Saída de Caio Paulista gera constrangimento no São Paulo.
Presidente dá indireta em post.
Jogador, perto de se transferir para o Palmeiras, deixa de se identificar como atleta tricolor no Instagram.
Diretoria são-paulina disse mais de uma vez que permanência estava certa.
A saída de Caio Paulista gera grande desconforto no São Paulo, que dava como certa a permanência do lateral para a próxima temporada.
O constrangimento se dá, principalmente, pelo fato de dirigentes do clube terem dito, mais de uma vez, publicamente, que o Caio teria seus direitos adquiridos do Fluminense, que o emprestou ao São Paulo no começo do ano.
Pior: é grande a chance de ele se mudar para o Palmeiras, um dos maiores rivais tricolores.
No Natal, Caio Paulista, que até então se identificava no Instagram como jogador do São Paulo, apagou a citação.
Ele ainda tem contrato até o dia 31 de dezembro.
Na mesma rede social, em mensagem de Natal aos torcedores, o presidente Julio Casares escreveu o que depois foi entendido como uma indireta ao atleta.
"Agradeço também, logicamente, à comissão técnica e aos jogadores, que mais uma vez demonstraram empenho e vontade de jogar no São Paulo Futebol Clube. Afinal, vestir essa camisa exige uma dedicação ímpar. Precisa haver essa identificação e vontade de jogar no Tricolor para se transformar em mais um representante da nossa torcida", publicou o cartola.
Em mais de uma ocasião, Casares e o diretor de futebol, Carlos Belmonte, afirmaram que Caio ficaria no São Paulo em 2024.
Logo após o título da Copa do Brasil, ainda no gramado do Morumbi, em live do Globo Esporte, Belmonte ouviu Caio dizer em entrevista que esperava “continuar aqui por muito mais tempo”.
Antes mesmo ser perguntado, o dirigente cravou a compra dos direitos do atleta:
"Só quero falar uma coisa: em dezembro está comprado. Fluminense, obrigado", afirmou ele.
No dia seguinte ao da conquista do torneio, em entrevista à ESPN, Casares também foi assertivo:
"O Caio vai ser contratado", afirmou.
O contrato de empréstimo de Caio entre Fluminense e São Paulo tem uma cláusula de compra dos direitos pelos paulistas com valor fixado de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 18,7 milhões).
Nos últimos meses, os clubes negociavam a forma de pagamento, o Tricolor queria parcelar, o Fluminense indicou que toparia.
O São Paulo tinha a preferência, e bastava ao clube depositar o valor estipulado e o acordo seria sacramentado automaticamente.
Mas isso não foi feito.
Nas últimas semanas, o negócio travou, mas não a ponto de preocupar o São Paulo, que via o Fluminense preocupado com a disputa do Mundial de Clubes.
No Morumbi, esperava-se que o negócio fosse selado na volta dos cariocas da Arábia Saudita.
O interesse do Palmeiras, porém, derrubou o acordo.
Caio e seu agente, Eduardo Uram, se afastaram do São Paulo, com propostas melhores, o empresário é arrendatário do futebol da Tombense, clube de Minas Gerais que tem 50% dos direitos do jogador.
O Globo Esporte tentou contato com dirigentes do São Paulo nos últimos dias para comentar sobre a saída de Caio Paulista, mas não houve respostas.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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