França é vice do EuroBasket, mas rota do ouro em Paris 2024 está pavimentada.
Time de Rudy Gobert e Evan Fournier deverá ganhar os reforços de Joel Embiid e Victor Wembanyama.
A derrota para a renovada Espanha na final do EuroBasket, neste domingo (18), em Berlim, não estava nos planos da seleção da França.
Mesmo com altos e baixos no torneio, o time de Rudy Gobert, Evan Fournier e companhia era o favorito para levantar o troféu pela segunda vez, depois do título de 2013.
Mas os olhos dos franceses miram horizontes mais profundos.
Derrubar os Estados Unidos nas Olimpíadas de Paris 2024 é o objetivo final de uma geração que se mantém no topo das principais competições do planeta há quase dez anos.
Foi terceira colocada no EuroBasket de 2015.
Levou o bronze também nos Mundiais de 2014 e 2019, o último depois de bater os norte-americanos nas quartas-de-final.
No Rio 2016, a França foi derrotada pela Espanha nas quartas, mas a prata em Tóquio 2021, com placar apertado contra os Estados Unidos na final (87 a 82), foi o passo fundamental para garantir a confiança necessária.
A próxima oportunidade será em casa.
No início do ciclo olímpico de Paris 2024, o EuroBasket mostrou um time que não precisou jogar o seu melhor para estar na decisão da terceira maior competição de seleções do mundo.
Perdeu para Eslovênia e Alemanha na fase de grupos.
Precisou da prorrogação para derrubar Turquia e Itália na fase eliminatória.
Em ambos os jogos, os adversários tiveram lances livres nos últimos segundos para decidir o duelo e erraram.
Com rodagem suficiente em momentos decisivos e testes cardíacos em dia, Gobert (30 anos), Fournier (29), o armador Thomas Heurtel (33) e o ala de força Guerschon Yabusele (26), os dois últimos do Real Madrid, estão rodeados de jogadores com experiência de NBA e do topo do basquete europeu de clubes.
Mas o passo decisivo para encarar de frente os astros norte-americanos na Copa do Mundo 2023 e, especialmente, nas Olimpíadas de 2024 são dois reforços de peso.
O pivô Joel Embiid, segundo colocado na eleição de MVP (produto viável mínimo (MVP, de Minimum Viable Product) nas duas últimas temporadas pelo Philadelphia 76ers e recém-naturalizado, pode se juntar a Victor Wembanyama, um fenômeno de 18 anos que atua no basquete francês e é apontado como o provável número um do draft de 2023 da NBA (National Basketball Association é a principal liga de basquetebol profissional da América do Norte).
Outros candidatos: Campeã mundial em 2019, a Espanha surpreendeu com mais um troféu da EuroBasket em 2022 por conta da renovação do time.
Os irmãos Gasol se aposentaram da seleção e o armador Ricky Rubio, eleito MVP em 2019, não estava disponível, assim como Victor Claver e Sergio Llull, também presentes no último título, Sergio Rodriguez e Nikola Mirotic.
Os destaques, desta vez, foram os irmãos Willy e Juancho Hernangomez, além do armador Lorenzo Brown, que nasceu nos Estados Unidos.
Aos 37 anos, Rudy Fernandez era o remanescente de uma geração inesquecível.
O teto parece mais baixo que o francês para a continuação do ciclo olímpico, mas a escola espanhola provou que não pode ser descartada.
Vale também para a Eslovênia, de Luka Doncic, eliminada surpreendentemente pela Polônia nas quartas da Euro.
Para a Grécia, de Giannis Antetokounmpo, que caiu para os donos da casa alemães na mesma fase, e para a Sérvia, de Nikola Jokic, eliminada pela Itália nas oitavas.
O time da Alemanha, carrasco do Brasil na disputa pela última vaga para Tóquio 2021, contou com Dennis Schroder, Franz Wagner e Daniel Theis, além do empurrão da torcida, para chegar ao terceiro lugar no EuroBasket.
Mas o histórico recente não mostra continuidade.
Fora da Europa, as seleções do Canadá, recheada de talentos da NBA, e da Austrália continuam no topo das expectativas para as próximas competições internacionais.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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