Flamengo cozinha Dorival e abre negociações para ter Vítor Pereira.
Treinador português deixou o Corinthians após o fim do Campeonato Brasileiro alegando questões familiares.
Vítor Pereira é o desejo do Flamengo para comandar a equipe a partir de 2023.
O clube, que tem adiado as conversas com Dorival Júnior, tem negociação com o ex-treinador do Corinthians há cerca de dez dias e as partes estão otimistas em um acerto.
A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal Record, de Portugal.
O Globo Esporte apurou que o empresário Giuliano Bertolucci é quem intermedia as tratativas, que tem participação direta do próprio Vitor Pereira.
Paralelamente a isso, Dorival já está ciente da movimentação do clube e a relação, por mais que ainda não esteja encerrada, está deteriorada.
O Flamengo marcou com o empresário de Dorival Júnior, Edson Khodor, para iniciar negociações após a partida contra o Juventude, mas após uma semana no Rio de Janeiro nenhuma reunião mais profunda para tratar do tema foi realizada.
Na última semana, o agente do treinador tinha viagem marcada para nova leva de negociações até que recebeu da dupla Marcos Braz e Bruno Spindel, vice-presidente de futebol e diretor executivo do Flamengo, a recomendação de permanecer em São Paulo.
Na última quarta-feira, um encontro parecia ter selado a renovação até o fim de 2023 com cláusula de rescisão que previa o pagamento dos meses faltantes para o término do contrato.
Advogados de Dorival Júnior ficaram no aguardo para conclusão, mas o Flamengo novamente não bateu o martelo.
O vazamento da negociação com Vitor Pereira deixou o clima pesado entre as partes, e por mais que não existe uma ruptura definitiva, a situação não é das mais simples. Braz e Spindel seguem em silêncio.
Dorival Júnior assumiu o Flamengo em junho de 2022 e conquistou a Copa do Brasil e a Taça Libertadores da América.
Vítor Pereira comandou o Corinthians durante esta temporada e deixou a equipe paulista após o fim do Campeonato Brasileiro.
O técnico português alegou a decisão "unicamente por questões familiares sem solução neste momento".
"Sinto-me muito triste, queria muito continuar este projeto mas não tenho hipótese nenhuma. Não vou para clube nenhum, não vou para canto nenhum. Vou para casa, tenho de ajudar a estabilizar um pouco o processo da doença da minha sogra, que está a viver na minha casa. Por isso tenho que voltar para lá. Queria ficar aqui, mas não posso. O dia a dia do Corinthians é de tranquilidade. Toda a gente me apoiou, grande amizade com o presidente. Nunca tive problemas, de vez em quando inventam coisas mas nunca tive problemas. É muito fácil liderar este plantel, muito fácil"
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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