Gabriel Medina é bicampeão mundial de surfe no Havaí.
Precisando chegar à final de Pipeline para garantir a conquista antecipada, brasileiro assegura o troféu com uma vitória de virada sobre o sul-africano Jordy Smith na semi. Julian Wilson é vice.
O Brasil tem um campeão mundial de surfe pela terceira vez na história.
E pela segunda vez a honraria foi obtida por Gabriel Medina. Melhor surfista do mundo em 2014, o paulista de Maresias conquistou o bicampeonato nesta segunda-feira (17) ao vencer o sul-africano Jordy Smith e avançar à final em Pipeline, no Havaí, na última etapa da temporada.
Gabriel Medina chegou ao bicampeonato mundial. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Com o título, Medina se iguala a Tom Carroll (Austrália), Damien Hardman (Austrália) e John John Florence (Havaí), todos bicampeões mundiais.
Rival do brasileiro na luta pelo título, Julian Wilson ainda enfrenta Kelly Slater na outra semi.
Mesmo que seja campeão do Pipe Masters, o australiano não tem mais possibilidades de ultrapassar o paulista de Maresias na classificação final do Circuito Mundial.
"Foi um ano muito intenso, estou muito feliz agora. Todo mundo nos puxa ao máximo, ao limite. O Tour é muito alto, você precisa melhorar mais, surfar melhor, essa é a minha motivação. É muito bom estar nessa situação. Eu não consigo encontrar palavras, só tenho que agradecer aos meus fãs e à minha familia. Eu sempre venho aqui para fazer o meu melhor e acrdito nos planos de Deus. Estou muito feliz de ter feito isso novamente. Isso é para o Brasil", disse Gabriel Medina, que venceu outras duas baterias nesta segunda-feira (17).
Susto no início: A semifinal começou favorável ao sul-africano.
Aproveitando bem a primeira série, Jordy Smith largou na frente com um 8.50. Gabriel Medina mal teve tempo de respirar.
Logo na sequência, o surfista da África do Sul achou um 7.33, ampliando a diferença.
O brasileiro só foi encontrar a primeira onda com cinco minutos de bateria, um 7.17.
Pouco depois, o paulista surfou para um 6.33, reequilibrando o confronto.
A 15 minutos do fim, Medina pegou um tubaço de direita, levando 9.10 dos juízes.
Era a onda da virada.
Jordy respondeu com um tubo de esquerda, mas a nota foi apenas 7.27, insuficiente para retomar a dianteira.
A partir de então, o brasileiro passou a marcar o rival para administrar a vitória.
Com o mar em calmaria, Jordy não teve muitas alternativas a não ser aceitar a derrota.
Baterias do round 4
1. Conner Coffin (Estados Unidos) 9.43 X Jordy Smith (África do Sul) 11.50 X Ryan Callinan (Austrália) 7.93
2. Michel Bourez (Taiti) 6.57 X Sebastian Zietz (Havaí) 11.93 X Gabriel Medina (Brasil) 16.90
3. Yago Dora (Brasil) 15.97 X Julian Wilson (Austrália) 12.44 X Joel Parkinson (Austrália) 7.77
4. Jesse Mendes (Brasil) 7.00 X Joan Duru (França) 10.80 X Kelly Slater (Estados Unidos) 9.20
Quartas de final
1. Jordy Smith (África do Sul) 13.16 X Sebastian Zietz (Havaí) 6.93
2. Gabriel Medina (Brasil) 19.43 X Conner Coffin (Estados Unidos) 14.26
3. Yago Dora (Brasil) 10.17 X Kelly Slater (Estados Unidos) 15.53
4. Julian Wilson (Brasil) 13.50 X Joan Duru (França) 10.07
Semifinal
1. Jordy Smith (África do Sul) 15.83 X Gabriel Medina (Brasil) 16.27
2. Kelly Slater (Estados Unidos) 11.17 X Julian Wilson (Austrália) 14.20
Final
1. Gabriel Medina (Brasil) 18.34 X Julian Wilson (Austrália) 16.70
Após título mundial, Medina fecha ano com vitória inédita do Havaí: "É diferente de tudo".
Depois de garantir a conquista antecipada com um triunfo sobre Jordy Smith na semifinal, brasileiro supera Julian Wilson na grande final, tornando-se o segundo brasileiro a vencer no Havaí.
Gabriel Medina não poderia ter tido um fim de temporada mais feliz.
Além do título mundial, sacramentado com uma vitória sobre Jordy Smith na semifinal, o paulista ainda venceu o Pipe Masters, sua antiga obsessão, o único brasileiro a conseguir o feito até então era Adriano de Souza, em 2015.
Vice da etapa havaiana em 2014 e 2015, Gabriel faturou o torneio com uma vitória por 18.43 a 16.70 sobre Julian Wilson, seu adversário direto na disputa do título.
"Pipe Masters é diferente de tudo. Eu trabalhei muito duro para conseguir isso. Estou muito, mas muito feliz mesmo. Foi uma grande final. O Julian é um competidor muito duro. Na final iria vencer quem fosse o melhor e eu e ele fizemos um "freesurf". Ele já havia ganho de mim antes aqui, e agora eu ganhei dele. O sentimento é muito bom", disse Gabriel.
A primeira onda da final foi um modesto 3.17 de Julian Wilson, algoz de Medina na decisão de 2014.
O camiseta amarela, por sua vez, respondeu ao seu melhor estilo.
Aproveitando um tubo de esquerda, ele achou uma onda de 8.43, seguida de um 6.17, que lhe deu a liderança com folga.
Sem se entregar, o australiano executou um aéreo espetacular, voltando à disputa com um 7.93.
Pouco depois, Wilson passou à frente graças a uma onda de 8.77.
Sem perder a confiança, Gabriel foi para a sua melhor onda na bateria, os mesmos 8.77 do australiano.
Precisando de 8.43 para virar, Julian ainda viu Gabriel entubar uma onda de 9.57.
Não dava mesmo para o número 1 do mundo, que mais uma vez ficou atrás do paulista de Maresias.
Round 4
1. Conner Coffin (Estados Unidos) 9.43 X Jordy Smith (África do Sul) 11.50 x Ryan Callinan (Austrália) 7.93
2. Michel Bourez (Taiti) 6.57 X Sebastian Zietz (Havaí) 11.93 X Gabriel Medina (Brasil) 16.90
3. Yago Dora (Brasil) 15.97 X Julian Wilson (Austrália) 12.44 X Joel Parkinson (Austrália) 7.77
4. Jesse Mendes (Brasil) 7.00 X Joan Duru (França) 10.80 X Kelly Slater (Estados Unidos) 9.20
Quartas de final
1. Jordy Smith (África do Sul) 13.16 X Sebastian Zietz (Havaí) 6.93
2. Gabriel Medina (Brasil) 19.43 X Conner Coffin (Estados Unidos) 14.26
3. Yago Dora (Brasil) 10.17 X Kelly Slater (Estados Unidos) 15.53
4. Julian Wilson (Austrália) 13.50 X Joan Duru (França) 10.07
Semifinal
1. Jordy Smith (África do Sul) 15.83 X Gabriel Medina (Brasil) 16.27
2. Kelly Slater (Estados Unidos) 11.17 X Julian Wilson (Austrália) 14.20
Final
1. Gabriel Medina (Brasil) 18.34 X Julian Wilson (Austrália) 16.70
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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