Náutico derrota o Cruzeiro e sai em vantagem na Copa do Brasil.
Em estreia oficial de Pepa, Raposa desperdiça chances e vê Timbu crescer na etapa complementar, marcando aos 42 com Gabriel Santiago.
O Náutico venceu o Cruzeiro por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (13), e saiu em vantagem para o jogo da volta, no Independência, pela terceira fase da Copa do Brasil.
A Raposa foi superior em campo na estreia do técnico Pepa, mas desperdiçou chances claras e ainda viu o goleiro adversário Vagner operar milagres.
O Timbu melhorou com as mexidas de Dado Cavalcanti na etapa complementar e saiu com a vitória, após gol de Gabriel Santiago aos 42 minutos do segundo tempo.
Com a vantagem, a equipe alvirrubra joga por um empate, na partida de volta, para garantir passagem às oitavas de final.
O Cruzeiro, por outro lado, precisa ao menos vencer por um gol de diferença para levar a disputa para os pênaltis. Se derrotar o Timbu por dois ou mais gols, se classifica.
As equipes voltam a se enfrentar no dia 25 de abril, às 19 horas (horário de Brasília).
Quem passar garante mais R$ 3,3 milhões.
Até aqui, o Náutico faturou R$ 3,75 milhões em cotas, entre a primeira e a terceira fases.
O Cruzeiro, por ter sido campeão da Série B, embolsou R$ 2,1 milhões por já ter entrado logo na terceira fase da Copa do Brasil.
Joia do Náutico, o atacante Júlio não engoliu nem um pouco do "não" de Mateus Vital, do Cruzeiro, na saída de campo, para trocar camisas.
Insatisfeito, soltou o verbo, registrado em imagens pelo canal Sportv, chamando o meia da Raposa de "perna", além de proferir outros xingamentos impublicáveis.
Os primeiros 45 minutos foram de amplo domínio do Cruzeiro.
O Náutico foi envolvido pela marcação da Raposa, errando passes e, verdadeiramente, não fez Rafael Cabral trabalhar, salvo exceção do primeiro minuto, quando Kayon disparou em velocidade na direita, cruzou e o goleiro do time mineiro só segurou.
No afã de tentar pressão alta no adversário, o Timbu se expôs mais do que deveria, e teve em Vagner o destaque.
Bruno Rodrigues criou a primeira grande chance cruzeirense.
O atacante recebeu passe de Wesley, finalizou dentro da área e Matheus Carvalho se jogou para salvar.
Depois, foi a vez de Gilberto driblar Vagner, mas mandar a bola nas redes pelo lado de fora.
Até aí, o goleiro não tinha mostrado as credenciais, mas elas começaram a aparecer quando William finalizou e Vagner salvou.
Também parou Gilberto, que tentou finalizar por cobertura.
Minutos depois, veio o milagre.
Wesley recebeu sozinho na pequena área após cruzamento de William e o arqueiro alvirrubro se agigantou para salvar o Náutico.
Nos minutos finais, Gilberto arriscou o chute de longe e o camisa 1 do Timbu caiu no canto para espalmar.
Sem êxito, o Náutico repetiu a postura do primeiro tempo: tentava ser agressivo, mas, ao mesmo tempo, oferecia espaços ao Cruzeiro.
E a Raposa seguiu, naturalmente, aproveitando essas brechas.
A principal delas, logo na retomada da etapa complementar, com Gilberto.
A bola caiu nos pés do atacante dentro da área, que girou e chutou.
Mas pegou mal.
Dado Cavalcanti, então, fez mexidas: pôs um ataque mais leve, com Júlio, Alisson Santos e Gabriel Santiago.
E partiu dos pés de Santiago a primeira e real chance alvirrubra na partida.
Alisson Santos tocou em profundidade para o meia, que finalizou e Rafael Cabral defendeu.
O Cruzeiro respondeu com chutes de William e Machado, mas Vagner se impôs mais uma vez.
Mas o Náutico cresceu. Veloz, ocupava com facilidade a área de defesa cruzeirense.
Não demoraria para novamente agredir o gol do time mineiro.
Primeiro, com Júlio, que driblou a defesa do Cruzeiro e finalizou para o goleiro salvar; no rebote, Gabriel Santiago tentou uma bicicleta e a bola bateu na trave.
O golaço não veio, mas o gol timbu, sim.
Alisson Santos cruzou na área e Santiago, que martelava a rede mineira, conseguiu vencê-la com um toquezinho leve, de cabeça, para decretar o triunfo alvirrubro nos Aflitos, e a vantagem na Copa do Brasil.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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