volta quando ele era décimo e recolheu o carro.
A RBR encerrou o ano com 860 pontos na tabela, marca nunca antes alcançada por nenhuma equipe desde a introdução do atual sistema de pontuação da categoria em 2010.
Verstappen ficou com 575 pontos, marca também recorde na F1.
Pérez selou seu vice-campeonato com 285, 290 pontos a menos que o colega de equipe e 51 a mais que Hamilton, terceiro na tabela.
Fernando Alonso ficou com o quarto lugar, seu melhor resultado desde o vice da temporada 2013.
A agora vice-campeã Mercedes fechou o ano com 409 pontos, só três a mais que a Ferrari.
A escuderia, porém, foi a única equipe além da hexacampeã RBR a vencer uma corrida nesta temporada: com Sainz, no Grande Prêmio de Singapura.
O espanhol, entretanto, despencou da quinta para a sétima colocação no Mundial de pilotos, superado por Leclerc e Norris.
Resultado: O Grande Prêmio de Abu Dhabi, foi a vigésima segunda etapa do campeonato, encerrou a temporada 2023 da Fórmula 1.
A temporada 2024 começa em 2 de março do ano que vem, com o Grande Prêmio do Bahrain.
Momentos-chave:
Largada: Tranquilo na pole position, Verstappen passou da primeira curva ainda na posição, apesar das tentativas de ultrapassagem, próximas, mas mal sucedidas, do segundo colocado Leclerc.
Logo atrás, Norris conseguiu passar Russell e subiu da quinta para a quarta colocação.
No fundo do grid, Hamilton foi do décimo primeiro lugar para o nono, posição que obteve passando à frente de Pérez.
No entanto, o heptacampeão da Mercedes acabou ganhando a vantagem por fora da pista e facilitou a retaliação do rival da RBR na terceira volta.
De ponta a ponta: A condução do restante da prova foi tranquila para Verstappen, que só saiu da liderança no fim da volta 16 para trocar seus pneus médios pelos duros, cedendo a ponta provisória a Leclerc, que parou no giro seguinte e elevando Tsunoda à primeira colocação.
O tricampeão chegou a ocupar o sétimo lugar antes de subir para terceiro na volta 21.
Na mesma volta, ele ultrapassou o vice-líder provisório Stroll e recuperou a liderança quando Tsunoda, em primeiro, fez seu pit stop no vigésimo segundo giro.
Vale o vice-campeonato!
Para levar o vice-campeonato, a Mercedes precisaria de seus dois pilotos pontuando, mas a disputa teve um antagonista improvável: Sergio Pérez.
O mexicano largou em nono e andou na zona de pontuação por toda a prova mas, quando ocupava a quinta colocação na quadragésima sétima volta, foi punido com 5 segundos por ter batido em Lando Norris, que estava à sua frente.
Ele conseguiu a posição posteriormente e ultrapassou Russell, que era o terceiro colocado na volta 55.
O piloto da RBR apertou o ritmo e também passou Leclerc, que facilitou a manobra, cedendo vácuo ao rival visando o resultado da Ferrari.
No entanto, a ajuda não foi suficiente frente aos 5 segundos que Pérez receberia e o mexicano caiu para quarto.
Para chegar ao pódio, Russell teve que passar à frente de uma McLaren e contar com o azar de outra: ainda na quarta volta, Norris ultrapassou o colega de equipe Piastri, que caiu para quarto e virou alvo do piloto da Mercedes.
Entre a sétima volta e a décima primeira volta, Russell seguiu pressionando Piastri e, apesar de perder uma boa oportunidade por passar direto em um trecho, conseguiu a posição aproveitando-se de um erro do rival entre as curvas 7 e 8.
O britânico da Mercedes visitou os boxes na volta 15 para trocar os pneus médios pelos duros, seguido por Norris.
Aí, o piloto da McLaren sofreu com um problema que atrasou sua parada em 5s1.
Russell ganhou uma posição nos boxes e, depois do fim da rodada inicial de pit stops, na volta 21, assumiu o terceiro lugar.
Apesar de seu apelo, a Mercedes o trouxe para os boxes uma segunda vez no trigésimo quinto giro da prova.
Russell recuperou as posições perdidas e voltou a terceiro na volta 43, com a parada de Pérez.
A Mercedes mantinha outro olho em Hamilton, que chegou a tocar em Pierre Gasly na volta 6, mas não trocou sua asa dianteira ao visitar os boxes na volta 15.
De volta ao fundo o grid, o heptacampeão ganhou sete posições nos 20 giros seguintes e já era sétimo antes de parar novamente na trigésima sexta volta.
Na volta 39, Hamilton ocupava o décimo segundo lugar atrás de Fernando Alonso, que quase foi investigado pelos comissários por frear de forma errática (brake test) na frente do rival.
O piloto da Mercedes se queixou do incidente pelo rádio da equipe e, depois, fez uma passagem dupla por Albon e Ocon na volta 44.
Apesar da prova estável de Leclerc, a Ferrari acabou prejudicada pela dificuldade com Sainz.
Ele largou em décimo sexto com pneus duros, apostando em uma permanência maior na pista.
Entre idas e vindas na zona de pontuação, ele andava na décima colocação quando a escuderia o chamou para os boxes, para colocar pneus macios.
No entanto, o espanhol acabou abandonando a corrida.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário