Veja como estão os clubes para 2019 em relação à exigência da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de times femininos.
Equipes classificadas às disputas masculinas de Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019 precisarão ter a modalidade em funcionamento a partir do próximo ano.
Os clubes classificados à Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019 terão uma determinação a seguir na próxima temporada.
Para estarem aptos às disputas, precisarão ter times femininos em atividade, seja por parceria ou por iniciativa própria, e também uma equipe de base com a faixa etária à escolha da instituição.
Corinthians foi campeão brasileiro feminino de 2018. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Com o 2018 terminando, as equipes buscam os ajustes para estarem dentro das exigências, que passam a valer a partir de 1º de janeiro.
De acordo com Romeu Castro, coordenador de competições femininas da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a ausência de calendário para algumas agremiações não servirá como desculpa para o descumprimento das solicitações.
Ele reforçou até mesmo que poucas delas ficarão sem competições.
A CBF pretende divulgar todas as datas e tabelas das disputas femininas até a próxima segunda-feira (17).
"Isso não é real. Os clubes tem obrigatoriedade de manter o futebol feminino a partir de 1 de janeiro. Em um país como o nosso começa pelos regionais, seletivas. Tudo isso não depende de um campeonato. Temos duas competições para anunciar e atingiremos de 13 a 17 clubes. É preciso também demonstrar competência para estar nelas. Também não podemos deixar de valorizar os times que já estão no futebol feminino há muito tempo", afirmou Romeu Castro.
O dirigente comentou que até mesmo a FIFA está estudando critérios de licenciamento de clubes e, durante a Taça Libertadores da América de futebol feminino, chamou os times participantes para uma conversa sobre o tema.
Veja como está o cenário entre os clubes brasileiros classificados para Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019:
Campeão brasileiro feminino de 2018, o Corinthians tem um dos grandes times do futebol feminino do pais na atualidade.
Comandada por Arthur Elias, a equipe tem vaga já assegurada na Série A1 do próximo ano e também lugar na disputa da próxima Taça Libertadores da América da modalidade em 2019.
Após o fim da parceria com o Audax no fim de 2017, o clube mantém total administração, investimento e controle sobre o departamento.
Em relação à base, terá um time sub-17 a partir de 2019.
Campeão paulista de 2018 e garantido na Série A1 do Brasileiro feminino, o Santos tem um dos cenários mais sólidos da modalidade no Brasil com estrutura e cuidados próprios para as atletas.
Além da equipe principal, que ficou em segundo na Taça Libertadores da América de futebol feminino de 2018, o clube também já se moveu para manter em atividade sua base.
Em dezembro, disputou a Liga de Desenvolvimento da Conmebol com as categorias sub-14 e sub-16.
Campeão gaúcho feminino em 2018, o Grêmio tem vaga garantida para a Série A2, competição que já disputou em 2018.
Depois de optar pelo fim do esquema de parceria que ocorreu em 2017, o tricolor gaúcho manteve a equipe própria durante todo ano.
As jogadoras tem como base o estádio Vieirão com estrutura específica para o feminino.
Em relação à base, o clube irá lançar as categorias sub-17 e sub-15.
O Internacional voltou a ter seu projeto de time feminino no ano de 2017 e conquistou o Campeonato Gaúcho do ano.
Em 2018, disputou a Série A2 do Brasileiro e acabou perdendo a decisão do Gauchão na temporada para o Grêmio.
Com isso, aguarda os critérios da CBF para saber como será a classificação para as disputas nacionais em 2019.
Comandado por Duda Luizelli, o departamento de futebol feminino tem tanto escolinhas com meninas a partir de 6 anos como também seleções de base, duas delas, sub-14 e sub-16, disputaram o Torneio de Desenvolvimento do Futebol agora em dezembro.
O clube também trabalha com as categorias sub-15 e sub-17.
A Chapecoense mantém desde 2016 seu grupo feminino em parceria com a Adel.
A equipe ficou em segundo lugar no Catarinense 2018, tendo perdido o título para o Kindermann.
Nessa parceria, o clube ainda mantém uma base, tendo sido um dos principais times a cederem atletas à seleção brasileira sub-17, que disputou o Mundial da categoria este ano.
Na Liga de Desenvolvimento da Conmebol, o clube está na disputa com times sub-14 e sub-16.
O Atlético-MG irá entrar na modalidade através de parceria.
De acordo com Plinio Signorini, diretor de administração e controle do clube, o parceiro deverá ser oficializado nos próximos dias.
"Nós já conseguimos o campo de treino. Os jogos serão realizados no CT, campo 7. Nossa ideia é ter 25 atletas inscritas. Médico, fisioterapia, tudo do Atlético. A princípio vamos manter somente o técnico desse time para manter o trabalho. Estamos também buscando lei de incentivo para 2019. Acredito que em janeiro já esteja treinando com amistosos em agosto", comentou.
O Cruzeiro ainda espera a definição do calendário nacional feminino para 2019 já que o Mineiro da modalidade começa somente em setembro.
Mesmo assim, o clube tem um projeto em andamento no formato de parceria.
Mesmo com um parceiro, assumirá toda a responsabilidade da modalidade e também usará somente o nome Cruzeiro.
"Nossa ideia é algo próprio, mas em parceria. A gente vai trazer toda responsabilidade para o Cruzeiro, mas pegar um projeto já existente. O nome não será Cruzeiro/alguma coisa. Será cruzeiro somente", afirmou Marcone Barbosa, diretor de futebol do Cruzeiro.
O Fluminense fechou uma parceria com as Daminhas da Bola.
O time terá tanto o profissional quanto a base com as categorias sub-15 e sub-17.
O tricolor carioca já deu início às disputas na base e participou da Liga de Desenvolvimento da Conmebol agora em dezembro.
A questão de locais de treinos ainda está sendo definida pela equipe.
O Flamengo mantém uma parceria com a Marinha, que fica com a administração.
No último Brasileiro feminino, a equipe chegou às semifinais da disputa, mas acabou eliminada.
Para 2019, já tem vaga garantida na competição.
Sobre a obrigatoriedade de ao menos um time de base, o clube tem consciência sobre a regra, irá fazer, mas espera o novo presidente tomar posse e ciência do clube para definir qual categoria será escolhida.
O São Paulo mantém uma parceria com o Centro Olímpico para sua base.
Com o time sub-17, assegurou novamente o Campeonato Paulista da categoria este ano.
Para o time profissional, o diretor executivo de futebol do clube, Raí, é o grande entusiasta do projeto do clube, que tem a ideia lançar uma equipe própria.
O clube está montando um departamento para organizar todo o projeto da modalidade.
Em dezembro, o clube disputou a categoria sub-16 da Liga de Desenvolvimento da Conmebol.
O Bahia anunciou em novembro uma parceria com o Lusaca, atual campeão baiano da modalidade.
Os treinos serão realizados no Fazendão.
O nome será Bahia Lusaca e o objetivo é já disputar em 2019 o Estadual, Copa Nordeste e, dependendo dos critérios da CBF, também o Brasileiro feminino.
A parceria contará ainda com times para disputas de torneios sub-17 e sub-20.
O tricolor baiano bancará as despesas do time, uniformes de jogo, treino e cederá ainda os departamentos de registros, médico e fisioterapia.
O Athletico-PR já tem acordada uma parceria para 2019 com o Foz Cataratas, um dos times femininos mais tradicionais do cenário nacional.
Com isso, o clube já entraria direto na disputa da Série A1 do Brasileiro, pois o parceiro possui tal vaga.
Quanto à exigência de categoria de base, o diretor de futebol do clube, Rui Costa, informou que o tema ainda está em discussão.
Em entrevista recente ao blog Dona do Campinho, presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, informou que o clube já está em processo de criação do seu time feminino inclusive com o acerto com uma comissão técnica.
O clube está fechando uma parceria que irá incluir categoria de base.
Questionado sobre como está o processo dentro do clube, o Botafogo apenas limitou-se a dizer que o clube está em tratativas, por meio de parceria, para estruturar o futebol feminino do clube.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário