Atlético-MG alega dois pênaltis não marcados em final e vai à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) por punição de árbitros.
Ambos os lances aconteceram no início do segundo tempo contra o Botafogo.
O Atlético-MG vai formalizar reclamação à Conmebol contra a equipe de arbitragem da final da Taça Libertadores da América, vencida pelo Botafogo por 3 a 1, no último sábado, em Buenos Aires, na Argentina.
A insatisfação da diretoria alvinegra está relacionada a dois possíveis pênaltis não marcados no segundo tempo da partida.
A informação foi confirmada ao ge por Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético, que quer a punição da equipe de arbitragem, principalmente de quem estava no VAR, comandado por Mauro Vigliano.
O árbitro de campo foi Facundo Tello.
Ambos são argentinos.
"Vamos formalizar uma reclamação oficial junto à Conmebol, pedindo punição severa da arbitragem, principalmente aos membros do VAR, bem como vamos solicitar as imagens e o áudio."
"As imagens é para analisar também dentro da perspectiva deles, e o áudio de comunicação para esse momento. São essas as medidas que vamos tomar, é o que nos cabe e que nos é de direito. Reiterando que isso não tira o mérito e não é uma desculpa para a nossa não conquista no final de semana, mas que estamos extremamente revoltados com a conduta da arbitragem".
Os 2 lances envolveram Marlon Freitas, capitão do Botafogo.
O primeiro foi com Hulk, aos dois minutos do segundo tempo, quando houve contato próximo à linha de fundo, após o camisa 7 do Galo driblar o volante carioca.
Em campo, a reclamação foi tímida, diferentemente da jogada que envolveu Deyverson, aos oito minutos.
Segundo Victor, antes de formalizar a reclamação à Conmebol, o Atlético debateu os lances com Sálvio Spínola, ex-árbitro e consultor de arbitragem do clube.
"Tivemos um lance logo após o nosso gol, por volta de 2 minutos e meio segundo tempo, no qual o Hulk passa pelo adversário, ele é chocado dentro da área e poderia ter sido revisado ou sugerir a revisão, bem como o lance do Deyverson, aos 8 minutos segundo tempo, no qual o jogador do Botafogo acaba chutando o Deyverson antes da bola".
"Antes de falarmos aqui, tivemos o cuidado de reunir com o consultor de arbitragem do clube, Sálvio Spínola, que é ex-árbitro FIFA (Federação Internacional das Associações de Futebol), e corroborou com a opinião de alguns especialistas de arbitragem, que também foram enfáticos, principalmente no lance do Deyverson, que era um lance passivo de marcação de pênalti e não foi recomendada a revisão."
Paulo César de Oliveira, ex-árbitro e analista de arbitragem na Globo, também considera que a penalidade em Deyverson deveria ter sido marcada.
Victor também fez questão de ressaltar que a reclamação não se trata de "bengala" para justificar a derrota por 3 a 1 e deu méritos ao Botafogo pelo resultado.
"Gostaria de dizer que o que eu vou falar a seguir não serve de desculpa, nem de bengala para justificar a não conquista da Libertadores no final de semana. Muito pelo contrário, temos que reconhecer o mérito do nosso adversário, que fez uma grande partida, mas não há como negar que houve erros de arbitragem que poderiam ter tornado o rumo da partida diferente".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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