Brasil é dominado, cai para Polônia e se complica na Liga.
Seleção chega à terceira derrota seguida na competição em dia de pouca inspiração em Sofia.
Com a queda, equipe é ultrapassada e aparece em nono lugar, fora da zona de classificação.
Era preciso reagir.
Do outro lado, porém, o maior rival dos últimos anos.
Na abertura da segunda semana da Liga das Nações, o Brasil voltou a cair.
Diante da Polônia, até esboçou uma mudança de comportamento, mas ficou apenas na promessa.
Em Sofia, na Bulgária, os rivais não deram espaço para qualquer respiro.
Em 3 sets a 1, parciais 25/16, 22/25, 25/16 e 25/22, a seleção polonesa derrubou a brasileira sem muitas dificuldades.
É a terceira derrota seguida do Brasil na Liga das Nações.
Antes, havia caído para Estados Unidos e China, na etapa de Brasília.
O resultado complica - e muito - a situação da seleção na competição.
A queda empurra a seleção para o nono lugar, fora da zona de classificação.
Apenas os oito primeiros avançam à fase final, em Bologna, na Itália.
O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira (23).
A seleção encara a Sérvia, rival direto na briga pela classificação, às 10h30 (horário de Brasília).
O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o Globo Esporte acompanha tudo em tempo real.
O Brasil teve problemas desde o início.
Com um saque muito forte, a Polônia causou estragos no passe brasileiro.
A seleção de Renan Dal Zotto até esboçou uma reação no segundo set.
No quarto, conseguiu tirar uma diferença grande no placar, mas ficou pelo caminho.
O saque foi mesmo a grande diferença do jogo.
Foram 13 aces para a Polônia, fora os incontáveis passes quebrados durante a partida.
O Brasil, por outro lado, marcou apenas um, com Leal, já no último set.
Alan, com 19 pontos, foi o maior pontuador da partida e quem evitou uma queda ainda mais brusca.
Maique, que começou como titular, foi outro destaque.
No último set, porém, Renan mudou e mandou Thales à quadra.
Leal, recuperado após lesão, também começou como titular, mas teve problemas de ritmo, principalmente no início.
Lucarelli também fez sua estreia, mas foi outro a sentir a falta de jogo.
Do lado de lá, Semeniuk e Kurek, com 18 e 17 pontos respectivamente, foram os grandes nomes. Bieniek, com sete pontos de saque, também fez estragos na partida.
Primeiro set - Polônia faz estragos no saque: Uma pancada de Kurek na diagonal abriu o duelo.
A Polônia, cheia de fome, logo disparou.
No ace de Bieniek, 4/0 na conta. Leal, enfim em quadra após lesão, encheu o braço, mas parou na parede polonesa montada junto à rede.
Sem reação naquele início, Renan Dal Zotto logo parou o jogo.
O Brasil só conseguiu pontuar no ataque com uma pancada de Alan, com 7/2 no placar.
Mas o caminho era dos mais árduos àquela altura.
O Brasil, aos poucos, conseguiu encaixar melhor seu jogo.
Conseguiu, inclusive, parar Kurek no bloqueio, diminuindo a diferença no placar para 16/12.
Mas a falta de inspiração era evidente.
Em um passe espetado, Leal mandou a bola direto para o outro lado, enquanto Alan, na tentativa de salvar, invadiu a quadra rival.
Nada parecia dar muito certo, ainda mais diante da força do saque polonês.
A diferença àquela altura era muito grande para qualquer reação.
O estrago já estava feito: 25/16.
Segundo set - Alan se impõe, e Brasil reage: O Brasil foi à quadra com Lucarelli no lugar de Rodriguinho.
Mas foi Bieniek foi quem abriu a contagem no segundo set.
A postura, porém, era diferente.
Alan, principal jogador da seleção naquele momento ao lado de Maique, encheu o braço para abrir 4/2.
O oposto, que já havia se destacado em meio às quedas da primeira etapa, se mantinha como válvula de escape do Brasil.
A equipe de Renan Dal Zotto melhorou e também passou a contar com os erros do lado de lá.
Em um ataque para fora de Kurek, 11/7 no placar.
Leal, mal até ali, encheu o braço para marcar 12/7 antes da parada técnica.
A Polônia tentou reagir.
Voltou a pressionar mais o saque e a causar problemas na recepção brasileira.
Mas Lucarelli, mesmo fora de ritmo, conseguiu dar mais volume ao jogo do Brasil.
Depois de mais um ataque de Alan, 20/16 na conta para a seleção.
O técnico do time polonês, então, parou o jogo e tentou um último fôlego para buscar a virada.
Uma pancada de Bieniek no saque fez com que a diferença caísse para apenas um ponto (20/19).
Foi a vez de Renan parar o jogo.
A seleção conseguiu se manter firme até fechar com um ataque de Alan na saída: 25/22.
Terceiro set - Polônia volta a disparar e retoma frente: O Brasil até tentou manter o ritmo na volta à quadra.
Mas a Polônia voltou à mesma postura do primeiro set.
Com um saque agressivo, os rivais aceleraram.
Foi assim que abriram 8/4 no placar.
O Brasil conseguiu encostar.
Em uma bola para fora de Semeniuk, a diferença caiu para dois pontos (9/7).
Mas não demorou para que a seleção europeia abrisse mais uma vez.
Antes do tempo técnico, depois de um ataque para fora de Leal, 12/7 para o lado de lá.
Renan mudou.
Cachopa, Adriano, Isac. Todos foram à quadra na tentativa de acertar a casa.
Mas não foi bem assim.
A Polônia acelerou e disparou no placar.
Sem reação, o Brasil praticamente assistiu ao tempo passar até o fim do set.
Ao explorar o bloqueio brasileiro, Kochanowski fechou o terceiro set em 25/16 e retomou a dianteira no jogo.
Quarto set - Brasil se perde e cai para Polônia: Renan mandou Thales no lugar de Maique, o grande destaque do jogo até ali.
A mudança não funcionou.
Lucão até abriu a conta no quarto set ao acelerar no ataque.
O Brasil tentou repetir a segunda parcial para forçar a reação.
Mas a Polônia seguiu firme.
Com duas pancadas no saque, Bieniek abriu 5/1. No ataque de Semeniuk, o placar marcou 6/1, e Renan parou o jogo.
Era só o começo. Sem forçar, a Polônia marcou 12/3 com tranquilidade.
Nada que o Brasil fizesse surtia efeito.
Com Rodriguinho e Cachopa em quadra, a seleção seguiu pressionada.
A Polônia explodiu e chegou a 18/9 no placar.
A seleção tentou uma última reação.
Com Leal no saque, conseguiu fazer a diferença cair para apenas três pontos (18/15).
Ainda tinha jogo.
Mas faltava tempo para uma reação tão pujante assim.
A Polônia se aproveitou do que havia construído até ali para garantir a vitória em 25/22.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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