segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Punição da FIFA

Sete seleções europeias deixarão de utilizar braçadeiras 'ONE LOVE'.

Inglaterra, País de Gales e outras seleções não utilizarão adereço em apoio à comunidade LGBTQIAP+ ((Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais/Transgêneros/Travestis, Queer, Intersexual, Assexual, Pansexual))

Sete seleções europeias fizeram uma declaração conjunta anunciando que não utilizarão a braçadeira "ONE LOVE", usada para demonstrar apoio à comunidade LGBTQIAP+.

"Você não quer que o capitão comece a partida com um cartão amarelo. É por isso que é com o coração pesado que nós, como grupo de trabalho da UEFA (União das Associações Europeias de Futebol)... e como equipe, decidimos abandonar nosso plano", diz o comunicado.

A FIFA avisou às seleções que capitães que utilizarem a braçadeira na partida serão penalizados esportivamente (com cartão amarelo) antes mesmo de a partida começar, além de uma multa financeira.

“Estávamos preparados para pagar multas que normalmente se aplicariam a violações dos regulamentos do kit e tínhamos um forte compromisso de usar a braçadeira [...]. No entanto, não podemos colocar nossos jogadores na situação em que possam receber um cartão amarelo ou até mesmo serem forçados a deixar o campo de jogo."

São parte dessa decisão as seleções da Inglaterra, Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca.

De acordo com as regras da FIFA, o equipamento da equipe não deve conter slogans, declarações ou imagens políticas, religiosas ou pessoais e, durante as competições finais da FIFA, o capitão de cada equipe "deve usar a braçadeira de capitão fornecida pela FIFA".

Direitos LGBTQIAP+ no Catar: A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo é proibida pelo Código Penal de 2004 do Catar, que criminaliza atos de “sodomia” e “relações sexuais” entre pessoas do mesmo sexo. 

Estas disposições acarretam uma pena máxima de sete anos de prisão.

Tanto homens quanto mulheres são criminalizados sob esta lei.

A Human Rights Watch documentou seis casos de espancamento grave e repetido e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022 no país.

Por esses e outros fatores, as principais seleções europeias tinham entrado em consenso para utilizar a braçadeira como uma forma de demonstrar apoio às pessoas LGBTQIAP+.

Reportagem: G1.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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