Cruzeiro e Mineirão chegam a acordo para jogos no estádio pelos próximos três anos.
O Governo de Minas intermediou as conversas que chegaram ao fim nesta sexta-feira (28).
O Cruzeiro e a Minas Arena, administradora do Mineirão, chegaram a um acordo após reunião desta sexta-feira (28), intermediado pelo Governo de Minas Gerais.
O time gerido por Ronaldo Fenômeno voltará a jogar no estádio.
O acordo é válido pelos próximos três anos, até o fim de 2025.
A informação já foi confirmada pelo Estado.
Detalhes do negócio serão divulgados ainda nesta sexta-feira (28).
O Cruzeiro havia proposto ter os jogos em 2023 com um modelo indicado pela Minas Arena.
O clube mineiro passaria a pagar uma taxa de 15% nos jogos, como proposta pela gestora, e iria comercializar as 54 mil cadeiras.
A partir de 2024, o Cruzeiro passaria a ter ganhos maiores no acordo.
O aval foi realizado pelo Governo de Minas.
Antes, foram duas propostas negadas.
Entretanto, os detalhes do acordo ainda não foram oficializados pelas partes.
Para chegar ao acordo, o as partes buscaram bases jurídicas nos órgãos estatais.
O Cruzeiro havia indicado, semana passada, que o acordo seria fechado até sexta-feira (28) e com divulgação dos detalhes.
O Cruzeiro não atua como mandante no Mineirão desde novembro do ano passado.
A última partida foi contra o CSA, na última rodada da série B do Campeonato Brasileiro.
O primeiro jogo após o acordo deve ser contra o Fluminense, no dia 10 de maio, pelo Campeonato Brasileiro.
O Cruzeiro acionou o Governo de Minas para mediar a situação. Ronaldo Fenômeno, gestor da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do time, afirmava que o contrato com a Minas Arena tinha 'taxas abusivas'.
O clube pedia maior participação nos lucros de camarotes, bares e estacionamento.
O novo contrato entre clube e estádio prevê ainda que o Cruzeiro jogue no Mineirão até 2025 ,e o repasse dos lucros para o time celeste deverá ser progressivo, aumentando a cada ano.
O Cruzeiro deve participar da manutenção do gramado e da organização dos jogos que vai mandar no local.
Por ano, o Mineirão precisa receber 66 partidas. Para este ano, com o acordo com o Cruzeiro e a inauguração do estádio do Atlético-MG, serão 42 datas disponíveis, com 35 disponíveis dentro do calendário brasileiro.
O imbróglio entre Cruzeiro e Mineirão: O Cruzeiro recorreu ao Governo para tentar solucionar a situação com o Mineirão, após romper o diálogo com a gestão do estádio.
A quebra do diálogo foi anunciada por Ronaldo Fenômeno ainda em janeiro.
Assim, o Cruzeiro passou a jogar no Independência, com quem realizou um acordo com o América-MG.
O time mineiro também atuou em Cariacica e Sete Lagoas devido à impossibilidade de atuar no Independência.
Com o desejo de retornar ao estádio, diante da perda de receitas ao jogar em estádios com menor capacidade, o clube mineiro aumentou a pressão sobre a Minas Arena e recorreu ao Estado.
Instigado, o Governo criou um Comitê, no fim de janeiro, para discutir o tema.
Em abril, as conversas começaram a ser retomadas com o auxílio do Estado.
O Cruzeiro, até então, havia feito duas propostas ao Mineirão.
Ambas negadas.
Mas, com a entrada do terceiro interessado, as negociações se encaminharam para um desfecho.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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