Jogos da copinha

Em menos de 24 horas, grupo do interior de São Paulo assiste a dez jogos da Copinha em sete cidades diferentes.

Desafio cumprido por torcedores da região de São José do Rio Preto contou com mil quilômetros de estrada e doações para custear despesas.

Um grupo de amigos apaixonado por futebol de São José do Rio Preto, no interior paulista, cumpriu o desafio de assistir a dez jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior em sete cidades diferentes em apenas um dia.

O empresário Wesley Campofredo, junto dos amigos Guilherme Dias, Gustavo Nascimento e Leyson Augusto, que mantêm uma página com mais de 17 mil seguidores nas redes sociais, decidiram realizar o desafio e, para isso, percorreram mais de mil quilômetros na última terça-feira.

"Assistindo à Copa do Mundo, a gente viu que teve uma galera que foi pra assistir todos os jogos ou assistiu o máximo de jogos possíveis em um dia e decidimos trazer isso para a nossa realidade financeira e regional com a Copinha", conta Wesley

Para conseguir ver todos os jogos, o critério de escolha foi o horário de cada partida, sem se preocupar com a distância, conseguindo intercalar os tempos de jogo.

A primeira para foi em São Carlos, onde o grupo assistiu ao duelo entre São Carlos e São Carlense às 8h45 (horário de Brasília) e, no mesmo local, Botafogo e Pinheirense-PA, que começou às 11 horas (horário de Brasília). 

Depois, foram para Tanabi, onde acompanharam os 15 minutos finais do primeiro tempo e assim continuaram viagem.

"Foi bastante intenso. Nós chegamos a Rio Preto para ver o primeiro tempo do jogo contra o América-SP. Depois fomos até Bálsamo, acompanhamos o jogo do Mirassol e parte da segunda partida e voltamos para Rio Preto, onde vimos os dois minutos finais do primeiro tempo de Palmeiras e Juazeirense, que só conseguimos assistir porque o juiz deu o exatamente esse tempo de acréscimo", explicou Wesley

Para conseguir cumprir o desafio, o grupo de amigos fez um planejamento e conseguiu arrecadar dinheiro com doações dos seguidores para custear valores de combustível, alimentação e pedágios.

"Tivemos ajuda de amigos e seguidores que fizeram doações que foram de R$0,17 a R$ 65. Nos alimentamos através de pão, salgadinho, refrigerante que a gente comprou antes de ir e paramos no final em Catanduva para comer uma um espetinho de carne para ajudar, porque estava faltando uma proteína", brincou Wesley.

Mesmo com alguns perrengues, como a invasão de abelhas em Bálsamo, e o atraso de algumas partidas, o grupo cumpriu o desafio ao chegar para o segundo tempo de Corinthians e Zumbi-AL, em Araraquara.

"A gente hoje acompanha os times que tem cidades que tem o DDD 17 há oito anos. A intenção é atrair o público mais jovem para acompanhar o time de cidades aqui da região, seja no estádio, na quadra, onde for", completou Wesley.

Para o grupo, ao final da empreitada, o sentimento é de alívio e dever cumprido.

Veja abaixo o circuito percorrido pelos amigos e os horários das chegadas aos estádios:

De São José do Rio Preto-SP a São Carlos-SP - 207 km:

São Carlos-SP X São Carlense-SP - 8h30 (horário de Brasília)

Botafogo-RJ X Pinheirense-PA - 11 horas (horário de Brasília)

De São Carlos-SP a Tanabi-SP – 246 km:

Tanabi-SP X Portuguesa-SP -13h30 (horário de Brasília)

De Tanabi-SP a Barretos-SP – 138 km:

Athletico-PR X Picos-PI - 16 horas (horário de Brasília)

De Barretos-SP a São José do Rio Preto-SP - 96 km:

Rio Preto-SP X América-SP - 17h15 (horário de Brasília)

De São José do Rio Preto-SP a Bálsamo-SP - 27 km:

Mirassol-SP X União ABC-MS 19h30 (horário de Brasília)

Chapeconse-SC X Internacional de Minas-MG 20 horas (horário de Brasília)

De Bálsamo-SP a São José do Rio Preto-SP - 27 km:

Palmeiras-SP X Juazeirense-BA – 20 horas (horário de Brasília)

De São José do Rio Preto-SP a Catanduva-SP – 59 km:

Avaí-SC X Ceilândia-DF – 21h15 (horário de Brasília)

De Catanduva-SP a Araraquara-SP – 117 km:

Corinthians-SP X Zumbi-AL - 23 horas (horário de Brasília)

De Araraquara-SP a São José do Rio Preto-SP - 170 km

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro