quinta-feira, 28 de maio de 2020

Saco sem fundo

Apesar de incremento nas receitas, balanço do Atlético-MG registra aumento de R$ 94 milhões em endividamento em 2019.
Presidente Sette Câmara, do Atlético-MG. (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
Sérgio Sette Câmara não publicou relatório, mas o documento foi obtido pelo GloboEsporte.com. 

Deficit de R$ 5,8 milhões foi menor graças a "doação contábil".

O Atlético-MG registrou no balanço de 2019 um aumento nas receitas de cerca de R$ 47 milhões, tendo chegado a R$ 305 milhões na temporada. 

Apesar disso, houve prejuízo de R$ 5,8 milhões no período.

O endividamento alvinegro também subiu. 

Com R$ 94 milhões a mais em relação a 2018, o clube chegou a R$ 746 milhões em dívidas.

O Atlético-MG ainda não publicou suas demonstrações financeiras referentes a 2019, em desacordo com a Lei Pelé e o Profut, mas o documento foi obtido em primeira mão pelo GloboEsporte.com.

Ao considerar as receitas, o GloboEsporte.com excluiu R$ 49 milhões referentes à doação recebida pelo clube do empresário Rubens Menin em 27 de dezembro de 2019. 

Ela não tem efeito prático, pois não se trata de uma doação em dinheiro, e sim das cotas de participação da Sociedade de Propósito Específico (SPE) aberta para a Arena MRV.

Caso a doação de Rubens Menin não tivesse sido contabilizada nos últimos dias do ano, o Atlético-MG teria terminado a temporada com prejuízo líquido de R$ 55 milhões. 

Superior ao limite imposto pelo Profut, de 5% sobre a receita bruta do ano anterior, portanto.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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