Ministério Público cumpre mandados de prisão contra envolvidos em manipulação de resultados.
Jogadores profissionais cooptados receberiam valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil.
Um dos investigados é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense.
Zagueiro Victor Ramos é um dos alvos de operação contra manipulação de resultadosZagueiro Victor Ramos é um dos alvos de operação contra manipulação de resultados Reprodução/instagram
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O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou nesta terça-feira (18) a Operação Penalidade Máxima II para cumprir três mandados de prisão preventiva contra envolvidos na manipulação de resultados de jogos de futebol.
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha atuado em partidas da Série A do Brasileiro e em cinco campeonatos estaduais.
De acordo com a investigação, atletas cooptados recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para cumprirem determinadas ações durante o jogo, como tomar um cartão ou cometer um pênalti.
Um dos alvos de busca e apreensão é o jogador Victor Ramos, da Chapecoense, segundo o Globo Esporte.
Em nota, o clube afirmou que "reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta".
Declarou ainda "posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos".
O clube acrescentou que esta prática é antidesportiva e fere "os valores éticos e morais da modalidade".
A equipe de Chapecó também ressaltou que colabora com as investigações.
A ação é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro e que resultou na denúncia de 14 pessoas, entre elas oito jogadores de futebol, na Série B.
Os alvos da ação desta terça-feira tinham o modus operandi semelhante ao aplicado em partidas da segunda divisão.
A investigação identificou que a organização criminosa teria atuado "concretamente" em pelo menos cinco jogos da Série A do Brasileirão do ano passado.
De acordo com o MPGO, os suspeitos ainda teriam tentado manipular cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles Goianão, o Gaúchão, o Mato-Grossense e Paulistão.
"A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo", informou o MPGO em nota.
Segundo o MPGO, os jogadores eram demandados para realizar condutas previamente estabelecidas.
O objetivo seria a obtenção de "grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas".
Para isso, os envolvidos usavam contas cadastradas em nome de terceiros.
Busca e apreensão: Também são cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados.
Os agentes apreenderam celulares, armas de fogo, munições e granadas nos endereços ligados aos envolvidos.
As ordens judiciais da Operação Penalidade Máxima II foram expedidos pela Segunda Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.
Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira-GO, São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Recife-PE, Pelotas-RS, Santa Maria-RS, Erechim-RS, Chapecó-SC, Tubarão-SC, Bragança Paulista-SP, Guarulhos-SP, Santo André-SP, Santana do Parnaíba-SP, Santos-SP, Taubaté-SP e Presidente Venceslau-SP.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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