Brasil mostra fôlego na altitude, busca empate com o Equador e se garante no Mundial Sub-17.
Time de Phelipe Leal se organiza após sair atrás no placar, chega ao 2 a 2 e domina o segundo tempo.
As duas equipes e a Argentina estão na Copa do Mundo, em novembro, e agora brigam pelo título.
Um empate com muito a comemorar na altitude de Quito.
O Brasil teve fôlego, capacidade de superação e organização para buscar o 2 a 2 com o Equador, nesta segunda-feira (17), e se garantir na Copa do Mundo Sub-17 com duas rodadas de antecedência.
Collahuazo, contra, e Kauã Elias fizeram os gols da recuperação brasileira após sair perdendo com dois gols de Arroyo no estádio Atahualpa, pela terceira rodada do hexagonal final.
Com o resultado, três das quatro vagas no Mundial, que será disputado em novembro, ainda com sede indefinida, estão garantidas para Brasil, Equador e Argentina.
O trio, que tem sete pontos, agora luta pelo título do Copa Sul-Americano.
Os equatorianos lideram no saldo de gol (5 gols) e terão pela frente na quinta-feira (20) a vice-líder Argentina (3 gols).
Já a seleção brasileira (2 gols) enfrenta o lanterna Chile, também quinta-feira (20), às 18h30 (horário de Brasília), em palco a definir entre o Atahualpa e o Casablanca.
A dinâmica do confronto desta segunda-feira foi invertida ao que aconteceu na primeira fase, quando o Brasil dominou e abriu 2 a 0 no primeiro tempo, mas não teve pernas para segurar a vitória na volta do intervalo.
Desta vez, o Equador conseguiu impor sua força física e velocidade desde o início, aproveitando-se de uma Seleção que teve dificuldade para se encontrar no meio de campo na ausência de Dudu.
Os volantes Matheus Ferreira e Luiz Gustavo ficaram sobrecarregados em inferioridade numérica no setor, e quase sempre os equatorianos se viam no mano a mano com a linha defensiva do Brasil.
Foi assim que Arroyo se transformou em um pesadelo para Chermont.
O lateral do Santos, que já não fazia uma partida das melhores com a bola, sofreu com o atacante do Independiente del Valle em jogadas parecidas nos dois gols.
Arroyo recebeu em velocidade, teve campo para tomar a decisão no drible e invadir a área frente a frente com Phillipe Gabriel: 2 a 0 com gols aos 23 e aos 38.
Os bons momentos do Brasil dependiam da eficiência na marcação pressão.
E foi dificultando a saída de bola do Equador que Rayan conseguiu levar a melhor também em jogada individual e cruzar a bola que Collahuazo desviou para o próprio gol aos 45 minutos do primeiro tempo.
Era o que a equipe precisava por uma sobrevida no segundo tempo.
Na volta do intervalo, o time de Phelipe Leal se mostrou muito mais organizado, com aproximação do quarteto ofensivo de ataque por dentro, tirando os espaços para que o Equador atacasse.
Logo aos 7 minutos do segundo tempo, Kauã Elias escorou de cabeça após cobrança de escanteio para marcar seu quinto gol no Sul-Americano e empatar o placar.
O Brasil ditou o ritmo das ações em um segundo tempo em que não deu mostras de sentir o desgaste pelos 2.800m de altitude.
Fosse com jogadas pelos lados, ou por chutes de média distância por dentro, a equipe brasileira sempre esteve mais perto da virada do que de sofrer o terceiro gol.
Principal arma equatoriana, Kendry Paez foi peça anulada pela marcação brasileira.
A vitória só não veio por uma grande defesa na ponta do pé do goleiro Loor já nos acréscimos após finalização de Da Mata.
Seria justo, mas o Brasil tem muito o que comemorar: a recuperação, a vaga no Mundial, e um cenário interessante na disputa do título por conta do confronto direto entre Argentina e Equador quinta-feira (20).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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