segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Protesto do Cruzeiro

Cruzeiro protesta contra decisão de portões fechados diante do Palmeiras: "Penalização indevida".

Cruzeiro afirma que está sendo penalizado indevidamente por decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Prazo mínimo para venda de ingressos é de 48 horas antes do jogo.

O Cruzeiro protestou contra a decisão da CBF de determinar portões fechados para o jogo contra o Palmeiras. 

Segundo o clube mineiro, a medida penaliza o clube, devido a um "episódio não motivado" por torcedores do clube. 

A Raposa espera uma reviravolta no caso a pouco mais de 48 horas da partida, marcada para quarta-feira (4), no Mineirão, às 21h30 (horário de Brasília).

"O clube reforça que o fechamento dos portões, com a ausência da Nação Azul, configura uma penalização indevida, referente a um episódio que não foi motivado por torcedores do Cruzeiro, além de representar um prejuízo para o esporte em sua essência. O clube acompanha ativamente o desenvolvimento desta situação e almeja um desfecho assertivo para o caso".

Pelo prazo estabelecido na Lei Geral do Esporte, o Cruzeiro precisa abrir a venda de ingressos até 21h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira (2), para cumprir o que está previsto no texto. 

O Palmeiras também já se posicionou sobre o caso e protestou contra o jogo com portões fechados.

O Cruzeiro disse que espera que as autoridades consigam reverter o cenário e permitam, pelo menos, a presença dos torcedores cruzeirense. 

É o mesmo desejo do Governo de Minas, que prometeu judicializar o caso.

"O clube entende que a decisão em questão penaliza injustamente a sua torcida e a instituição, em termos desportivos, pois o compromisso tem importância fundamental na busca por uma vaga na Copa Libertadores, e financeiramente, para além do Cruzeiro, mas também para todos os envolvidos no evento, como fornecedores e trabalhadores".

A CBF determinou, nesse domingo, que a partida seja disputada com portões fechados. 

Em nota assinada por Júlio Avelar, diretor de competições da CBF, e André Mattos, diretor jurídico da entidade, foi comunicado aos presidentes dos 2 clubes e às federações mineira e paulista que a partida não vai contar com a presença de público.

A motivação é que, em outubro, uma emboscada de integrantes de organizada do Palmeiras contra um ônibus com cruzeirenses provocou a morte de um homem e deixou mais de 21 pessoas feridas. 

Por causa desse episódio, o governo de Minas Gerais solicitou que o jogo desta quarta-feira fosse realizado com torcida única.

O pedido foi enviado para a Federação Mineira de Futebol e CBF.

O Ministério Público de Minas Gerais, no fim de outubro, recomendou formalmente o banimento da organizada do Palmeiras em jogos no estado. 

A FMF (Federação Mineira de Futebol) informou que "sempre ratificou e publicou todas as recomendações de acordo com o Ministério Público."

Veja a nota oficial do Cruzeiro:

Sobre os recentes desdobramentos a respeito da situação da presença das torcidas na partida entre Cruzeiro e Palmeiras, nesta quarta-feira (4), às 21h30 (horário de Brasília), no Mineirão, o Cruzeiro vem a público externar sua profunda insatisfação com a indicação para que o jogo aconteça de portões fechados.

O clube entende que a decisão em questão penaliza injustamente a sua torcida e a instituição, em termos desportivos, pois o compromisso tem importância fundamental na busca por uma vaga na Taça Libertadores da América, e financeiramente, para além do Cruzeiro, mas também para todos os envolvidos no evento, como fornecedores e trabalhadores.

Há dias, o Cruzeiro busca uma solução para o caso e mantém conversas ativas com o Governo do Estado de Minas Gerais, o Ministério Público, a Polícia Militar, a Confederação Brasileira de Futebol e com a Federação Mineira de Futebol.

O clube confia nos órgãos de segurança pública do Estado para garantir que o evento ocorra com a devida seguridade. 

Contudo, diante do acontecimento recente, o Cruzeiro se posicionou preocupado, exclusivamente, com a segurança dos torcedores e da população, tanto dentro quanto fora do estádio, mantendo sua forte posição contrária a qualquer ato de violência. 

Caso não haja essa garantia, o Cruzeiro concebe que a partida conte com a presença de, ao menos, sua torcida.

O clube reforça que o fechamento dos portões, com a ausência da Nação Azul, configura uma penalização indevida, referente a um episódio que não foi motivado por torcedores do Cruzeiro, além de representar um prejuízo para o esporte em sua essência. 

O clube acompanha ativamente o desenvolvimento desta situação e almeja um desfecho assertivo para o caso.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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