Brasil faz história, vence Suécia e vai às quartas do Mundial de handebol pela primeira vez.
Seleção faz partida épica, quebra jejum contra tradicional equipe nórdica e se garante no mata-mata do Mundial.
Pela primeira vez, o Brasil vai disputar as quartas de final do Mundial de handebol masculino.
A classificação veio com uma rodada de antecedência, graças à uma vitória épica da seleção verde e amarela diante da Suécia, por 27 a 24, na tarde desta sexta-feira (24), em Oslo, na Noruega.
Foi o primeiro triunfo brasileiro diante da tradicional equipe nórdica em uma competição oficial.
Antes desde duelo, o Brasil havia enfrentado a Suécia em grandes eventos internacionais (Campeonato Mundial, Pré-Olímpico ou Jogos Olímpicos) em 6 oportunidades.
Em todas elas, os europeus saíram vitoriosos.
Desta vez, a história foi diferente.
O Brasil esteve à frente desde o início e dominou o placar de ponta a ponta, sem sofrer o empate uma vez sequer.
O goleiro Rangel voltou a ser o destaque do Brasil na partida, com 20 defesas, em um aproveitamento espetacular de 47,6%.
Ele defendeu dois tiros de sete metros na primeira etapa.
Bryan Montes, que foi expulso no início do segundo tempo, marcou 4 gols, assim como Haniel Langaro.
Denys e Ed fizeram 3 gols cada.
Ao todo, 12 atletas da seleção brasileira marcaram algum gol.
Com o triunfo, o Brasil chegou aos 6 pontos e assumiu a segunda colocação do grupo III no Main Round (como é chamada a segunda fase do Mundial).
A Suécia é a terceira colocada com quatro pontos, mas como o primeiro critério de desempate da competição é o confronto direto, a seleção brasileira não pode ser ultrapassada pelos nórdicos, ainda que perca para a Espanha no próximo domingo (26), às 14 horas (horário de BRasília).
Como os dois primeiros colocados da chave avançam, o Brasil pôde comemorar a classificação antecipada para as quartas de final, algo inédito em sua história.
Esta é a décima sétima participação do Brasil em Mundiais de handebol masculino.
A melhor participação da seleção até então era o nono lugar, obtido em 2019.
O Brasil ainda pode encerrar a segunda fase na liderança do grupo III, caso vença a Espanha e Portugal perca para o lanterna Chile na última rodada.
Caso seja líder, o Brasil vai enfrentar a Alemanha nas quartas de final.
Caso seja segundo colocado, a seleção terá que duelar contra a Dinamarca, atual tricampeã mundial e campeã olímpica.
Assim como aconteceu contra Portugal, o Brasil fez um ótimo início de jogo e chegou a abrir 5 a 1 de vantagem.
Além dos ataques eficientes, a seleção contou com um paredão debaixo das traves.
O goleiro Rangel fez ótimas defesas, incluindo duas em tiros de 7 metros.
Após o bom começo brasileiro, a Suécia melhorou na partida e diminuiu a diferença para apenas um gol.
Ainda assim, o Brasil manteve-se à frente e não deixou os suecos empatarem.
Com uma defesa sólida e se aproveitando dos contra-ataques, a seleção comandada por Marcus Tatá voltou a abrir vantagem nos dez minutos finais.
Ed e Haniel foram os destaques no sistema ofensivo.
O sueco Felix Moller ainda foi expulso por uma braçada no rosto de Bryan Montes.
O Brasil chegou a abrir seis gols de vantagem e, nos segundos finais, Rudolph teve a oportunidade de abrir ainda mais, mas desperdiçou a cobrança.
No contra-ataque, a Suécia fez um gol e o placar do primeiro tempo terminou em 14 a 9 para a seleção brasileira.
No segundo tempo, a Suécia voltou mais ligada e conseguiu cortar a diferença para 3 gols, apesar de Rangel seguir com boas defesas.
Com 10 minutos do segundo tempo, o Brasil perdeu uma de suas principais peças.
Bryan Montes também acertou a mão no rosto de um jogador adversário e recebeu cartão vermelho.
Depois da expulsão do atleta, o Brasil teve muitas dificuldades para fazer gol e chegou a ficar 8 minutos sem balançar as redes, o que fez com que a Suécia cortasse a desvantagem para apenas um gol.
Apesar do momento instável, o Brasil não deixou a Suécia empatar uma vez sequer.
A seleção voltou a contar com boa atuação defensiva e retomou o controle da partida, abrindo vantagem outra vez até fechar o placar em 27 a 24.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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