Símbolo da cidade de São Paulo, estádio é reinaugurado após reforma de cerca de R$ 800 milhões e recebe a final da Copinha neste sábado (25).
Construído durante a segunda metade da década de 1930, o estádio do Pacaembu foi cedido à concessionária Allegra Pacaembu em 2020 por um período de 35 anos.
Após cerca de três anos e meio de obra, o complexo agora batizado de Mercado Livre Arena Pacaembu será reinaugurado neste dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, com a final da Copa São Paulo.
Foi a maior intervenção feita no estádio desde sua inauguração, e a obra, que a princípio estava prevista para ser entregue em outubro de 2023, se estendeu até agora, o orçamento também saltou de R$ 400 milhões para aproximadamente R$ 800 milhões.
Com fachada inspirada no Estádio Olímpico de Berlim e feito para ser um símbolo de poder da cidade a partir do esporte, o Pacaembu, que mais tarde seria renomeado como Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, foi inaugurado em 1940 e, 10 anos depois, sediou a Copa do Mundo do Brasil.
Em seus primeiros anos, chegou a receber partidas com mais de 70 mil pessoas nas arquibancadas, números que foram caindo com o passar do tempo.
Mesmo com a construção do Tobogã, que foi demolido, nos últimos anos antes da reforma a capacidade chegou a, no máximo, 40 mil torcedores.
Sem a arquibancada que ficava atrás de um dos gols, que está dando lugar a um prédio multiuso, o novo Pacaembu terá capacidade para cerca de 26 mil pessoas.
Na final da Copinha, contudo, a capacidade será reduzida: 20 mil lugares.
Estádio original: Imagem em 3D mostra as ruas do entorno da Arena MRV, destacando as rampas de acesso.
O complexo inaugurado em 1940 tinha, além do estádio de futebol, uma piscina olímpica, quadras de tênis e um ginásio, espaços que foram mantidos e estão sendo recuperados, e que se manterão abertos ao público, mesmo com a concessão.
Símbolo nos primeiros anos do estádio, a Concha Acústica, espaço para concertos, durou até o final dos anos 1960.
Construção do Tobogã: Imagem em 3D mostra as ruas do entorno da Arena MRV, destacando as rampas de acesso.
Arquivo Nacional: O Tobogã foi construído a partir de 1969 no lugar onde estava a Concha Acústica, que foi derrubada.
A intenção era ampliar a capacidade do estádio já que o lance de arquibancada, que destoava do projeto original do estádio, poderia receber cerca de 15 mil pessoas, número que chegou a 10 mil nos últimos anos.
Cores dos Setores: Imagem em 3D mostra as ruas do entorno da Arena MRV, destacando as rampas de acesso.
Inaugurado com arquibancadas em tons de bege, o Pacaembu depois passou a adotar cores diferentes para demarcar cada setor do estádio.
Na ferradura do portão principal, as arquibancadas populares, em amarelo e verde.
No meio do gramado, setores mais confortáveis, com cadeiras: as numeradas de cor manga, à direita do portão, sob a marquise do estádio; do lado oposto, as cadeiras laranjas.
O Tobogã, também sem assentos, era bege.
Em anos recentes, com maior restrição à presença de torcedores visitantes, um setor ao lado das numeradas foi separado para receber os rivais do time da casa.
Hotel e restaurantes: O espaço onde era o Tobogã será ocupado por um grande prédio multiuso, ainda em construção e com previsão de entrega neste ano.
A estrutura receberá um hotel temático da rede Universal Music e um centro de reabilitação esportiva do Hospital Albert Einstein.
Este prédio também conta com o Mercado Pago Hall, espaço para shows e eventos que pode receber até 8 mil pessoas.
Vista privilegiada do campo
Acima dos três andares do hotel, o novo prédio multifuncional terá em sua cobertura restaurantes com visão direta para o campo do novo Pacaembu. Todo o último piso do edifício será usado para isso.
Novidades no estádio: O Pacaembu será diferente para quem costumava frequentar o estádio antes da reforma. As arquibancadas, que antes ficavam sobre taludes, foram “escavadas”, e sob elas estarão áreas de circulação, banheiros e lanchonetes.
O gramado é sintético e já foi utilizado em eventos testes realizados nos últimos meses.
Novos camarotes também foram construídos.
Reforma do complexo esportivo: Ainda em obras, o complexo que fica atrás do estádio também passa por um processo de reforma e restauro que busca recuperar as características originais do local.
As madeiras que sustentam o ginásio de tênis, por exemplo, foram recuperadas, assim como portas de Pau-Brasil utilizadas por ali.
As obras devem ser entregues também neste ano.
Novo Pacaembu em números: O estádio terá capacidade para 26 mil torcedores em jogos de futebol, mas estará apto a receber 40 mil pessoas em shows.
Haverá, também, espaço para público no centro de eventos, ginásio poliesportivo, centro de tênis e a piscina olímpica, além de um estacionamento com 400 vagas.
O futuro do Pacaembu: A intenção da concessionária que administra o Pacaembu é receber partidas não só de clubes paulistas, mas também de outros estados.
Clubes como Santos e São Paulo têm acordos para utilizar o estádio, os santistas devem fazer do local sua casa durante a reforma da Vila Belmiro, que pode começar neste ano.
O Cruzeiro também mantém vínculo para mandar partidas no Pacaembu.
O projeto da concessionária é o de dividir despesas e receitas com os clubes.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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