Cruzeiro vence o Minas e se torna o maior campeão da Superliga.
Com a conquista do oitavo título, time celeste passa o rival na galeria de honra da competição.
William e Vissotto se despedem do vôlei com a medalha de prata.
Desde que o projeto do vôlei do Cruzeiro tomou forma, o time virou um rolo compressor conquistando cada vez mais títulos.
E, neste domingo, na Arena São José, no interior de São Paulo, o clube atingiu o ápice ao vencer o Minas na final da Superliga Masculina.
Com muita autoridade, pressionando desde o começo e errando quase nada, o time celeste ganhou por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/19 e 25/20.
Com o resultado, a equipe chega ao seu oitavo título na competição e se torna o maior vencedor da história do torneio.
Na temporada 2011/2012, o Cruzeiro venceu sua primeira taça.
No ano seguinte, ficou com o vice.
E depois emendou uma sequência de cinco conquistas seguidas.
Após um hiato de dois anos, voltou a triunfar na temporada passada.
Com a taça deste ano, deixou o Minas para trás.
Sem conquistar o título nacional desde 2007, o Minas segue com sete títulos, agora como segundo maior vencedor do torneio.
López fez um jogo impecável, chegando a atacar a 127km/h.
O cubano desequilibrou para o Cruzeiro durante toda a partida.
O time celeste optou por deixar Wallace no banco e ele pouco jogou.
Quando entrava em quadra, recebeu aplausos da torcida do Cruzeiro e vaias do restante do ginásio.
Wallace foi suspenso por um post nas redes sociais falando em tiros no Presidente da República, mas conseguiu um efeito suspensivo.
A decisão de relacioná-lo foi tomada nas últimas horas antes da partida.
Com o título, o Cruzeiro encerra mais uma temporada quase perfeita.
Venceu o Mineiro, Supercopa, Copa Brasil e Sul-Americano.
No Mundial, foi medalha de bronze.
Agora, já é o maior vencedor da história da Copa Brasil (7 títulos), da Supercopa (5 títulos), do Sul-Americano (9 títulos) e da Superliga (8 títulos).
No Mundial, tem quatro títulos, um a menos do que o Trentino da Itália.
Despedidas de craques: A final deste domingo marcou o adeus de dois grandes jogadores do vôlei brasileiro.
O levantador William, campeão olímpico em 2016, e o oposto Vissotto, campeão Mundial e prata nas Olimpíadas de Londres, fizeram a última partida como profissionais.
Foi a décima segunda final seguida de William, que tem seis títulos da Superliga.
Vissotto teve a última chance de conquistar a taça, mas ficou com a prata.
Os dois se emocionaram muito.
Antes da partida começar, choraram na execução do hino nacional. William olhava constantemente em direção aos muitos familiares e amigos que estavam nas arquibancadas com faixa e camisas personalizadas.
Destaques da partida: López foi disparado o melhor jogador em quadra, com 22 pontos.
Eficiente no saque e no ataque, que são suas especialidades, o jogador conseguiu ter consistência também no passe.
Otávio também foi muito bem, desiquilibrando no saque em momentos importantes do jogo. Uriarte distribuiu muito bem o jogo.
Pelo Minas, Pinta foi bem nas chances de ataque que teve, já que o passe do Minas chegou pouco.
Maique conseguiu boas defesas e também se destacou.
A campanha do campeão: O Cruzeiro, apesar de problemas extra quadra, conseguiu fazer uma campanha extremamente sólida.
Na primeira fase, venceu 19 dos 22 jogos e terminou em primeiro, deixando todos os seus adversários bem para trás.
Na fase mata-mata, seguiu mostrando força.
Nas quartas de final, venceu o Blumenau em dois jogos.
No primeiro, vitória por 3 a 1 e, no segundo, por 3 a 0.
Na semifinal, passou pelo forte time de São José com um 3 a 2 e um 3 a 0.
Na final, venceu o Minas por 3 a 0.
Cruzeiro força no saque e leva primeiro set:
O Minas começou empolgadíssimo no jogo.
Com a torcida fazendo muito barulho para homenagear William e Vissotto, o time correspondeu em quadra e abriu 5 a 2 com bom contra-ataque marcado por Marcus.
Mas o time de Nery acabou cometendo erros bobos e o Cruzeiro empatou.
No saque de López, a equipe celeste abriu 9 a 7.
Os times trocaram pontos, mas o Cruzeiro seguia mais agressivo no saque.
Com isso, conseguiu dois contra-ataques, ambos finalizados com potência por López (16 a 12).
O Minas sentiu a pressão.
Otávio fez ace em Honorato, que foi para o banco para a entrada de Arthur Bento.
Mas o jovem também entrou frio e atacou para fora, deixando o Cruzeiro com seis de vantagem (18 a 12).
López foi para o saque e fez mais dois aces, com duas pedradas, deixando o time celeste na boa para fechar (22 a 15).
Vaccari pegou Vissotto no bloqueio e fechou o set em 25 a 18.
Consistência do Cruzeiro no segundo set: O jogo ficou equilibrado no segundo set.
O Cruzeiro seguia forçando no saque, mas o Minas conseguiu equilibrar a virada de bola.
O time de Nery até conseguia gerar mais contra-ataques, mas não finalizava.
Em bom saque de Otávio, Marcus errou o passe e a bola passou de graça.
López desceu o braço no ataque (13 a 11) e pela primeira vez um time abriu mais de um ponto de vantagem na parcial.
Em mais um erro de passe do Minas, Oppenkoski explorou o bloqueio para abrir quatro pontos (18 a 14).
Nery tentou fazer modificações na equipe, colocando vários reservas em quadra em diferentes momentos, mas pouco conseguiu mudar o cenário do jogo já que o Cruzeiro seguia quase sem errar.
No saque errado de Pinta, o Cruzeiro levou o segundo set por 25 a 19.
Minas muda, mas Cruzeiro leva: Nery mudou três jogadores para o terceiro set.
Arthur Bento, Austin e Paulão entraram nos lugares de Marcus, Elian e Vissotto.
Mas o Cruzeiro já começou arrasador. López fez mais um ace e abriu três de vantagem: 8 a 5.
E foi de López o ponto de contra-ataque que deixou o título praticamente na mão do time celeste ao fazer 16 a 10.
Quando parecia que o jogo estava decidido, o Minas conseguiu reagir.
Marcus virou uma bola difícil. Paulão fez um ace e depois virou um contra-ataque para diminuir para 18 a 15.
Rodriguinho entrou para sacar, a bola bateu na rede e deu o contra-ataque para o Cruzeiro.
López botou no chão e fez 23 a 19.
Wallace atacou dentro e fez o último ponto do jogo, fechando em 25 a 20.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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