Hoje titular da Alfa Romeo, finlandês confessou não reagir bem à derrota para o então colega de equipe em 2018, sua pior temporada pela equipe alemã; piloto recuperou ânimo com viagem à América do Sul.
Substituto de Nico Rosberg na Mercedes após o título e a consequente aposentadoria do alemão da Fórmula 1, Valtteri Bottas não teve vida fácil na equipe.
Hoje piloto da Alfa Romeo, o finlandês revelou ter concebido se aposentar após a dura derrota para o então colega de equipe Lewis Hamilton em 2018, seu segundo ano pela equipe, o qual terminou apenas em quinto no Mundial vencido pelo companheiro.
"No final de 2018 eu quase parei. Cheguei muito perto. E foi puramente por eu não entender por que não consegui vencer Lewis naqueles dois anos. Eu coloquei muita pressão sob mim mesmo", contou.
Bottas veio da Williams com status de protagonista em 2017 e conquistou três triunfos na sua primeira temporada pela Mercedes, embora tenha terminado o ano em terceiro lugar atrás do vice-líder Sebastian Vettel e o campeão Hamilton.
O campeonato seguinte, porém, foi pior; ele não subiu ao lugar mais alto do pódio nenhuma vez, sem converter as duas poles que conquistou na Áustria e Rússia; esta, sua maior oportunidade de vitória, foi foi marcada por uma polêmica ordem de equipe.
Na ocasião, James Vowles, estrategista-chefe da Mercedes, pediu que Bottas deixasse Hamilton passar.
O hoje heptacampeão venceu a prova, e o clima não foi dos melhores no pódio; nem o britânico ficou feliz com o episódio.
Bottas diz entender saída de Rosberg após enfrentar pressão na Mercedes: Quinto no campeonato, o finlandês superado ainda pela dupla da Ferrari formada por Vettel e Kimi Raikkonen, e o então prodígio Max Verstappen.
"Lewis é dominante na equipe como piloto e pessoa, é difícil dar um passo além com alguém como Lewis ao seu lado. Ele cresceu naquela equipe e é apenas Lewis. É como se todos o admirassem. Mas foi uma boa experiência para mim", continuou o atual piloto da Alfa Romeo.
As vitórias retornaram no começo da temporada 2019.
Bottas venceu duas das cinco primeiras corridas, incluindo o Grande Prêmio de abertura, na Austrália, no qual chegou a desabafou pelo rádio em um recado aos críticos:
"A quem possa interessar, f*****".
"Lutei muito com isso. Os últimos quatro ou cinco GPs em 2018 foram dolorosos. Você deve gostar de estar na F1 porque é simplesmente legal mas para mim, naquele momento, não era nada disso. Fui para a América do Sul durante as férias, queria encontrar novamente a diversão e a motivação, e consegui. Eu venci Lewis algumas vezes e até liderei o campeonato por um momento. Foi um ano forte, mas depois veio a consistência de Lewis. Seu desempenho geral foi bom, mas não consegui igualar isso", recordou o finlandês.
Ele ficou na frente de Hamilton no Mundial até duas etapas depois do início da temporada e, superado logo em seguida, voltou a virar o jogo com seu triunfo no Azerbaijão.
Mas não tardou para que o então pentacampeão voltasse a dominar e levasse seu título antecipadamente nos Estados Unidos, em novembro.
Em 2019, o piloto do carro 77 conquistou o primeiro de seus dois vice-campeonatos.
O segundo viria no ano seguinte; em 2021, sua última temporada pela Mercedes, ele ficou em terceiro no duelo entre Hamilton e Verstappen, vencido pelo holandês da RBR.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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