quarta-feira, 22 de junho de 2022

Queda dura

Brasil é dominado, cai para Polônia e se complica na Liga.

Seleção chega à terceira derrota seguida na competição em dia de pouca inspiração em Sofia. 

Com a queda, equipe é ultrapassada e aparece em nono lugar, fora da zona de classificação.

Era preciso reagir. 

Do outro lado, porém, o maior rival dos últimos anos. 

Na abertura da segunda semana da Liga das Nações, o Brasil voltou a cair. 

Diante da Polônia, até esboçou uma mudança de comportamento, mas ficou apenas na promessa. 

Em Sofia, na Bulgária, os rivais não deram espaço para qualquer respiro. 

Em 3 sets a 1, parciais 25/16, 22/25, 25/16 e 25/22, a seleção polonesa derrubou a brasileira sem muitas dificuldades.

É a terceira derrota seguida do Brasil na Liga das Nações. 

Antes, havia caído para Estados Unidos e China, na etapa de Brasília. 

O resultado complica - e muito - a situação da seleção na competição. 

A queda empurra a seleção para o nono lugar, fora da zona de classificação. 

Apenas os oito primeiros avançam à fase final, em Bologna, na Itália.

O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira (23). 

A seleção encara a Sérvia, rival direto na briga pela classificação, às 10h30 (horário de Brasília). 

O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o Globo Esporte acompanha tudo em tempo real.

O Brasil teve problemas desde o início. 

Com um saque muito forte, a Polônia causou estragos no passe brasileiro. 

A seleção de Renan Dal Zotto até esboçou uma reação no segundo set. 

No quarto, conseguiu tirar uma diferença grande no placar, mas ficou pelo caminho.

O saque foi mesmo a grande diferença do jogo. 

Foram 13 aces para a Polônia, fora os incontáveis passes quebrados durante a partida. 

O Brasil, por outro lado, marcou apenas um, com Leal, já no último set.

Alan, com 19 pontos, foi o maior pontuador da partida e quem evitou uma queda ainda mais brusca. 

Maique, que começou como titular, foi outro destaque. 

No último set, porém, Renan mudou e mandou Thales à quadra. 

Leal, recuperado após lesão, também começou como titular, mas teve problemas de ritmo, principalmente no início. 

Lucarelli também fez sua estreia, mas foi outro a sentir a falta de jogo.

Do lado de lá, Semeniuk e Kurek, com 18 e 17 pontos respectivamente, foram os grandes nomes. Bieniek, com sete pontos de saque, também fez estragos na partida.

Primeiro set - Polônia faz estragos no saque: Uma pancada de Kurek na diagonal abriu o duelo. 

A Polônia, cheia de fome, logo disparou. 

No ace de Bieniek, 4/0 na conta. Leal, enfim em quadra após lesão, encheu o braço, mas parou na parede polonesa montada junto à rede. 

Sem reação naquele início, Renan Dal Zotto logo parou o jogo. 

O Brasil só conseguiu pontuar no ataque com uma pancada de Alan, com 7/2 no placar. 

Mas o caminho era dos mais árduos àquela altura.

O Brasil, aos poucos, conseguiu encaixar melhor seu jogo. 

Conseguiu, inclusive, parar Kurek no bloqueio, diminuindo a diferença no placar para 16/12. 

Mas a falta de inspiração era evidente. 

Em um passe espetado, Leal mandou a bola direto para o outro lado, enquanto Alan, na tentativa de salvar, invadiu a quadra rival. 

Nada parecia dar muito certo, ainda mais diante da força do saque polonês. 

A diferença àquela altura era muito grande para qualquer reação. 

O estrago já estava feito: 25/16.

Segundo set - Alan se impõe, e Brasil reage: O Brasil foi à quadra com Lucarelli no lugar de Rodriguinho. 

Mas foi Bieniek foi quem abriu a contagem no segundo set. 

A postura, porém, era diferente. 

Alan, principal jogador da seleção naquele momento ao lado de Maique, encheu o braço para abrir 4/2. 

O oposto, que já havia se destacado em meio às quedas da primeira etapa, se mantinha como válvula de escape do Brasil. 

A equipe de Renan Dal Zotto melhorou e também passou a contar com os erros do lado de lá. 

Em um ataque para fora de Kurek, 11/7 no placar. 

Leal, mal até ali, encheu o braço para marcar 12/7 antes da parada técnica.

A Polônia tentou reagir. 

Voltou a pressionar mais o saque e a causar problemas na recepção brasileira. 

Mas Lucarelli, mesmo fora de ritmo, conseguiu dar mais volume ao jogo do Brasil. 

Depois de mais um ataque de Alan, 20/16 na conta para a seleção. 

O técnico do time polonês, então, parou o jogo e tentou um último fôlego para buscar a virada. 

Uma pancada de Bieniek no saque fez com que a diferença caísse para apenas um ponto (20/19). 

Foi a vez de Renan parar o jogo. 

A seleção conseguiu se manter firme até fechar com um ataque de Alan na saída: 25/22.

Terceiro set - Polônia volta a disparar e retoma frente: O Brasil até tentou manter o ritmo na volta à quadra. 

Mas a Polônia voltou à mesma postura do primeiro set. 

Com um saque agressivo, os rivais aceleraram. 

Foi assim que abriram 8/4 no placar. 

O Brasil conseguiu encostar. 

Em uma bola para fora de Semeniuk, a diferença caiu para dois pontos (9/7). 

Mas não demorou para que a seleção europeia abrisse mais uma vez. 

Antes do tempo técnico, depois de um ataque para fora de Leal, 12/7 para o lado de lá.

Renan mudou. 

Cachopa, Adriano, Isac. Todos foram à quadra na tentativa de acertar a casa. 

Mas não foi bem assim. 

A Polônia acelerou e disparou no placar. 

Sem reação, o Brasil praticamente assistiu ao tempo passar até o fim do set. 

Ao explorar o bloqueio brasileiro, Kochanowski fechou o terceiro set em 25/16 e retomou a dianteira no jogo.

Quarto set - Brasil se perde e cai para Polônia: Renan mandou Thales no lugar de Maique, o grande destaque do jogo até ali. 

A mudança não funcionou. 

Lucão até abriu a conta no quarto set ao acelerar no ataque. 

O Brasil tentou repetir a segunda parcial para forçar a reação. 

Mas a Polônia seguiu firme. 

Com duas pancadas no saque, Bieniek abriu 5/1. No ataque de Semeniuk, o placar marcou 6/1, e Renan parou o jogo. 

Era só o começo. Sem forçar, a Polônia marcou 12/3 com tranquilidade.

Nada que o Brasil fizesse surtia efeito. 

Com Rodriguinho e Cachopa em quadra, a seleção seguiu pressionada. 

A Polônia explodiu e chegou a 18/9 no placar. 

A seleção tentou uma última reação. 

Com Leal no saque, conseguiu fazer a diferença cair para apenas três pontos (18/15). 

Ainda tinha jogo. 

Mas faltava tempo para uma reação tão pujante assim. 

A Polônia se aproveitou do que havia construído até ali para garantir a vitória em 25/22.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário