Com brilho de Tevez, Boca Juniors vence e complica Santos na Taça Libertadores da América.
Em reencontro após semifinal, veterano de 37 anos faz gol, dá assistência e decide contra o Peixe, ainda zerado após duas rodadas e em busca de novo técnico.
Começa a se complicar a situação do Santos na Taça Libertadores da América, mesmo depois de apenas duas rodadas.
A derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors, na noite desta terça-feira (27), na Bombonera, foi mais um capítulo de dias conturbados no Peixe, que vem de estreia ruim na competição internacional, derrotas pelo Paulistão e o pedido de demissão do técnico Ariel Holan.
Sob comando do interino Marcelo Fernandes, o Peixe até fez bom primeiro tempo, teve chances de vencer, mas desabou no segundo tempo ao sofrer o gol de Tevez.
Carrasco da noite, o veterano de 37 anos, velho conhecido pela passagem no Corinthians, ainda deu a assistência para Villa marcar o segundo e resolver o jogo.
Foi o reencontro das equipes pouco mais de três meses depois das semifinais da Taça Libertadores da América passada, quando o Santos levou vantagem e se classificou para a final.
O Boca Juniors pula para seis pontos, na liderança isolada do Grupo C da Taça Libertadores da América, enquanto o Santos permanece sem pontos.
Barcelona (três pontos) e The Strongest (zero) se enfrentam nesta quarta-feira (28), no Equador, pela segunda rodada.
Os últimos dias deixaram o Santos sem Soteldo, sem técnico, em situação difícil no Campeonato Paulista e agora já sob risco na fase de grupos da Taça Libertadores da América.
Com Marcelo Fernandes no banco de reservas, o Peixe mostrou força no primeiro tempo, mas caiu no segundo e sofreu a quarta derrota seguida na temporada.
Um Santos com energia e intensidade foi à Bombonera, com postura bem diferente da apresentada nos últimos jogos com Ariel Holan.
Fazendo o básico, o técnico Marcelo Fernandes levou a campo um time com estrutura semelhante ao das semifinais de janeiro contra o mesmo Boca Juniors.
Com marcação alta desde o início, o Peixe conseguiu evitar sufoco do Boca Juniors e criou as primeiras chances em roubadas de bolas no campo de ataque, nenhuma com enorme perigo.
O Boca Juniors, com um meio-campo repleto de jovens (Almendra, Varela e Medina) confiou mais nas bolas longas vindas dos zagueiros.
O primeiro chute perigoso foi com Villa, aos 15 minutos do primeiro tempo, que João Paulo defendeu.
Aos poucos, o Boca Juniors foi crescendo e aproveitando espaços deixados pela marcação, a melhor chance foi com Pavón, já na reta final do primeiro tempo, após drible em Lucas Braga, chute e ótima defesa de João Paulo.
A solidez do Santos virou pó em apenas 2 minutos do segundo tempo, quando Tevez aproveitou desvio em cobrança de escanteio no segundo pau e abriu o placar na Bombonera.
Marcos Leonardo dava condição no lance, sem impedimento, mas o escanteio que gerou o gol não existiu, Villa foi quem tocou por último na bola em disputa na linha de fundo.
Depois disso, o Boca Juniors virou dono da partida e ditou o ritmo.
O Peixe, cheio de problemas, viveu de jogadas individuais de um Marinho visivelmente nervoso e tentando resolver sozinho, cenário que não é incomum quando o time passa por dificuldades.
O problema é que, na ânsia por resolver, às vezes ele se complica.
Numa bola perdida pelo camisa 11, o Boca armou contra-ataque, e Tevez encontrou Villa sozinho na entrada da área para finalizar a definir a vitória dos argentinos.
Ângelo, Jean Mota, Lucas Lourenço e Kaio Jorge entraram na reta final, mas coletivamente o Santos ruiu. Sem jogadas trabalhadas, não conseguiu levar perigo.
O Santos tem um pouco de fôlego até o próximo sábado (1º), quando volta a campo para enfrentar o Red Bull Bragantino, fora de casa, pelo Paulistão.
O próximo jogo da Taça Libertadores da América é terça-feira que vem, 4 de maio, na Vila Belmiro, contra o The Strongest, às 19h15 (horário de Brasília).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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