Judô, tiro esportivo, tênis e vôlei feminino encabeçam lista de decepções no esporte em 2018.
Tradicionais, modalidades vão mal em Campeonatos Mundiais e rankings na temporada.
Judô, tiro esportivo, tênis e vôlei feminino encabeçam lista de decepções no esporte em 2018 Judô, tiro esportivo, tênis e vôlei feminino encabeçam lista de decepções no esporte em 2018.
O ano de 2018 viu inúmeras conquistas relevantes para o esporte brasileiro, como o bicampeonato mundial de Gabriel Medina e a façanha do revezamento 4 X 200 metros livre no Mundial em piscina curta de Hangzhou, mas também momentos de decepção que eram inesperados.
Algumas das maiores frustrações envolveram modalidades e nomes fortes e cotados para irem ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, entre julho e agosto de 2020.
Veja quem ficou abaixo do esperado nesta temporada:
O judô brasileiro sempre carrega consigo expectativas altas.
Afinal, desde 1984 sempre sobe ao pódio em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, uma única exceção nos últimos 15 anos ocorreu na edição de 2009, em Roterdã.
Mas, em 2018, os judocas do país por pouco não deixaram o Mundial de Baku, no Azerbaijão, sem conquistas.
Érika Miranda obteve a solitária medalha brasileira em Baku, com um bronze na categoria meio-leve (até 52 quilos), pouco mais de um mês depois da competição, a judoca de 31 anos anunciou sua aposentadoria dos tatames.
Érika Miranda no Mundial de Judô. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Érika à parte, o desempenho da seleção foi medíocre. Atletas bem cotados como Mayra Aguiar, que defendia o título no meio-pesado (até 78 quilos), e David Moura, que havia sido vice-campeão entre os pesados (acima de 100 quilos) Mundial de Budapeste, no ano anterior, e a campeã olímpica Rafaela Silva foram eliminados sem nem sequer chegar à disputa por medalhas.
Apenas Daniel Cargnin (até 66 quilos), Jéssica Pereira (até 52 quilos), Eric Takabatake (até 60 quilos) e Maria Suelen Althemann (acima de 78 quilos) fizeram boas campanhas.
Vôlei feminino: A seleção brasileira feminina de vôlei obtinha pódios consecutivos em Campeonatos Mundiais desde 2002.
Mas, na edição deste ano, no Japão, amargou uma campanha melancólica.
A equipe parou na segunda fase da competição, eliminada mesmo com uma vitória sobre as anfitriãs.
O time de José Roberto Guimarães sonhava com um título inédito, mas terminou o Mundial em sétimo lugar.
O título da competição é o único dos grandes que falta para a equipe, bicampeã olímpica (em Pequim 2008 e Londres 2012).
O Brasil foi vice-campeão mundial em 1994, 2006 e 2010 e bronze em 2014.
Sem o Brasil na disputa, a medalha de ouro acabou com a Sérvia, que na decisão bateu a Itália por 3 sets a 2.
O paulista Thiago Braz protagonizou um dos grandes momentos dos Jogos Olímpicos do Rio ao conquistar o ouro no salto com vara masculino.
Desde então, nunca mais repetiu o desempenho.
Na verdade, nem mesmo chegou perto.
Em 2018, ele esperava recuperar a boa forma e voltar a frequentar os pódios de competições internacionais, mas os projetos fizeram água.
Braz até começou a temporada com resultados animadores em competições indoor (em instalações fechadas), porém aos poucos voltou a sofrer com problemas de lesão e falta de confiança.
Ele machucou as panturrilhas e abandonou torneios ao longo do ano.
No final de 2018, já sem mais disputas no calendário, anunciou o retorno ao Brasil depois de quatro anos baseado em Formia, na Itália.
Ele deixou o treinamento diário com o ucraniano Vitaly Petrov para voltar a praticar com Elson Miranda, que o orientou no começo da carreira. Ambos estavam com relacionamento rompido desde 2015.
A intenção de ambos é recuperar o tempo perdido em 2019 para ainda haver esperança de um bom resultado na Olimpíada de Tóquio, em 2020.
Felipe Wu despontou na Olimpíada do Rio ao conquistar a primeira medalha do Brasil no megaevento, uma prata na pistola de ar 10 metros.
Dois anos depois, os resultados não estão tão empolgantes no rumo a Tóquio 2020.
No Campeonato Mundial de 2018, disputado na cidade sul-coreana de Changwon, Wu terminou na mesma modalidade muito longe do pódio, apenas na quadragésima primeira posição.
Com isso, ligou de vez o sinal de alerta sobre como estará suas condições para a Olimpíada do Japão.
Tênis masculino: O 2018 também não foi nada positivo para o tênis masculino brasileiro.
O país fechou a temporada com apenas dois atletas entre os 200 primeiros do ranking mundial: Thiago Monteiro é o centésimo vigésimo terceiro da listagem da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e Rogério Dutra Silva, o centésimo sexagésimo quarto.
Bem depois deles, aparecem Thomaz Bellucci, em ducentésimo trigésimo nono lugar, em Guilherme Clezar, em ducentésimo quadragésimo sétimo lugar.
Vale lembrar que Bellucci já chegou a ser o número 21 do mundo no início da década.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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